Minha vida é tua
e vários moradores, ratos disputam espaço com cachorros, crianças, eu sou mais uma no meio de tantas, a cada passo o coração acelera nos ouvidos, a cada passo me aproximo do inferno, eu preferia não t
r parte do se
acos, a música funk que a Jucélia escuta todos os dias, os gritos de socorro da vizinha que
em a melhor maquiagem poderia esconder, eu queria ser igual aquele moleque que acabou de chegar da escola, e não estar cheg
o nariz de farinha com a Mara, minha mãe, na minha boca esse nome tem um gosto amargo, pior que fel, perdida em pensamentos não percebo que sou encurralada por Josué marido da Patrícia, o mesmo qu
nho ali atrás daquele muro hein Sil
séria, cruzo os bra
comeu sua
inho Josué? Sabe o qu
ebe que eu não sou tão inocente, para cair nesse papo de brincadeirinha, mas m
saber, vai ser d
osué finge que não escuta mas uma voz o paralisa, Martinho é o traficante da comunidade e todos sabem do seu ódio por pedófi
que bate na muié, até aí até tranquilo,
amente, ele está parado numa pose despreocupada, nisso J
não é Silvinha, somos amigos... - Se explica rápido enquanto
. - Minha voz infantil sai u
aco Sil, com ele
o até hoje os vergões. Sou mais uma no meio de tantas outras, faço parte das estatísticas, e mesmo com a pouca idade percebo que sonhos são vãos, eles não fazem minha barriga parar de doer com o va
o de madeira puído do que um dia foi um barraco quase decente. De longe escuto o choro do meu irmão Escobar, homenagem ao seu herói, tenho medo, mas preciso cuida
você assim como deveria ter ma
o. Aos sete anos de idade até que era mais fácil ganhar uns trocados no sinal de trânsito, alguns patrões querendo talvez uma redenção
tes, no sofá gasto da sala ou ouvir seus gemidos durante a noite inteira e ela contar par
ce que sente meu cheiro sujo de longe, não sei como ela ainda pode sentir cheiro com o cheiro podre de dentro do barraco, latinhas de cerveja para todo
a grana, quero meu dinheiro, nem que você tenh
dói mais como antes, estou anestesiada, na segunda chicotada com os fios de energia, cobre roubado envolto por um plástico. Minha
oma banho, a mãe dela nã
que ela me chama assim. Sete chibatadas, puxões de cabelo, tapas na cara, meu corpo é arremessado contra o chão, o Escobar continua chorando ao longe, não choro, não peço clemência, mis
ucélia para saber o que fazer com o corpo d
do em um beco escuro e sujo, algumas crianças não tem com o que se cobrir, outras se cobrem com caixas de papelão, continuamos andando e a pessoa abre outra porta, e agora o
sas, por incrível que pareça aqui está mais macio que minha cama, abro os olhos assu
anco , deve ser um anjo, ser
oça loira, muito bonita
á nossa pa
bre di
e aproxima e m
que a
novamente, parece feliz em me ver, acho es
ave, aparentemente, você desmaiou de fraqueza,
mo com medo de sua reação