Alem da Escuridão
ue algo estava errado desde o momento em que ela começou a recusar suas visitas. Seu coração doía ao pensar que ela estava se afastando por não gostar dele m
haviam partido para outra cidade. A ausência de contato com sua namorada era um golpe duro em seu coração, mas ele se recusou perder as
. Ele vasculhou as redes sociais, os registros de celular, perguntou aos am
or onde começar sua busca. Fabrício decidiu ir aos lugares onde Medson costumava frequentar. Ele visitou a escola, o antigo parque e a praça o
o, mas sabia que precisava encontra-la e que não podia desistir. Medson era seu porto seguro, seu moti
, a última foto postada era dos dois, seus olhos i
mor? O que acontec
os seus pensamentos, era sua
- Érica fala com a voz
te dela.- O que ouve? Você brigou novamente com
sas, leve só o indispensável, compramos o restante lá. Seu pai
e de a separação com o pai de Fabrício, a vida dela é um verdadeiro pesadelo, única esperança de Érica é o f
s lágrimas que tanto segurou rolam dos seus olho
nho para buscar o filho e a ex mulher. Ele vai com o
oca-la numa Academia para Cegos, ela não queria aceitar, pois seria mais um gast
que envolvia seus olhos. Aos poucos, ela percebia que aprender a
cava os conceitos básicos para viver sem a visão. Sua mente estava confusa e seus
e esgotando. - Você precisa se esforçar mais, isso não pode ser apena
não consigo.- Ela fala
vando isso na brincadeira. Eu não
va realidade.- Deitada na cama ela chora, sentindo sozinha, sentindo uma saudade imensa de Fabrício, arrependida por recusar suas visitas, ela tinha medo de que ele sinta pena dela estar as
que aperta o peito, mas por medo de nunca ser capaz de conseg
ecer até mesmo as coisas mais difíceis. Mas Medson mesmo com os esforços, ela estava presa em sua própria negação, se re
ência começavam a rolar pelo seu rosto todos os dias. Vários professores passara
z? - Os demais professores riram e Medson sentiu suas bochechas queimarem de vergonha. Ela queria desaparecer naquele momento, esc
s ignoravam suas dificuldades, mas também começaram a humilhá-la. Em vez de oferecerem apoi
as que a machucam ela começou a regredir, nem mesmo suas refeições fazia, pois sempre que tentava comer ou beber,
estivesse sendo punida por sua própria deficiência, como se sua cegueira fosse motivo suficiente para ser deixa
azer nenhum progresso significativo. A cada dia, ela se frustrava ainda mais, sent
professora ao ver ela caindo e
eira.- Ela fala nervosa. A mulher gritava fazend
batendo nas mesas e cadeiras ao seu redor ant
as paredes e portas, a dor física parecia minúscula comparada à dor que consumia sua men
porta atrás de si, ela sentou-se no chão, abraçando seus joelhos, e chorou. Lágrimas salgadas d
, uma forma de se proteger das vozes incansáveis que ecoavam em sua mente. Ela mal pronu
edson, ela sabia que era hora de enfrentar a realidade. Erguendo-se lentamente do chão, e
edor, auxiliada por sua mão em contato a
em jeito.- Desculpa não se
espondeu o desconhecido sorrindo gentilmente. Sentindo a leveza na voz do desconhecido ela re
como se cada palavra pronunciada por Caio fosse um abraço reconfortante. Ela sentia que podia
idão e medo, ela segurou a mão dele. O simples gesto fez com que uma onda de coragem a inv
meus medos. Preciso superar minhas limitações e r
com um brilho de admira
dá-la em tudo que precisar. Daqui pr
o tempo passava, ele se encontrava cada vez mais dividido. O peso da vingança se tornava mais opressor a cada segundo, enquanto sua conexão co
onde planejava acertar as contas com a mulher que tanto odiava.
presentes em seus olhos. Os encontros casuais, as conversas que compartilhavam, a ternura que ele sentia, tudo isso
um orfanato até os traumas que carregava no coração devido aos abusos sofridos, descobriu que
s impossível. A forma como ela o fazia sorrir, como seus olhos transbordavam alegria sempre que o via, bagunçava sua mente e suas prioridades. Os
tuta e cruel como agora, principalmente porque ele precisava proteger Medson de qualquer pessoa que se aprox