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A Pérola Negra

Capítulo 2 Má noticia

Palavras: 1724    |    Lançado em: 23/09/2024

anos a

ovamente com preocupação o senh

elo escuro, levemente grisalho nas têmporas, era um sinal silencioso do tempo que passou e das histórias não contadas que ele carregava. O seu profis

rir. Aquela manhã havia sido um turbilhão de sentimentos confusos e angustiantes, e a presença de David apenas intensificava

e respirou fundo antes de começar a falar, e eu temi o que viria a seguir. A última coisa que eu queria era ouvir

conversa era tão difícil para ele quanto para mim. – O teu pai... ele deixou algumas instruções, coisas que realmente tens de tomar conhecimento. - As p

id continuava, as suas revelações mergulhando-nos em um abismo de incertezas e memórias. O lu

ue disse - murmurei baix

rou fundo

sa, não havia necessidade de ser ele a testar a aeronave. O avião despenhou-se vinte minutos após a decolagem. – Fez uma breve pausa, tirou um lenço do bolso, limpou o can

A imagem do meu papá, sempre tão cheio de vida e determinação, maravilhado pelos seus esboços, inundava a minha

aviação era sua maior paixão. Como foi que um desastre deste aconteceu? Ele estava tão

onversas sobre o futuro da aviação, a forma como ele falava sobre a sua paixão como se estivesse a d

eu lado, tapou o rosto com a mão, sem poder conter um choro silencioso. Ele não perdeu só um cliente, perdeu um grande amigo

oz já um pouco mais firme. - Ele estava tão animado para o test

iste, e

ca imaginei que fosse ser a última vez ... – finalment

mamãe, que sucumbiu depois de anos de luta contra o câncer, quando eu tinha dez anos, e agora o meu papá, com o qual me reuni há apenas três anos. Por quê?

podiam esconder a tristeza que carregava no peito. Fui acolhida, mas nunca me senti completamente em casa. A luta pela sobrevivência emocional tornou-se a minha rot

asaram-se por impulso sem pensar muito no amanhã. Por puro orgulho, a mamãe escolheu guardar-me só para ela e cresci sem conhecer o meu pai. Aos oito anos, vi-a dia após dia a

rtilhava com mais três pacientes, poisei a minha mochila na cadeira e virei para observá-la no leito, senti um nó na garganta. O seu rosto pálido e lábios ressecados partir

pegou a minha mão, fechou os olhos e continuou com voz muito baixa e tremula - o teu pai chama-se Ronald White. Procura-o, ele é um bom homem

o e foi-se... per

ifíceis, o orfanato sobrevivia de doações. Sobrevivíamos como podíamos, mas nunca passei fome. Tornei-me u

era aventureiro e destemido, dei logo conta de quem herdei a teimosia. Tínhamos uma linguagem em com

o ter feito parte da minha infância. Nos anos a seguir, fez de tudo para recuperar o tempo perdido e fê-lo muito bem. Mudei de cidade, de sobrenome e de estatuto, afinal de

s do País, e vivia numa mansão grande demais para nós dois. Tinha as melhores professoras de etiqueta e os melhores perceptores. No princípio, eu estudava e aprendia com

o, esboçando projetos, cercados por papéis e modelos em miniatura. A excitação que carregava na voz sempre que falava sobre a próxima grande ideia. Eu não conseguia imaginar um mundo sem aq

mal conseguia lembrar. A sala de estar, que outrora fora o coração da casa, agora estava imersa em silêncio e saudade. O cheiro de poeir

que o futuro me reserva? Essa pergunta girava em minha mente, insistente e angustiante. Ao lembrá-lo, a imagem do papá surgia, travada entre o amo

dezoito anos de idade. O papá prometeu-me a fest

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