Anjo Sombrio - Irmãos Dvorak - Livro II
a G
zer se deixá-lo? O que vai comer? Onde vai morar?
feliz. Ele me bate p
ca? Os homens são assim, precisam
. - Levantei indignada. Estávamos sentad
as vezes e nem por isso
omentos que sugeriam os maus-tratos; as constantes marcas no rosto e corpo dela que geralmente aparecia e era associadas a tombos. Imaginar que minha m
er considerada uma adultera. Ninguém vai querer sequer estar per
abalho na casa de alguma família longe da
ito, filha, só volte para sua
*
s meus pais e contei para minha mãe o que vinha acontecendo. Naquele dia me perguntei se realmente era algo comum, com o qual eu teria que me acostumar. Demorou para "cair a ficha" que minha mãe estava errada, não só em aceitar aquilo como normal, como ao me deixar literalmente viver as mesmas dores que viveu. Se morar com um homem s
gageiro sobre nossas cabeças. Foi só assim que percebi que o ônibus
o? - perguntei para a mo
no Terminal R
l. Pelo menos pelos próximos minutos, pois ai
r, como se alguém pudesse aparecer de repente e me levar de volta. Só de pensar nisso meu corpo doía onde estava
e negros, sua pele morena, desde a primeira vez que a vi que a comparo com as figuras de índias nos livros de história. Vê
orça. Até tentei disfarçar a dor que
iserável teve coragem de te
onde expus brevemente o pesadelo que se
e Roberto era louco o bastante para tentar me encontrar, mas no fundo sentia que essa
odeia homem que machuca mulheres, crianças, idosos, qualquer um mais fraco. - Sua voz demos
um ano após começarmos a morar juntos que ele começou a se mostrar. Bebia demais e reclamava demais, e reclamar se tornou pouco, só se acalmava depois de descon
rar um homem de verdade que vai
e andar, coloquei a mala no chão e a abracei com força, ignorando qualquer dor. Se não fosse o apoio dela,
*
. Nos aproximamos e vi o homem baixo e corpulento com u
ael e o nosso filhotinho Gabriel.
or respeito diante dos marginais que prendia. Isso dev
a que a primeira vez que visse o marido da
da-roupa. O quarto tinha a parede pintada com ilustrações de desenhos animado
no mesmo dia em que cheguei, pedi a Helena para me e
sse menos dolorida, mas insisti. Já tinha um mês desde a última vez que Roberto me feriu. Ele devia
pois tinha experiencia em carteira, trabalhei dos dezoito até os vinte e cinco como secretária do único dentista da cidade. Só sai porque Roberto me obrigou dizendo que eu estava tendo um caso com o meu chefe. Foi aquela a primeira vez que e
o emprego, perdi o dom de sorrir com sinceridade, perdi peso, perdi a paz de espirito... e assim vai uma imensa lista de per
nce. Pedi enquanto aguardava a primeira ent
*
estava na cidade em busca de uma vida melhor. Ela também me perguntou se eu tinha filhos ou algo que me impedisse de viajar com o CEO caso fosse necessário. E respondi que estava a disposição. Pretendia fazer alguns cursos para aperfeiçoar meus conhecimentos, mas sempre encaixaria com meus horários na emp
nda-feira. Meu novo ano começaria oficialmente no dia vinte e cinco de fevereiro. Deus ouviu as minhas
mais para todos os lados como se Roberto fosse aparecer do nada. Só
seguimos juntas para o ponto de ônibus. Ela dava aulas em um bairro vizinho e seu marido ficava com o pequeno Gabriel até a mãe dela chega
rem e metrô até chegar a Dvorak, no centro da capit
nte edifício da empresa. Em pensamento, prometi a mim mesma que sairia mais cedo nos próximos dias e qu
o vi aquilo me recriminei por me esconder quando deveria conhecer pessoas e começar uma nova vida. Em um rompante - antes de perder a coragem -, me aproximei delas e me apresentei. Foi um alivio perceber que eram pessoas boas e logo estávamos conversando com mais pessoa
u queria absorver as palavras deles e não ver se eram bonitos ou não. Já sabia que homens de novelas só namoravam mulheres de novelas. As fofoqueiras do sa
m menos sentimento. Não que eu estivesse acostumada a qualquer sentimento além de dor e tristeza, há anos não tinha nada
cheguei a sentir saudade. Foi por poucos segundos. Logo a imagem de R
stando, me senti perdida. Eu nã
ros seguirem seus rumos, com medo de que a minha contra
a, o q