O Padrasto (Deane Ramos)
redite, você sempre irá enco
ane
ais depressa do que o normal, par
demia, que fica a quatro quarteirões da escola. Com toda essa turbulência que se instalou e
para o vestiário, tomo um banho rápido e seguimos para a cas
pergunta Ane enquanto beberica o suco que dividi
a. Às vezes, eu me pergunto se algum dia iremos viver civilizadamente, e não que e
de sempre. - bufo
co das mãos de Ane e t
presente, que você se sente traída por ela ter refeito a vida, mas você sabe que não foi. Eu não sei o porquê de tanto ódio. Dê uma trégua ao seu padrasto. Se você der u
r tomar o lugar do meu pai? E não satisfeito, tirar a minha m
do como uma criança mimada. - ela me repr
rapidamente de opinião a respeito do meu p
a falta dele, que passe o tempo que passar, você sempre estará de luto, mesmo sabendo que todos voltam a
lugar algum. Não quero brigar com você, eu tenho uma opinião e você tem outra, então o melho
tá mais aqui quem falou. - diz com as sobrance
- digo
casa de Ane, terei algumas horas de tranquilidade. Fico imersa em pen
damente seguimos para a área interna. Ao passarmos pela sala, tud
arroz branco, salada de alface e um maravilhoso suco de tomate com
com um sobretudo escuro, meias finas pretas e saltos altos. Poe a b
m, m
- digo, após dar um generoso gole em me
cola? Logo vocês te
nde passamos a tarde fazendo o trabalho de matemática. Quando dou por mim, o sol já está se pondo
eu aparelho celular tocar. Procuro por ele,
mamãe quando at
ada com a mamãe por seu casamento d
inaram o
o tempo.
Christopher está passa
uém me diz q
sa
ela entender que não
seu marido. Mande o moto
iços dele e não seja malcriada, ele
o, frustrada por saber que será e
ducação. Seu pai não iria gostar nada de ver o seu mau comportamento, Julha. Ago
ue ót
emplos do que meu pai aprovaria ou não em mim. Se
itudes que o deixaria dece
ela entenda que não sou obrigada a aceitar esse casame
ocê, tenho muito trabalho para fazer. Falaremos depois. - ela grita e eu
, para a sala de estar aguardar o chato do meu padrasto. Ficamos conversando sobre o encontro que Ane terá dentro de al
adora e romântica. Sonha em se casar e ter filhos. Ela não tem muit
nisso. Até imaginei a hipótese de perder a virgindade com um cara qualquer só pa
ue teria que acontecer com uma pessoa especial. Alguém por qu
pego a mochila, me despeço de Ane e v
a e em poucos minutos o carro percorre as ruas. Coloco meus fones
Assim nos damos muito bem, ele não gosta de mim e eu muito meno
em casa. Desço do carro antes mesmo de ele estacion
suportável... - gri
r baixo e grito de vo
a casa, passo pela sala, tomo o camin
, entro em meu quarto, tiro o uniforme, ficando apenas ve
delicioso banho, quando ouço a port
ui, garot
tão me dou conta que estou vestindo apenas a minha pequena lingerie quando encontro os seus olhos desejosos queiman
te, eu o pego e envolvo em meu corpo, que há minutos estava apenas coberto por minha pequen
rd
s vermelha do que um tomate maduro, enquanto ele p
vade o meu quarto? - pergun
do as palavras corretas para a sua defesa, mas não diz nada, continua
constr
dr
lesmente não bat
passa a língua sobre os lábios, e
a. Nunca havia ficado de lingerie na frente de um homem. Não que eu não pense nisso, mas estar pratic
com a mesma cara de um caç
como ele me devora com os olhos faz com
ação e fico como ele, estática, fitando-o enquanto seus olhos devoram meu corpo, agora coberto pelo tecido
estúp
ue pode me
solto uma bufada
o no quarto das pessoas sem bater. Além de insu
u comportamento, mas não demora muito para a sua expressão d
notado o seu lin
deveria ter feito. - rebate, me despertando do meu devaneio
celhas, surpresa
ode ser tã
que está falando
e o deixa aind
ba
ser convidado e vem quer
que me
de desaforos e eu vou ficar calada ouvi
meu padrasto e bato meu ombro com o dele, de propósito, é claro. Ele me segu
está querendo
s para ficar na mesma altura que ele. Meus olhos encontram
ulha Th
fitam profundamente. Desconfortável, de
e não será de você que irei ouvir as tais verdades. Ago
ele nunca havia feito tamanha grosseria. ele agarra o meu antebraço, segurand
está indo
com os dente
enho medo dele, es
o que sou cap
iva frustrada de que ele me solte. Ele aperta ainda mais e sinto o local onde está a sua mão arder. - Solte-me, seu idiota.
ando seu corpo ao meu, e aproxim
e, já teria dado um jeito em você, menina mimada, cha
e-s
mores por mim, ele só tem que entender
isso, e pode ter certeza que não vai gostar nadinha. - eu o amea
se mistura com a minha, seu hálito de menta invade as minh
a está acont
afastar para longe pensamentos que o perturbam
não sabe do que sou capaz. -
i
so m
á me am
Cloney, vou fazer da
. O que é dele está guardado. Se ele pensa que pode sair me ameaçando e eu vou fi
bata e eu acabo com a sua vida, gigolô maldito. Eu te odeio, Christopher
mãos, preparando para me esbofetear. Instantaneamente, abaixo a cabeça e com os olhos fe
mãos sobre o cabelo, visivelmente irritado, e caminha de um lado
as vezes eu o provoco, que não lhe dou uma trégua e o ataco um dia sim e out
rma em minh
frente, não posso me compor
aperta o meu peito. Ódio é o que irei sentir, dia após dia, do meu padrasto. Se em algum momento ele pensou que nos daríamos
o por ele s
Mais uma vez passa as mãos sobre o cabelo e
ê está pensando
padr
xy
s que agora martelam em minha cabeça. Volto a a
problem
dida e ele quem
tenho a impressão de que a qualq
a sua voz, rouca e autoritária, o jeit
o seja novidade, digo, em relação a ele dizer não gostar de mim, mas sim por dizer com todas as letras o quanto eu o enojo. - Não
ugar algum, mas a raiva de ouvir seus insultos me deixa posse
a nem aos pés dele, não, melhor, você não chega aos pés de homem nenhum.
itas lágrimas que caem consta
s e um sorriso irônico s
da própria mãe. Você vai morrer sozinha, porque, qual seria o ser humano que, em sã consciência, se envolve
engolir, e entre nós dois fica a minha mãe, que briga comigo por eu ser tão mimada e muitas vezes ter um comportame
je muito por não conseguir conviver conosco dentro da mes
co. Claro que não. Hoje a minha mãe não se importa tanto comigo como antes. É como se vivesse em um mundo onde existe apenas ela e Christopher. Ela é jovem e tem todo o direito de refazer a v
decifrar ao me ver chorando. Também não me importo com
cê morra. - grito, descontrolada, dand
e torna ofegante, meu cabelo desgrenhado cai em mechas sobre o meu rost
gada na bunda me alerta o quão grande foi a queda. Ele ignora a imagem patética
certo desejar a morte de alguém, mas em meu momento de fúria, dese
s minhas lágrimas. Por um momento, eu quero que tudo aquilo não passe de um pesadelo, mas
a sentindo as nádegas doloridas, e caminho lentamente para o banheiro. Coloco e
sos no banheiro. Olho na direção de onde vem o som e vejo Ada e
rgunta Ada ao ver meus olhos
obre mim. Mas eu não sou assim. Apenas digo o que penso e isso, às vezes, não é visto com bons olhos por alguns. Dizer o que se pensa pode parecer rebeldia ou seja lá o que as pessoas gostam de rot
conosco, somente que ela já trabalhava para o papai e mamãe quando eu nasci. E por esse motivo, ela tem a total confiança da mamãe, que na falta dela, tem toda a liberdade de me da
você. - ela estende o t
com a minha mãe, que é a única culpada por ter se casado com
enquanto eu não atender à ligação. Rapidamente me passa a péssima ideia de contar tudo o que houve para ela, mas o melhor a fazer é me manter calada. Ela se comportaria como sempre, ficando ao lado de Christopher ou d
atendo se
a atender a um telefone. - buf
e ela já tenha conversado com o Chris
dentes. Reviro os olhos e encosto a cabeça na borda da ba
está. -
iguei para dizer que não irá dar tempo de ir para casa, então enc
- pergunto, mesmo sabendo
- diz,
ainda pergunto.
erida. - diz sem me d
amo voc
fita com um largo sorriso nos lábios. Eu sorrio sem ânim
pão. Começo a me produzir escovando o cab
delo tubinho azul um pouco acima dos joelhos. Calço um par de sandálias preta altíssima, passo
ao bar e lá está ele, sentado de costas para mim tomando alguma bebida, que par
nossa,
. Ficamos em silêncio por alguns minutos. Ele me encara de uma forma que não sei bem dizer se está me achando bonita ou feia, ou se m
nojo de
da minha discussão com Christopher e engulo em seco diante do mesmo ol
- digo, me vir
r a porta ao ouvi-lo pronunciar o
em seu cabelo, um simples gesto que ele faz
a das minhas sobrancelhas arqueada. - Eu me excedi e... - ant
ples assim, Chr
da e depois se
ou acostumada. -
onsigo ouvi-lo suspirar antes que
pede e sua mão alcança o m
rem
ue de frente para ele. Encaro onde a sua mão toca o meu braço, e el
ara sair, mas ele me impede mais um
lha,
continue. Puxo meu braço de volta, fitando meu reló
asar. - saio e caminho para a g
io
do, passa a mão em volta da minha cintura e me puxa para o lado, colando o seu corpo ao meu. Nossos olhos se cruzam por
adecimento e ele retribui c
o e tão
o me agrediu, e agora se mostra gentil e educado. Se ele pensa que agi
r todo o caminho. Algumas vezes, eu vejo Christopher abrir os lábio
esmo que ele puxe assunto e eu não tenha como me esquiv
á estivesse no jantar com a
? - pergunto e olho pela janela quando
e falando c
em alguns aspectos. Ela tem um gosto eclético, eu também, eu amo moda e e
o que se trata a minha pergunta e n
a minha mãe sobre a suposta transa de Ane, ela va
leb e o idiota saiu contando para todos da escola, ela ficou traumatizada e não saiu com mai
posso imaginar o sorriso d
que já estamos quase chegando, então decid
ar na bolsa, quando ouço a sua vo
sua amiga para evitar a minha companhia. - ele
port
bém ficaria ao ouvir de alguém tal afirmação que só pronuncia palavras de ódio. É realmente surpreende
- eu o ouç
ogo a cabeça
ijo estalado no rosto seguido de um beijo quente em Christo
al acompanhado de um belo jovem de olhos e cabelo escuros,
o tudo de propósito, ela sempre diz que eu preciso
e um namorado, e às vezes tenho a impressão de que a minha mãe nunca entenderá isso. Minha mã
er um bom garoto. Ele tem um papo legal e me faz rir de algumas piadas que conta. Sempre admirei isso nas pess
muito gato, é educado,
tir que o jantar não