Emoldurada Pelo Amor do Meu Marido
m clarão ofuscante, o cantar de pneus, o cheiro de borracha queimada, o som nauseante de metal se contorcendo. As memórias eram uma maré implacá
iva desesperada de impor ordem a uma vida que não tinha nenhuma. Em um canto esquecido, sob uma fina camada de poeira, ha
eu na lateral e rolou para fora. Um porta-retrato. Ele atingiu o chão de cimento com um estalo agudo e doentio. O vid
ndo, posando sem jeito na frente de uma árvore de Natal brilhantemente
hos, alegando ser "sensível demais à dor" para testemunhar um parto. Eu respeitei sua escolha, até fiz uma laquead
o, chorando com um gemido fraco e desesperado que arranhou minha alma. Caio recuou, me puxando para longe, res
eu corpo para sua forma frágil. Corri pela neve cortante, de volta ao hospital, implorando por ajuda. E
. Eu disse a Caio, disse a mim mesma, que
ma cura, um tratamento para suas pernas. Tudo o que os médicos podiam oferecer era fisioterapia dolorosa e cara, sem garantia de recuperação total. À noite, quando a dor fazia Arthur chorar, eu andava pelo chão, segurando-o perto, cantando canções de ninar até
ração que eu não sabia ser possível. Uma felicidade pura e inalterada. Eu derramei tudo em