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Capítulo

Alexandre, filho de mãe e pai carpinteiros, tem um casamento arranjado com a única filha da família Greymor, a família governante do reino. Porém, entre muitas desconfianças e sinais dados pelos seus próprios pais, Alexandre busca saber o real motivo de ter um casamento arranjado com a Princesa de Prinossa. Catherine, a filha única do Rei e da Rainha, busca igualmente entender o porquê de estar destinada á um simples carpinteiro quando poderia estar se casando com o influente Príncipe de Maldivir. Ambos descobrem o verdadeiro motivo, e optam por não contar para ninguém, pois isso traria ruína a família de Catherine e de Alexandre, até um estopim os forçá-los a expor publicamente, desencadeando uma forte repressão do povo contra o Rei e a Rainha.

Capítulo 1 Alexandre

- Quando iremos contar para ele a verdade? - Alice diz, perguntando ao seu marido. - Ele tem o direito de saber sobre tudo, principalmente sobre o...

- Quieta, mulher! - o homem interrompeu-a antes que ela terminasse sua fala. - Se quiser nos levar a ruína, iremos a ruína apenas contigo terminando essa frase impetuosa! Esqueça dele, esqueça de todos, esqueça do maldito Rei que te assola nessa sua cabeça e aceite que você sempre, mas sempre irá manter segredo! - o homem se levanta pegando uma garrafa de vinho, a quebra na parede e aponta para a mulher que se ajoelhou perante o boçal. - Isso, fique quieta. Isso mesmo. Será que só com violência conseguirei te manter em silêncio eternamente?

A mãe permanece ajoelhada, e então, abaixa a cabeça.

- Se tiver que ser assim, então... - o monstro irreconhecível golpeia a moça com um soco na cabeça, fazendo-a desmaiar. Eu, que observava na fresta da porta, vejo o homem largando a garrafa no chão, jogando-se sob a mulher e chorando incansavelmente. - Me perdoe, pequena. Mais uma vez te machuquei, me perdoe! Mas ninguém pode saber sobre o que aconteceu, ninguém. Ou você e eu iríamos a ruína, e aqueles "mauricinhos" sequer perderiam algo que ao menos é deles...

Decidi me afastar da cena, mas pisar em falso na velha madeira, ecoou um estalo pela pequena casa, chamando a atenção da fera. Apenas escutei-o levantando rapidamente e correndo até o quarto.

- Ah... está dormindo. Talvez tenha sido o seu irmão. - Ele ri. - Sabe, pequenino... - disse o mais velho sentando-se ao meu lado na cama onde eu fingia estar dormindo. - Um dia, quem sabe, quando eu morrer, você irá saber tudo o que aconteceu. Mas só quero que saiba que... hic! - o mesmo soluçou. Ele estava fedendo a cerveja e a cigarro. - ...que a culpa foi toda minha.

Aquela noite para sempre ficou em minha cabeça. Sobre o que minha mãe estaria falando? Eu tenho um irmão? E por que o meu pai disse para ela se esquecer sobre o Rei? E que iríamos a ruína? Eu realmente não sei... Procuro as respostas todos os dias, e nunca as encontro. Isso aconteceu quando eu tinha 10 anos de idade, e desde então sempre cresci afastado do meu pai. Ele sempre foi descontrolado, mas agora tem se cuidado mas com a bebida. Apesar disso, não confio nele pois sei que a instabilidade é muito grande.

Minha mãe sempre foi vítima dele. De seus golpes, de suas ressacas. Do seu hálito podre de cigarro e bebida... acredito que agora ele tenha tomado noção de quem era e esteja tentando melhorar. Mas, o que fica são as marcas, e não o pedido de desculpas.

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