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regina pavon

A Ascensão da Luna Feia

A Ascensão da Luna Feia

Syra Tucker
Por causa da cicatriz no rosto, Lyric passou a vida sendo ridicularizada e detestada por todos, incluindo seu próprio companheiro. Ele a mantinha por perto apenas para ganhar território, e no momento em que conseguiu o que queria, a abandonou, deixando-a arrasada e solitária. Então, ela conheceu aquele homem - o primeiro homem a chamá-la de bela, o primeiro homem a mostrar a ela o que era ser amada. Foi apenas uma noite, mas mudou tudo. Para Lyric, ele era como um anjo, um salvador. Para ele, ela foi a única mulher que o fez se sentir completo na cama - cura de um problema que ele enfrentava há anos. Lyric pensou que sua vida finalmente seria diferente, mas como todos os outros em sua vida, ele mentiu. Quando ela descobriu quem ele realmente era e percebeu que ele era perigoso, já era tarde demais. Ela queria liberdade, desejando encontrar seu próprio caminho e renascer das cinzas. Mas por fim, foi forçada a entrar em um mundo perigoso do qual preferia manter distância.
Lobisomem TraiçãoReencontroLobisomemLobisomemAmor transacional
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Ando pela viela da comunidade, passos ligeiros, pernas finas, minhas sandálias gastas não são suficientes para impedir que meus pés toquem a água suja de esgoto a céu aberto que escorre dos barracos de vários moradores, ratos disputam espaço com cachorros, crianças, eu sou mais uma no meio de tantas, a cada passo o coração acelera nos ouvidos, a cada passo me aproximo do inferno, eu preferia não ter nascido ou ter nascido em outra família, mas quem protegeria meu pequeno se eu não existisse? Talvez esse seja meu propósito na vida, impedir que meu irmão passe por tudo que estou passando, ou pel

o menos evitar parte do seu sofrimento.

O Tum... tum... tum... do meu coração não impede que eu escute o choro das crianças dos barracos, a música funk que a Jucélia escuta todos os dias, os gritos de socorro da vizinha que apanha do marido bêbado, mas da mesma forma que para mim, o socorro não vem para ela também.

Meu corpo tem algumas marcas, porém poucas superficiais, o negro da pele esconde algumas, mas as cicatrizes da alma essas nem a melhor maquiagem poderia esconder, eu queria ser igual aquele moleque que acabou de chegar da escola, e não estar chegando do sinal de trânsito sem um centavo no bolso, sei o que me aguarda lá e sei que é algo que eu não desejaria a ninguém.

Dez anos de idade, não lembro a data do meu aniversário, acho que são dez anos, meu corpo começa mudar eu sinto isso, tenho medo de chegar aos onze anos, a mãe da Bruna a vendeu aos onze, e entupiu o nariz de farinha com a Mara, minha mãe, na minha boca esse nome tem um gosto amargo, pior que fel, perdida em pensamentos não percebo que sou encurralada por Josué marido da Patrícia, o mesmo que bate nela todos os dias, a pele branca dela sempre aparece com marcas roxas, sinto um calafrio na alma, sei que ele não quer apenas me assustar, seu sorriso maligno e cheio de malícia me diz isso.

— Que tal a gente brincar um pouquinho ali atrás daquele muro hein Silvinha, vai ser muito divertido, vem.

Não me assusto, fico séria, cruzo os braços, mas não respondo.

— O gato comeu sua língua…

— Você conhece o Martinho Josué? Sabe o que ele faria com você?

Sou firme, não deixo que ele veja o medo tomando conta da minha alma, ele percebe que eu não sou tão inocente, para cair nesse papo de brincadeirinha, mas minha voz infantil não impõe respeito ou medo, pelo contrário, parece diverti-lo.

— Ele não precisa saber, vai ser divertido…vamos.

Ele agarra meu braço e tenta me arrastar, mas ao longe vejo um dos garotos do Martinho e começo a gritar chamando atenção, Josué finge que não escuta mas uma voz o paralisa, Martinho é o traficante da comunidade e todos sabem do seu ódio por pedófilos e estupradores, dizem que ele matou o próprio pai com requintes de crueldade após ficar maior e ter forças o suficiente.

— Eu fiquei sabeno que você é um covarde que bate na muié, até aí até tranquilo, na moral, mais tentá pegá uma criança…

Um rapaz de quinze anos, apelidado de rapadura fala calmamente, ele está parado numa pose despreocupada, nisso Josué me solta sabendo que assinou sua sentença de morte.

— Euu, nã-não estava fazendo nada, era apenas uma brincadeira, não é Silvinha, somos amigos… — Se explica rápido enquanto eu o encaro com o ódio que uma criança de dez anos pode sentir.

— Não era, não sou sua amiga. — Minha voz infantil sai um pouco mais fina, assustada.

— Vá pro seu barraco Sil, com ele a gente se resolve.

O garoto dá um assovio alto e um cara maior chega com dois Pitbull's e eu corro encontrando em duas esquinas depois ela, Mara, minha mãe, primeira vez que a chamei assim nunca vou me esquecer, tenho até hoje os vergões. Sou mais uma no meio de tantas outras, faço parte das estatísticas, e mesmo com a pouca idade percebo que sonhos são vãos, eles não fazem minha barriga parar de doer com o vazio, não fazem ela parar de me bater, muito menos me amar, então não sonho com uma vida melhor, uma família, mas eu sonho em ser alguém melhor que essa mulher estranha que eu deveria chamar de mãe.

Aqui nem a polícia vem, de vez em quando os bandidos usam nosso barraco como esconderijo ou depósito de armas, por algumas gramas de pó ela guarda as armas no teto de madeira puído do que um dia foi um barraco quase decente. De longe escuto o choro do meu irmão Escobar, homenagem ao seu herói, tenho medo, mas preciso cuidar como posso do meu irmãozinho de um ano, que deve chorar de fome, do lado de fora escuto os gritos dela que eu sei que dá para ouvir do outro lado da comunidade.

— Desgraçado deveria ter matado você assim como deveria ter matado a imprestável da sua irmã!

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