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The Storm

Capítulo 3 The visit from uncle Martin

Palavras: 6410    |    Lançado em: 25/04/2022

de remédios perto de uma maca vazia ao lado da qual estou deitada. Apesar de ser uma senhorinha grisalha com seus setenta e poucos anos de vida, Dona Mirtes adora andar de lá para cá, e é assim

m Natan, que estava sentado na poltrona bege ao meu lado ro

ntando na maca pouco a pouco, massageando o

na Mirtes falou que não era nada sério. O que aconteceu? – pergunta Susan, recebendo um esboço de sorriso singelo de Don

o preocupar nin

ez seja só estresse

m alegrinha. – diz Natan, todo misterioso, tomando liberdade de se sentar ao m

a uma revista fina e acerta numa intensidade fraca na perna de Natan, que le

epois você conta isso. – diz Susan, de olho nos me

ninguém, sabem que eu detesto qualquer tipo de misteri

ue terminar. Anda, desembucha. – cutu

Susan diz, revela um sorrisinh

cozinha pela semana inteira. Ela aprontou alguma coisa, at

riancinha assustada, dessa forma, resolvo me manter neutra, pelo menos por enquanto, ainda mais porque o que eu disse

isso? Ela que se resolva pra lá.

de Megan. Ela corre em minha direção, mede a temperatura da min

ar uma dose do remédio mais forte que tive

ão de Susan

ão é, Natan? – brinco, já que quase todo o time de

s amargos que são engolidos com a ajuda de um copo cheio de água gelada, sem mais esperar, caminho em passos lentos pelo

apaz de engolir uns sete hot dogs de uma só vez. E pra não engasgar, peço um milk shake do tamanho de um... – Natan se an

peito e até montar o meu próprio combo maluco

a, esqueci

e entreolham e di

buscá-lo, ele v

ne se pensar que eu esqueci dele porque estava com outros amigos. Eu preciso ir. A gente marca essa nossa

pergunta Susan, parada perto de Natan enquanto eu ando cada vez mais apr

Até am

chego e vejo Petter sentado em um banco de concreto em frente ao estacionamento de sua escolinha, sozinho, com a face embu

me descul

ando o rosto para o outro lado, cruzando os braços o

nte quando se trata de Petter, sorvete e praça numa mesma f

perdoaria se eu dissesse que amanhã eu cumpro o promet

afirmação, ainda chateado, mas não o suficiente para re

isfeita de tê-lo feito esperar tanto, o agarro de lado, beijo o centro de sua cabeça e fico contente ao ver um sorri

Ve

as horas, o que significa que se não apertarmos os passos chegaremos em casa encharcados, embora não seja uma má ideia pegar um resfriado e faltar alguns di

sopra e farfalha os galhos das árvores plantadas pelas calçadas que se balançam irregularmente, resultando num s

etter e o puxo para andarmos com mais velo

ustang 98 estacionado rés ao meio-fio, em frente a uma lojinha de conveniência fechada. Eles têm mais ou menos a minh

s, afinal de contas, Petter está comigo e uma reunião com cin

nsar na chuva que ameaça descer

a casa está tão perto, e assim eu obedeço. Com cautela, resolvo posicionar Petter ao meu lado direito, seguro forte em sua mão e

sem fazer questão de olhar para o que seja lá que esteja

já devolvi o bagulho, mano. Por fa

eria o dono dessa súplica medrosa e

ma, resolvo olhar para a esq

de sua mãe portadora de câncer. Quase todo mundo sabe disso, e por ter essa fama que grudou em seu nome como cola permanente, se recusam a oferecer um trabalho digno ao garoto

rando piedade

vor, por favor...

está acontecendo, mas não deixo de lembrar que uma vez tive a oportunidade de conversar com Kurt, foram somente alguns minutos, e

o perto do rosto de Kurt que, se aproximasse mais, sairia um beijo. O agressor o encurrala contra a parede com uma mão no p

busca algo dentro do carro e o quinto só se escora no capô do Mustang vermelho, fingindo que a cena v

pegar algo no carro que volta ao grupinho com uma barra de ferro co

etirando sua mão do peito de Kurt para re

ndo cada vez mais atrás de mim, nem sei como ninguém ainda não me viu parada, e, me ap

sussurra Petter, bem e

o no mesmo t

perto de casa. Vamos deixa

urt para que o soltem, prometendo que não

, e vejo o tal do Jack erguendo a barra de ferro na altur

avor, por favoooor... – sua voz oscila entre

a passe ou qualquer outra pessoa para dar um basta nessa situação hor

esteja quase caindo e o temporal feche o céu em nuvens negras, eles não se impo

Petter, repuxando a b

a ele, que volta

ra de ferro em mãos,

dido, seu filho da puta. Vai aprender a nunca

principalmente quando vejo os olhos castanhos claros de Kurt arregalarem numa expressão mesclada de medo e espanto

evelando minha posi

nta que sucederia no ato do violento Jack,

ara mim, inclusive Kurt, que deixa nítid

o, pelo seu próprio bem, corre a corrida mais rápida de toda vida, se metendo pelos becos

hos, dá um soco na parede a qual Kurt estava sendo esmagado

dedos, jogando-os para trás, seguido de um bufo

trás do carro, enquanto eu so

k, verificando os dois lados da rua antes de

cão prestes a atacar, recuo alguns passos para trás até encostar na pa

l não se sentir acuada: os olhos verdes arregalados como um usuário contínuo de drogas, os cabelos loiros penteados para trás e

io macabro em que me encontro cercada por um cara sem escrúpulos, outros quat

o a atenção para o lado, evitando o contato do olho no olho. Me esforço para não tremular mais do que gostaria, não movo um músculo. -...você apareceu e cagou tudo. Que coisa, não? E agora, já que você meteu a fuça onde não foi chamada, a

ais difícil do que eu pensei que seria, principalmente quando posso colocar a vida de quem eu amo e

pra gente aqui. – intervém o rapaz que estava

uer coisa, joga seu cigarro no asfalt

nam a visão de Jack para mim, e pelo que parece, Jack escuta o que o pos

eceu e deu uma de heroína. Alguém t

rá-lo e chutá-lo com tanta força entre suas pernas que comprometeria sua proliferação pelo mundo em até trinta e seis encarn

o para baixo e vê aquele mini ser humano completamente furioso se c

em paz, s

ação, na mesma hora posic

massageia a parte ati

arte em minha direção, já que estou posicionada na frente de Petter como uma tela inquebrável, agarra a gola do meu moletom e

m mais nada a

precisa ent

ssar a rua, puxar Jack para trás pela regata e

ase nos mata apenas com o olhar esverdeado, arregalado e psicótico. Por fim

io para o Mustang, sem

om veemência mentalmente por nada ter acont

stang, dá meia volta, olha de relance para mim e por alguns instantes consigo analisar seus detalhes marcantes: a barba raspada, os lábios desenhado

Certamente não deveria agradecê-lo por fazer o mínimo, mas algo nele prendeu minha atenção, como se eu já

perar mais, me desperta e me puxa pel

pelo menos Petter será deixado na escola sempre pela tia Ana, nenhum cansaço v

alhe, dou de cara com ela mesma, só que com uma versão um milhão de vezes mais arrumada, a começar pelo batom bege nos lábios, com um toque de brilho labial; o

me surp

er, na mesma hor

uiada, mas a chateação no rosto é nítida. Ao olhar-nos tão

Cristo, onde é que

ma criança não omite fato algum –, é agarrado por mim, que lembro do

que os dois estejam separados há anos, mas não quer dizer qu

isso, agarro Petter de lado e o impeço de fa

que a senhora não gosta, mas demos uma pas

ra, nos larga d

car no jornal local de "desaparecidos". Todos os seus colegas vão ver o micão. E eu falo sério. – brinca ela, e

eu agora pouco, pois ela é do tipo que, se souber, só vai descansar quando olhar o tal de Jack e os outros a

ameaçado de ter uma foto sua exposta ao público, no entanto, sua marra

ão tomar banho, falta pouquíssimo tempo pro Mart

, vejo-o entrando em seu quarto em dispar

le esqueça o ocorrido macabro de minutos atrás e se ocupe com as aventuras e histórias parisienses que t

minha pia branca e quadrada de porcelana, fecho os olhos e a primeira cena que vem à tona é Taylor. Na verdade, são como várias cenas fotográficas tiradas pela minha própria mente, ora de Taylor intervindo Jack para que não fizesse nada comigo, ora

sto. Faço melhor, arranco as roupas do corpo, ligo o chuveiro em se

pronta para bancar a melhor anfitriã

ro que exala e inunda a casa t

inha vida, nem eu sabia que tínhamos louças de cerâmica simples em estilo nórdic

amente para esta noite: risoto de cogumelos, batatas salteadas com ervas frescas, torradas amanteigada

ir comida quase todo dia, olho im

do isso? – me apoio na bo

ood? – pergunta Petter, que sem querer aca

ando depressa da

a hora e expressa seu susto: -O tio de vocês vem direto de Paris pra cá e vocês vestidos de... pij

tin não é mais nosso tio, já que eles se divor

nhora, não a gente. – abraço Petter de lado, este

nalmente a campainha é acionada. -Chegou! – diz, respirando fundo, arregalando os olh

ita Petter, partindo par

l com zíper na gola combina muito bem com seus olhos, a calça social bege e os sapatos sociais marrons fecham o pacot

, por sua vez, deixa suas compras no chão da entrada, arregala os olhos azuis

u! Daqui a um tempo não vou

inha com abajur que tinha deixado seu desenho, agarra o papel e mostra orgulhoso para Martin

ajeitando os cabelos desalinhados com a recepção brusca de Petter, peg

a cerimônia, até porque já estou grande demais para

ceber que causará um climão se tocar no assunto delicado que vem nos unindo ultimamente. Para se corrigir, b

mais tarde, mas com certeza vou gostar

trouxera para Petter, justamente por saber que sua reação de animação seria impagável, e foi exatamente isso o que ac

dooooo... – responde Petter, quase es

rumando o cabelo para trás, que se desalinha muito, e finalme

entrega seu presente e trocam algumas saudações, como dois adolescentes que acabaram de se conhecer. É sempre assim, no início

da vida dele com tão pouca idade, entretanto, na maior parte das vezes não faz bem à tia Ana, que sabe que pode seguir sua vida amorosa com outra pessoa, assim como Martin faz e não esconde de ninguém, mas diferente del

os convidados para o jantar, ninguém mer

na escancara o orgulho no

arece até que a rainha

ta tia Ana, imitando o sotaque dos h

responde tio Martin,

ão perdeu a chance de contar sobre seus perrengues europeus, eu, tia Ana e Petter não conseguimos c

m pequena, Petter ainda nem era nascido, e todas as vezes em que estavam mamãe, papai, tia Ana e Martin, o silêncio dominava o am

esses jantares, devo confessar que adoro, porque me sinto p

a louça, eu enxugo. Tio Martin e Petter reti

mandar para a cama, sempre me tratando da mesma forma como trata Petter, mas reso

ama, não é necessário dizer que o gar

casa. O jantar foi um tanto agradável, por algum tempo me fez esquecer, mas agora, deitada com a ca

onseguir dormir quando fizer um leito morno. Não sei se é mito, mas minha mã

para que meus pés não encostem no piso frio, abro

luz da sala está diminuída para um tom bem baixo e sensual, e

, para minha sorte, não sou vista. Volto para meu

ar da Lia e do Petter

são envolvidas pelas paredes, não tem como olharem que estou escutando conversa

o sofá tão pertos que poderia jurar que são um casal novamente, ele segurando uma taça de um líquido

proxima dela sorrateiro e consegue ar

de, não consigo esconder a careta de ânsia que

tia Ana finalmente responde,

o... dif

rgunta Martin, com o

r de nós, mas o medo de ser pega é maior do que t

o brincalhão, não tenho do que reclamar, mas a

tem a

m, o modo como ela fala comigo, como me olha... – tia Ana faz uma pausa dramát

ersa é grande, mas isso só fica cad

ou Ana falam nada, como se o assunto pesasse tanto q

quando se é jovem, não é? –

o com você. – tia Ana parece levantar,

erteza a coisa vai ficar

de nós dois, no plur

seu tom sempre empu

l só pra você. É sempre só sobr

. Se um dia fiz besteira,

Martin pede silêncio da tia Ana,

r com o nosso casamento? Foder com tudo o que a ge

o você fa

tenta empurrar a culpa só pra mim, porque nós dois sabemos que é um fardo difícil de se

endimento, mas mais nervosa ainda por não enten

a ser uma mosquinha para ver a cara que estão fazendo, principalm

po, é Martin quem

ou te ajudar a criar essas crianças. Que a gente vai continuar com as nossas jantas pr

ro ficar sozinha. Me descul

rulho com seus passos, abre a porta

gora, e eu não quero permanecer

grau, chego no quarto, fecho a porta com

devia, e em consequência disso, não consigo sequer pensar em dormir, como se não bastasse a dú

sono por

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