Minha Cura - Artêmis Mazza.
i
de visão. No mesmo instante perco a capacidade de respirar, pois a visão do vestido torna tudo mais real. - Meu Deus, como ele é muito lindo, filha! Realmente o Senhor Galbir tem muito bom gosto. O que achou dele, querida? - Não a respondo. Eu simplesmente não tenho palavras para dizer, só continuo olh
e do cômodo. Contudo, a minha casa inteira parece gritar em festa por esse dia,
Elas não são lindas? - Uma vizinha anuncia com um e
s? Eles chegaram essa manhã. -
eu não tenho e vou para o único lugar dessa casa onde terei paz, e onde ningué
rmir. A minha cabeça está cheia de pensamentos, mas nenhum deles me traz uma solução para esse meu problema. Portanto, pa
ue está em um suporte na parede. Fito demoradamente as suas minúsculas flores brancas, depois os tules e o tecido de seda. O
Senhor Galbir te
lmente mu
e sem qualquer cerimônia elas molham o meu rosto. Um sentimento de revolta me preenche à medida que percebo a suavidade do pano na minha pele e a aspereza dos apliques, e na sequência o tiro do cabide para colocá-lo bem na frente do meu corpo. Admiro a peça elegante diante do espelho por míseros segundos. Observo atentamente
mente ofegante. Olho ao meu redor, para os vários pedaços de tecido branco espalhados pelo chão e tapete. No entanto, não paro aí. Viro a peça de costas para mim e faço um último esforço, e os seus incontáveis botões saltam violentamente se espalhando por todos os lugares. E quando não sobra mais nada para destruir estou completamente cansada e sem forças. Portanto, fito o vestido danificado por algum tempo, sentindo a minha respiração pesar
o dentro da bolsa, e caminho apressada para a saída. No entanto, paro assim que abro a porta e olho para trás sentindo um pesar por ter
*
s mes
- Desperto quando um dos garçons fala comigo, m
lugar para ficar e um trabalho. É claro que tive que aprender tudo, mas sou uma garota esforçada e em quatro meses já havia decorado o número de mesas desse lugar, o cardápio inteiro e até consegui equilibrar uma bandeja pesada
ra? - pergunto solicita como sempre, segurando o me
ma admiração esquisita. No entanto, forço um sorriso para ele e arqueio as sobrancelhas pedindo para continuar. - Não é
quiro, mas ele sorri e eu pen
ro fundo olhando para os lado
Ele dá uma sacudida leve na cabeça, como se quisesse af
e parece muito co
da amiga. Esse eu
rio? - inquiro um
meu sorriso zombeteiro e o encaro confusa. - Vo
ontecer comigo? Quer dizer,
isso for uma b
aletó. Ele mexe no aparelho e me mostra a imagem da minha irmã ao lado de um homem. Sinto as m
Penso e
penas sorri, porém, permaneço séri
, o sorriso marcante, essa sua maneira de falar. Seria muita
e ela
a com a pessoa do outro lado da linha. O seu sorriso largo e espontâneo que ele abre. Não pode ser mentira, não é? Ele não pode e
as outras mesas! - O gerente ordena rudemente. Contudo, eu mal
vem
es? Me descu
e que a moça
abinho entre as pernas e eu volto a fitar a figura imponen
u apelido? - Ele revira os ol
alar de você um só dia. Agora me diga, não quer ir
diz..
Respiro pro
eu quero! - Quase grito a frase
vamos