O caminhoneiro de Taubaté que não sabia dizer não
em conduzir nas estradas mais desafiadoras do Brasil. Apesar de seu talento, essa dedicação ao trabalho custava-lhe tempo precioso com sua es
se aproximou, seu coração gelou ao ver uma ambulância e um carro de polícia estacionados. Desesperado, ele correu
se como se um buraco negro houvesse engolido sua alma. As lembranças das vezes que dissera "não" à sua esposa assombravam-no, cada negativa uma punhalada em seu coraçã
e se
rar Maria. Mas, ao voltar para casa, João se viu perdido. A casa estava vazia, fria e cheia de lembrança
mendo os pesadelos que certamente viriam. Ele se trancava em seu próprio mundo, recusando-se a aceitar a realidade da
afa de uísque na mão, e falava com a escuridão. Contava histórias de suas viagens, pedia desculpas por toda
lhou no espelho e quase não se reconheceu. A barba crescida, os olhos fundos e vermelhos, o rosto marcado pela dor e pelo álcool. Naquele momento
do a Vida
cer, lembrando-se dos bons momentos com Maria e das promessas que fizera. Quando o sol começou a nascer, sentiu uma
ômodo, como se estivesse se preparando para um novo começo. Tomou um longo banho, barbeo
abalho, mas com uma nova determinação: nunca mais recusaria um pedido, nunca mais diria "não". Pegou seu
sse momento, a lembrança de sua promessa ecoou em sua mente. Tentou dizer "não", mas as palavras não saíram. Aceitou o trabalho, carregou seu caminhão
mundo. E assim, com sua promessa guiando cada passo, ele partiu rumo ao desconhecido, prepara