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The Storm

Capítulo 2 The Ohio school

Palavras: 6248    |    Lançado em: 25/04/2022

eses d

arme atravessa as paredes do meu quarto, do quarto de Petter e, se duvidar, de todo bairro. Cubro o rosto com o cobertor e decreto em silêncio que h

fizesse barulho nas maçanetas dos quartos

r pro primeiro dia

z até que a luminosidade do dia lá fora, que ultrapassa a cortina fechada, não seja mais um problema. Suspir

agiria com tamanha negligência, ainda mais quando se trata da nossa educação e, principalmente, é o que a nossa mãe faria. Sem esperar mais

. Vem, espero você

fácil fazer birra e sustentar a minha vontade, mas não seria justo com quem largou tudo em Ch

porta do meu quarto como um furacão e ve

la. Peguei três dólares na caixinha. – ele pula e agita o colchão nas diversas pedid

num abraço e logo respondo: -Tá boooom, tá bom. E

como um avião, e por alguns segundos fixo minha atenção nas ações

castanhos claros que ele sempre dá um jeito de abarrotar de gel, puxou todos os traços da mamãe. Já eu, herdei as características do meu pai:

bro a porta, dou de cara com o espelho e me espanto com o que vejo. Nossa, a decência está passando longe! Repuxo meu cabelo e encontro tanto nó que

exalar de algum canto. Ao aproximar o nariz do meu pija

de dentro é nostálgico: o perfume do amaciante das roupas limpas que minha mãe tanto gostava se espalha p

a para escolher uma muda de roupa para um dia que nem estou com vontade de vive

que Petter está sentado devorando tudo o que vem pela frente, tenho uma visão mais panorâmica da exaustão estampada no semblante horrível da tia Ana, com um cabelo embaraçado e preso num coque por fazer, olheiras enormes ao redor dos olhos e pálida. Por alguns instantes, meu coração aperta, porque não parece a mesm

chamando a atenç

aço transparente e, ainda que não tenhamos tanta aproximação e nem conversas duradouras, tenho noção dos sacrifícios que ela tem feit

nto sorridente. -Ah, Martin vai chegar de viagem ho

que precisa de uma mínima aceitação, logo vejo a

s jogos novos. – festeja Petter

poucas palavras,

aço de torrada e já estou prepa

porta, tia Ana nos

ia... Sem arranjar prob

antêm distantes, talvez o fato de ter escutado o nome dela envolvido numa briga do papai e da mamãe tenha colaborado nesse mini ranço sem explicação, ou como ela olha para mim às vezes com pena, às vezes com cansaço.

que esse dia acabe logo, quando dou por mim, minhas preces são ouvidas e em apenas cinco minutos o

. Na verdade, não queria seguir sozinha para nenhum outro canto. Desde que tudo acontec

égio. Petter olha para nossas mãos unidas em entrelaço e, em seguida, olha para mim, pois pode até ser novo e

asso para nossa despedida, ele fala: -Ei, sorv

, com pesar, largo sua mão. Imediatam

abraça apertado e diz an

E, de fato, era tudo o q

essora responsável o recebendo com um abraço, dou part

rá um dia fácil, mas que dá para sobreviver. O que vão faze

iro gigante que enfeita a marquise da escola que susten

ser. Em confronto comigo mesma, decido terminar o que comecei. Numa tentativa inútil de camuflagem, ponho o capuz, insiro

claro que todos já estão cientes da morte dos meus pais. O que me incomoda não é esse fato horrível que vai me assombrar por um bom tempo, mas sim a falta de sens

us, ainda estão todos no gramado, deixando o corredor livre e silencioso para mim. Como de costume, a ornamentação é a mesma: o mesmo corredor de piso de concreto polido, paredes brancas de um tom hospit

xa meus fones de ouvido. Recuo assustada na mesma ho

quanto suspiro e penduro os fones no ombro

te imediato e apertado. Eu não esboço nenhuma reação, afinal, nem deu tempo,

mãos pegando nas alças da mochila pendurada nas costas e solta uma palavra atrás da outra. -E o Natan tava aqui também, só que o

o tê-la respondido e a evitado por um bom tempo, o remorso

ando éramos bem pequenas, desde que era aquela menininha ruiva acobreada, de sardas em pontinhos fortes e espalhados pelo nariz e

a que eu e Susan exigimos na diretoria no ano passado, porque os nossos antigos não funcionavam as trancas direito, e como resultado tínhamos furtos constantes. Ao ver que nossos pedidos foram atendidos nesse ano, sorrio para Susan e ela para mim. Em outras circ

eus armários nos dois últimos minutos antes da campainha tocar, em consequência disso, a muvuca c

ar até a porta da minha primeira aula do dia. Geralmente não gosto muito dessa atenção exagerada em cima de mim, mas penso qu

rtado e diz: -Olha, na saída a gente se encontra. Eu

ela estar se esforçando para me descontrair, mas não demonstro,

e se formou no corredor, enquanto eu entro na sa

zade sincera, dentro ou fora da escola, só me comunico com o restante quando fazemos grupos para trabalhos. Os alunos não costumam ser tão receptivos com bolsistas, como se fossem os donos da porcaria do mundo. Ano passado, isso deu o que falar: os prof

tão direcionando a mim, na sala de aula não é diferente,

rmoso e cheio de vida, na intenção de me dar u

me deixa mais desconfortável do que já estou. Como resposta, só esboço um sorriso e continuo fingindo que al

uma mão na outra em conformidade, se levanta, verifica a porta para ver se não tem ninguém ainda chegando at

! - Um coro baixo, sem â

m d

jeto em mãos, volta sua atenção para nós. -Pra quem não me conhece, sou Magnus, professor de biologia encarregado de ensinar a vida em e

sam e nada muda, não é? Vamos, entre

as cobaias de Megan, tão insignificantes que sequer possuem uma posição de "respeito" nessa amizade segurada p

as atrás da líder. O mais engraçado é que os assentos pareciam estar esperando por elas, como se fossem as donas dos lugares e, de fa

a. Olhando para trás por cima do ombro, ela não tem outra feição senão pena. Pela primeira vez não me lança um sorrisinho sarcástico e eu nem sei se acho

ua explicação: -"Bio", que vem do grego e significa vida, enquanto o sufixo "logia" entendemos como ciência de algo. Ou seja... – ele sublinha os dois termos no quadro e se vira animado para nós. -...estudaremos a ciência da vida, que agrupa os organismos, sua origem, seu funcionamento, ev

a carimbada dos professores e bastante conhecido por gostar de chamar a atenção com piadas sem graça, isso quando não está na última cadeira da sala no fundão dorm

costas de Jonas na intenção de fazê-lo perceber que está sendo

foi,

uelha para mim como quem alerta "Cala boca, idiota, a Lia perdeu os pais. Para com essa porra de 'a v

a sala inteira não

ireção à mesa de Jonas, abre seu livro de biologia e força uma fala si

r ser o professor. Pode ser ou será que tá difícil? - Jonas, envergonhad

ssor contorne a situação e mude de assunto, sei que tudo, a partir de agora, vai ser di

mim, com o semblante sério e a falta de noção de sempre,

ofessor pede e sigo fingindo que presto atenção, i

horário do almoço, que é a minha salvação. Enquanto ando a caminho do refeit

rriga estremecer só de pensar em engolir algo assim, dou meia volta e resolvo que o gramado perto da quadra de futebol americano pode ser uma boa estadia para alguém que n

m pânico gigante quando alguém chega me abraçando por t

a mais quando percebo se tratar

so

! Calma a

ardado com o uniforme do time de futebol americano da Ohio

de uma maneira tão... – nem consigo terminar a frase de tão nerv

, corri logo pra te abraçar, e... – Natan, procurando um meio de prosseguir com sua frase, remexe em seus cabelos ond

você também. – termino a frase. Odeio como meu t

rependo de ter falado alguma coisa. Natan, sempre

os mudar de assunto. Eu qu

tanhos para parecer o mais animado possível, um integrante do tim

O pessoal tá

volta sua atenção para mim e, antes de falar qualquer outra coisa, pega nas minhas duas m

o que Susan di

ão do mundo, quase parecido com o gato de botas do Shrek. Eu não fazia ideia de que e

ando o campo, indo ao encontro do colega de time apressadinho. Antes de virar

o os lábios na intenção de que N

literalmente, somente um minuto para a campainha tocar. É uma tá

u armário, quase ninguém mais está perambula

de cara com Megan, Chris e Diana. Minha aura, que tinha melhorado um pouco com

gan se mete na minha frente e começa seu falatório, com o mesmo olhar de pena

as Megan se coloca na minha f

esisto de tentar desviar, bufo insat

echa de cabelos loiros atrás da orelha direit

me

pra trás e... quem sabe, até podemos ser amigas. – o mais incrível na entonação da Megan é que, mesmo que ela tente parecer

r dizer, não mais que eu, mas nada que um banho de shopping em você

s amigas boas samaritanas enquanto olha para mim com o

ca com tanta rapidez e agilidade, mas minha chateação é tão grande que a tela preta toma conta da m

r quem só tá tentando ajudar

ém. Todos os olhares de hoje, a situação da sala de aula, a pena nítida no

vocês não são! Eu não preciso de vocês, e nem de ninguém na merd

nha frente, atrapalhando minha passagem e protesta

undo quer na merda dessa escola e você nos trata igual co

or tocarem no nome das duas únicas pessoas no mundo que eu defendo, assim como eles fariam por mim. Sorrio sar

ver se eu não meto um tapa

ituação. -Anda, bate aqui, ó. Só se prepara pras consequ

tro, no entanto, Megan pu

o final do dia ela vai voltar correndo pro papai e pra mamãe pra contar que fomos muito malvad

de Megan, que está no meio do trio, enrolo minha mão no

elo de volta, possivelmente para amenizar a

grossa de cabelo dela em

huma senão uma menininha birrenta que depende da porra dessa aparência mentirosa de dona do mundo pra parecer

se espalham e, na verdade, nem sei direito o que falei, entretanto, pela cara das três, disse uma bes

o de seu cabelo e me empurra com força em direção à porta do meu armário, seguido de um estro

ncurrala e

. Pelo visto, seu luto já acabou, não é? E você se prepara, se antes era r

o por trás, provavelmente por ter escutado o barulho do meu i

que tá acon

para trás, arregala os olho

nte só tava tentando

mais se esse barulho todo tiver vindo daqui. – Williams, passa a mão pelo rosto todo em exaustão, suspira e finaliza: -Quer saber,

nte nada, apenas obedeç

ndo o caminho, ao que Megan me fuzila

gar pro meu pai, e

aluna psicopata que gosta de tirar sarro do sofrimento alheio. Talvez três meses de terapia dê jeito. E também eles p

er enganada, parecia um vestido. Se depender do constrangimento de Williams, diria que é exatamente o que estou pensando:

temos nas duas cadeiras à frente da cadeira atrás da mesa na qual ele se senta,

anha violência, Se

que o senhor já deve conhecer. Mas ela foi bem mal educada com todas nós

que tem

a que eu puxei seu cabelo com a força de um gigante, e nós duas sabemos que fazer terapia nessa escola é como ir para o inferno: os profissionais são desqualificados, ficam com a mesma conversinha de sempre e, para pio

ofessor, não preciso da compaixão de ninguém. Não quero a amiza

lha para mim e depois para Megan, se acomoda

te daria raiva o suficiente pra empurrar e encurralar

pe no meio da frase e omite a minha culpa na história quando diz: -...que eu não tolero falta de educaçã

– Williams respira fundo, pega o celular do bols

, desmanchando de repente sua posição super firme. P

são mínimas, ainda mais no primeiro dia de aula. Se querem agir como criancinha

a, dando um pulo para frente e arranc

evolve já es

, enquanto eu permaneço sentada, observando

qualquer coisa. Só não liga pro meu pai. – Megan pede com tanto fervor que seria quase um crime não dar

, segura a cintura com

estimação que fez uma grande besteira e escuta quando Williams finaliza: -Eu vou pensar muito bem no seu caso, mas s

ai enfurecida da sala. Eu saio devagar, esperando que Wil

la mesmo, mais outros não faz mal. Em frente ao espelho, vejo meu cabelo todo desarrumado, tudo bem

spelho que cobre uma parede inteira, sinto a parte de trás

e reajo apalpando as paredes do banheiro. Meus passos ficam tr

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