Entre sombras e lembranças
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os raios dourados. O sinal já havia soado há muito tempo, e a sala estava deserta, apenas eu e minha fiel companheira, a solidão.
ó, seria capaz de mudar meu destino em um mundo onde apenas os herdeiros prosperam? Inspirando profundamente, levantei-me da cadeira, percorrendo a sala com o olhar. As lembran
cei a caminhar em direção ao lugar que chamavam de "
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A casa estava mergulhada numa quietude total; Dona Izui já devia ter saído. Ela me acolhera em troca de serviço
lidade. Não percebi que alguém se aproximara. Na casa, além de mim, apenas Dona Izui deveria estar presente. Ao me virar, deparei-me com uma figura feminina que me observava silenciosamente. Ela tinha a pele pálida,
Deitei-me no colchão, tentando afogar as preocupações no sono, o único refúgio onde podia encontrar uma felicidade ilusória. E assim, entreguei
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para a escola. Desci rapidamente as escadas, com a mente já fixada na tarefa de completar meus afazeres o mais depressa possível. Hoje seria um dia diferente; teríam
. Felizmente, a louça já estava lavada desde a noite anterior, o que adiantava meu trabalho. Saí para o quintal e, com mãos ágeis, reguei o jardim e a horta,
o ponto de encontro, vi apenas o vazio deixado pelo ônibus que já havia partido. A decepção desceu sobre mim como um manto pesado, e meu ros
você queria ir - disse ela, sua voz
a da família fundadora da cidade, tratava-me com uma igualdade que aquecia meu coração
tuário de conhecimento e histórias. Ali, entre a
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or da biblioteca, encontrava uma forma de consolo. Sentado em uma mesa isolada, abri um livro antigo e deixei que as palavras me transportassem para um lugar onde a decepção
o livro, ou ao menos fingindo lê-lo, pois na verdade apenas folheava as páginas, parando apenas quando algo realmente capturava meu i
ma sobrinha ou neta de Dona Izui? Ela nunca mencionara nada sobre essa
sombra, seguindo-me a cada passo. Continuando meu percurso, sentia-me cada vez mais incomodado e, ao perceber que ela a
de vulnerabilidade sob aquele olhar inabalável. Não sei quanto tempo passamos assim, apenas nos encarando, mas para mim parecia uma eternidade. Eventualmen
em era ela? O que queria de mim? O desconforto crescia, mas também uma curiosidade inquietante. Em meio à solidão h
cabeça. Ela era uma intrusão em minha rotina cuidadosamente construída, um mis
Hoje, Dona Izui sairia mais cedo para um destino desconhecido, então eu teria a oportunidade rara de chegar antes d
na pia. Subi para meu quarto, e após um banho rápido, desci para lavar a louça. A água morna e
m a escola nem com Dona Izui. Por algum motivo, ela sempre saía na sexta e só retornava no domingo à noi
vazia, imaginando como seria se meus pais estivessem vivos. Será que estaríamos rindo juntos em uma sala como esta? Esses sonhos acordados eram minha
ente. Por que ela não havia ido com sua tia ou avó? O que ela fazia ali? Pensei em subir para meu quarto, mas, como se les
ou Amy
presença dela, naquele momento, quebrou a monotonia da minha solidão de uma forma que eu não consegu
se automaticamente, sem
ão inusitado, acendeu algo em meu interior. Eu sabia que não poderia ter contato com ela; Dona Izui certamen
r, e eu já tenho problemas demais para lidar. Não estou afim de levar bronca d
ma risadinha. Aquela risada me causou um frio na barriga, u
tensão que eu sentia em meu peito. Havia algo desarmante naque
o. - Eu não estou aqui para causar problemas. Apenas queria conhecê
forto começou a diminuir, substituída por uma curiosidade recíproca. Por que uma Ha
? - perguntei, sem es
o. - Ouvi dizer que você é muito inteligente e dedicado. Is
ou se importava com meus esforços. Uma onda de emoções conflitantes tomo
tindo-me um pouco mais leve.
da escada. - Só queria que soubesse que há pessoas que p
o em direção à porta, mas antes de
samos ser amigos
inha sido substituída por uma nova perspectiva. As palavras de Amy ecoavam em minha mente, oferec
ua....