Um último desejo
an Her
mes
r forças para me levantar da cama depois de largar o telefone no colchão. Não consigo aceita
ais o que fazer, utilizamos todos os recursos, químio e radioterapia, cirurgia e tratamento
meu pai trazia para casa junto com seu maldito vício em álcool. Após gritos, discussões, barulhos de coisas se quebrando e voando pela casa ela ia até o meu quarto m
orte do meu pai quando eu tinha apenas 17 anos, ele sempre foi o causador do nosso sofrimento
frente da construtora aos 18 anos, sob supervisão dele é claro, mas ainda assim era uma loucura co
A consequência disso foi meu esforço para não decepcioná-la, aprendi tudo que foi necessário, me qualifiquei
o e adm
io, fazendo-os se dobrarem para mim. Nunca fui de mui
nimo, o óbvio, e o que já faço desde que descobrimos o câncer há exatos dois anos, se isso é tudo que posso fazer então continuarei aqui supervisionando
brilho da vida aos poucos, é meu dever, pois n
ra nossos momentos juntos. Vou planejar tudo, trabalhar menos, levá-la em lugares onde ela
mam café, a mesa está cheia como sempre
senhora Duarte, que trabalhou aqui em casa durante anos, mas graças a um proble
ra tomar café com ela, as duas conversam assuntos superficiais durante o café, não deixo de analisá-la. Perdeu
ino das sessões de quimioterapia e estão bagunçados, ela não se arruma
azem ficar apagada por longos períodos. As vezes vem come
nto apenas por hábito, para ter certez
a hoje. Vamos tomar café da tard
ueio uma sobrancelha, Helena não esconde o qu
al de decepção. - E... Recebi a notícia de que sua dieta vai se normaliza
u suco, Jamily e eu rimos da forma engraçada q
Bernardo por perto me desafoga um pouco mais. -
rde vá te animar muito. - Ela gesticula com as mãos, eu s
Ela faz um bico como se minha frase fosse digna d
tador barato, sempre soube que ele seria assim -
para disfarçar o quanto a senho
e ombros. - Filho, olha
e beber o suco, olho rapidamente o rel
A empresa foi a única coisa boa que meu pai deixou, e mesmo assim ela esteve a um passo da falência por diversas vezes graças ao maldito vício de
a boa vista, olhar a paisagem me acalma quando estou a ponto de explodir. Nem tenho tempo de me ac
, senhor
, não que eu quisesse mas foi necessário, principalmente agora que vou dar um jeito de diminuir o ri
há trinta minutos. - Trinta mi
r. - Ela concor
o para os dois?
is e os cabelos loiros presos em um rabo de cavalo, é bonita não dá
o por ninguém, com todo esse turbilhão em cas
ardo está possesso, seu rosto está vermelho de raiva. Ele puxa uma da
a postura. Ele neg
compensar sim
caneta com
essão assume o choque. - O médico ligou ontem, não tem mais o que fazer. - Larg
o, perplexo. Somos amigos desde que tínhamos 8 anos, éramo
igos agora
os fez crescer absurdamente, ele tinha a incorporadora e eu
nta as sobrancelhas, está em n
evanta de sua cadeira, dá
pe. Meu Deus, estou em choque. - Bernardo se aproxima e apóia suas mãos no en
rdo com
você es
ossível expres
us olhos verdes - Mas
olhos para a caneta de novo, preciso me manter forte a
para passear, passar mais tempo com ela
e.- Se precisar que eu assuma algumas
cio e decido mudar o assunto. - Acertamos isso depois, hoje vou
- Ele dá a volta na
ilizo. Preciso me distrair e seu olhar
esso de juntar as empresas, a maior parte já foi feita e ele já tem uma sala só para
nquanto estamos no carro eu o alerto q
ela? - Ele fica sur
assustá-la, além disso quero preservar ao máximo
são periférica. - Mas se eu tivesse pouc
talvez não fosse o ideal, mas que droga seria ideal nessa situação? Essa maldita doença não
sempre quis fazer, coisas que gosta
ro fu
vou fazer isso, as coisas que ela mais gost
ssas seria péssima. Não posso deixar isso acontecer, se e
sa. Toco a campainha ainda com Bernardo rindo de mim, me controlo para não socá-lo, sei que esse é se
m vem abrir a porta não
nhuma dor, o que é uma surpresa já que ela teima em não tomar a dosag
blema é que dona Helena acha que sabe mais que o médico, desconfio também ela queira
sorriso enorme, seus olhos brilham em e
eu nego. Odeia que a vejam sem a produção toda que faz para recebe
avista, o sorriso diminui drasticamente, ela pisca algumas
e uma mulher, Rya
r, tia. – Bernardo abre os braços pa
Ela o abraça e o enche de perguntas sobre seus pais e sua
casar os outros e Bernardo não é excessão, seria mais fácil casá-lo do que eu. Ele com certeza quer sossegar em algum moment
diferente da minha, aposto que l
início de uma crise de dor, que é contida com um remédio extra antes que piore, Helena dor
a de outro remédio e ela teima com a enfermeira que não quer tomar. Leva um tempo para que eu a convença
tra em um sono profundo minutos depois, não acorda pa
r daqui a algum tempo porque nã