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Pronto senhorita Torres, a casa agora é sua!
- Enfim, uma notícia boa..., mas por outro lado, vou precisar juntar mais grana pra reformar essa casa.
- Sim, isso é verdade. Mas veja pelo lado bom, não deve mais pagar aluguel.
- Sim, sim...
Aymeé era uma garota de sorte, pode-se dizer. Assim como as mulheres de sua família, ela era determinada, e não gostava de depender de ninguém, já que a vida lhe mostrou muito cedo, que era ela por ela.
Sua mãe morrera muito jovem, deixando a filha desamparada de casa e família. Não conhecia seu pai e nem ao menos sabia se ainda era vivo. Passou por muitos momentos difíceis na vida e tomou tudo como lição para continuar a vida. Trabalhou cedo pra conquistar sua casa e hoje pelo menos esse sonho está realizado.
A casa era de uma pessoa conhecida de sua mãe e quando pequena, Aymeé frequentava e achava a casa muito linda. Uma casa estreita no centro histórico da cidade. A entrada dela tinha uma escada em pedras brancas, uma planta próxima a porta da sala. A sala era relativamente pequena. A cozinha era colada à sala e havia três ambientes que dois certamente eram quartos, mas o terceiro ela nunca tinha entrado. O acesso a esse ambiente era pela sala. Frente a entrada da cozinha, tinha uma espécie de quintal: uma área para estender as roupas e uma lavanderia minúscula com um portão que dava acesso à rua lateral. Na época, a casa tinha uma estante grande em uma parede da sala que era cheia de livros e ela adorava aquele clima de biblioteca. Todos os ambientes da casa eram pintados de branco, com exceção do minúsculo quintal que tinha muitas plantas.
Ao receber a chave daquela casa que há anos estava à venda, foi reviver essas memórias só que um pouco diferente. Quer dizer totalmente diferente. A casa estava ali, era a mesma e muitas paredes ainda tinham a tinta branca, mas estava vazia e com muitos reparos a serem feitos.
- Por onde devo começar? Nessas horas que é bom estar com alguém. Nem posso ligar para aquele imprestável do Fábio. Primeiro que ele não sabe fazer nada e segundo que desde que começou a namorar, me abandonou. Ah! Já sei com quem contar! Pegou seu telefone e foi procurar um contato de uma senhora que ela conhecera na parada de ônibus, há um tempo atrás. Mesmo nunca tendo contato com ela depois, sabia que ela seria a pessoa para ajudá-la na lavagem da casa. Pelo menos isso, ela poderia pagar.
- Oi... alô? Esse contato é da senhora Paulina? Perguntou a moça.
- Ah, que bom! Como a senhora está? A senhora ainda está trabalhando como diarista? Sério?!? que bom! Preciso muito do seu serviço na minha casa nova. A senhora estaria disponível quando? Sério?!? Então anote o endereço. Estou ansiosa pra lhe rever e para ver a casa mais limpa.
A sra. Paulina, era uma mulher doce e que sempre fazia algo por alguém por amor, por querer ajudar. Para a sorte de Aymeé, ela estava de folga, mas podia ajudar Aymeé por saber da história de vida dela.
Paulina se arrumou, pegou seu kit limpeza e seguiu para o endereço. Dentro de 30 minutos após a ligação entre elas, d. Paulina chegou ao destino.
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