A Traição do Amor, a Ironia do Destino
Ponto d
ia pesado, estranho. Meu rosto era um mapa de pele em carne viva e hematomas, cada centímetro de
nou sobre mim. Suas palavras eram um zumbido abafad
salvar o bebê,
ebê. Se foi. A vida que me foi forçada, depois arrancada com uma finalidade tão brut
hos, geralmente tão claros, eram agora poços negros de desespero absoluto
oz rouca, sufocada por lágrimas não derramada
u pudesse detê-lo. Um
gante de Arthur. Não foi um golpe direto, não. No último segundo, meu irmão, ainda inerentemente bom, a
emente ferida, em estado crítico. Arthur, o próprio diabo, saiu
minha mãe, antes com mechas prateadas, pareceu ficar totalmente branco da noite para o dia. Eles se agarraram a A
ndiferença gelada. Suas súplicas, suas lágrimas,
ndo em protesto. Encontrei-o no corredor estéril, meus pais uma pilha amassada a seus pés.
"Por favor. Não faça isso. Não machuque meu ir
inha voz ficando mais rouca, minha garganta em carne viva. Não sei quantas vezes repeti, quantas vezes
o e sufocante. Olhei para cima, meus olhos encontrando os dele. E
de instrumentos cirúrgicos brilhando sob as luzes fluorescentes. Um bisturi
ica moeda que ele reco
minha mão trêmula se fechando em torno de um par de tesouras longas eedor silencioso. "Leve minha vida! É sua! Apenas deixe
som gutural de puro horror. Mas eu me mantiv
adelo começou, piscaram. Uma rachadura no gelo.
disse, sua voz afiada, autoritár
"Tudo bem!", ele disse entredentes, sua voz tingida de
vel. A assinatura de Cassandra, grande e fluida, na parte inferior. Uma decl
deixou, mas não se divorciou de mim. O emaranhado legal, o símbolo de nossos votos q
mim, o próprio cerne do meu ser, morreu naquele dia. Meu mundo, an
e, antes afiada, era uma bagunça caótica, uma confusão de memórias fraturadas e vazios agonizantes. Os médicos ch
lado, sua mão sempre procurando a minha, um apelo silencioso para que eu ficasse. Devo ter dito coisas, palavras desesperadas e sombrias
volta do abismo. Meu pai, velho além de seus anos, voltou ao trabalho braçal, seu corpo doendo, seu espírito quebrado, apenas para nos manter à to
azio a outro. "Ela perdeu a vontade de viver", suspirou um médico. "Enc
avras de carinho, me persuadiram a falar. Eu me forçava a responder, a comer, a fingir, por eles. Eu ouvia seus soluços abafados através das
era profunda demais. O peso dela, o vazio interminável e sufocante, est
ainda frouxamente amarrado ao meu. Desfiz o nó, meus dedos surpreendentemente ágeis. Saí da cama, meus pés
pele. Meu corpo, um recipiente de dor, latejava com mil dores. Apenas um passo, uma
mordendo minha pele nua. As luzes da cidade cintilavam abaixo, uma galáxia distant