A Maldição de Ricardo
hava para o vazio, a mente repassando cada mentira, cada sacrifício, cada palavra falsa. Cada "não temos dinheiro, meu amor" agora soava como um insulto, uma facada. Ele se lembrou de Felipe, estuda
na porta o tiro
a en
to, o cabelo preso de qualquer maneira, o rosto sem maquiagem e marcado por uma tristeza
nteceu aqui? Meu De
abraço de consolo. Mas, pela primeira vez, Ricardo
ra, um perfume floral que ele nunca sentira nela antes. Estava impregnado em seu cabelo, em sua pele. Ele olhou para suas mãos, que tentavam
o tecido. Era de uma qualidade muito superior às roupas surradas que ela guardava
, a voz embargada de lágrimas falsas. "Eu
u de repulsa. Era como ser tocado por uma estranha, uma impostora. O cheiro de seu perfume caro
nojo percor
u instint
i um empurrão suave. Foi um ato de repulsa violenta. Suas mãos se
nseguindo se equilibrar no último segundo. O choque em seu rosto era genuíno. Não pelo luto,
do o tom de tristeza e ganhando uma no
oque dela era veneno. A presença dela era uma profanação à memória de seu filho. Naquele momento, o muro que a separava dele não er