A Maldição de Ricardo
, a voz cansada. Era do hospital. Houve um acidente. Uma moto. O nome do seu filho, Felipe, foi p
s luzes fluorescentes o deixaram enjoado. Um médico com um rosto cansado o levou para uma sala pequena e sem janelas. As palavras do médico eram suav
to m
te vazia. Ele precisava falar com Sofia, sua esposa. Ela precisava saber. Ele puxou o celular
a po
costelas. A cada toque, sua ansiedade crescia, se
ostal,
ende", ele sussurrou
teiro da gravação. Onde ela estava? Ela sempre dizia que mantinha o celular
sala, trazendo um copo d'
e eu tente ligar
mais ninguém. Havia apenas ele, Sof
um canal de esportes. Mostrava a final de uma competição de natação juvenil. A multidão gritava, a água espirrava. A câmera
So
tinha visto. Seus cabelos estavam perfeitamente penteados. Ela ria, abraçando um homem ao seu lado, um homem que Ricardo nã
stava sua esposa, celebrando uma vitória luxuosa, vivendo uma vida que ele não conheci
ntava contatar desesperadamente. Ela o segurava, mas seus olho
Ricardo tocou. Era um númer
a Sofia. Voc
omo se ele a tivesse interrompido. O bar
está?" sua voz sai
ante. O que aconteceu? Aconteceu al
m dinheiro para consertar. O mesmo aquecedor que Felipe prometeu que consertaria assim qu
confusão, tudo se cristalizou em uma única emoção fria e co
rrindo e acenando, completamente alhei
Felipe. Ele não conseguiu
ente desligo
se desfez em pó. Naquele corredor de hospital estéril, sob a luz fria das lâmpadas, Ricardo percebeu que não estava apenas de luto por seu fil