O príncipe e a meretriz
IS
há muito tempo. Eldoria era um reino grandioso, com suas muralhas de ouro e ruas pavimentadas com pedras tão lisas qu
do, me ensinaram que meu destino era governar, seguir o caminho tr
honra, tudo o que eu queria era escapar. E assim o fiz, inúmeras vezes. Deixei que o povo criasse suas próprias histórias sobre mim,
ra bem merecida, claro.
astelo eram lendárias, ou pelo
as, ou três mulheres, e que nenhuma delas jamais reclamava. Era verdade?
o. Ao menos, até aquele momento, minha reputação mantinha meu pai afastado de mim. Ele sempre me dizia q
z entre nós. Ela era delicada, submissa ao rei, e ten
u o via como uma prisão viva, um espe
que minha vida mudou, embora, na époc
tas vezes. Conhecia Eldoria de ponta a ponta , pe
es sobre política, eu vagava pelas ruas estreitas e sujas da cidad
a algo nela que a diferenciava de todas as outras. Não era apenas sua beleza, embora ela fosse extraordinária. Havia algo e
tada em uma parede de pedra, à
m atenção, mas ela... ela me olh
os. Apenas um olhar firme, como se dis
to, eu soube qu
sorrisos fáceis, olhares de desejo e bajulação, mas ela... Ela simplesmente ficou ali, encostada na
ca precisei fazer esfor
rsonagem de uma das histórias heroicas que minha mãe adorava contar. Mas, quando cheguei mais perto, ela nem se mov
mpre a
parando na
venham até você, enquanto
bios curvando-se em um sorriso quas
ciso fing
suave e, ao mesmo
ente não m
laro. Todos sabiam. Mas a forma como pronunciou "alte
a presença a fizesse mudar de tom, como sempre ac
ousada,
tando manter o con
alhando aqui, não sentir
umor, e descruzou os braços, se i
e porque você tem uma coroa, todos
, quase divertida com
to o ouro nos bolsos de qualquer bêbado. A única d
esafio, especialmente vindo de uma mulher. Cruzei os braç
special, então? Me
o tom agora
alar de realeza como se entendesse
um misto de desprezo e curiosidade. Não havia hesi
o o suficie
etros de distância. O cheiro dela era diferente do das outras. Não era do
daquela coroa que tanto odeia. Porque, no fundo, você sabe
undo, algo que eu nunca deixava transparecer. Ninguém fa
ali, mas algo me impedia. Talvez fosse o desafio, ou o fato d
m, não é? Perguntei, baixando o tom
al me c
de pena, e deu um passo para trás, co
a saber que você não tem n
qualquer reverência, como se eu foss
ser algo que não é. E eu não tenho temp
ado para o castelo, para a vida confortável que eu tanto desprezava, mas me vi parado, ainda preso naquele último olhar que ela me deu. Ela não estava errada, e isso me
me desafiava, se