MUITO MAIS QUE SONHOS
emana que ele chegou em minha casa, machucado e pedindo socorro, mas agora está livre e saudável, poss
vejo partir até sumir de vista. Torço para que fique bem e, no meu sonh
ernas enquanto sorrio ao me sentir tão importante e inesquecível a ponto de almej
nte ao perceber que não estou sozinha, pois escuto o i
Posso ouvir a sua respiração ofegante, deve ser alg
l, já que a minha única missão ali era soltar o pássaro e por isso saí de casa, ainda descalça,
ercebo os pelos do meu corpo se eriçarem diante de um sentimento desconhecido por mim. Algo preenche a minha tra
devo ter medo, mas a minha percepção é tomada por uma sensação sem nome ou de
estavam, também escuto o barulho da cachoeira e percebo que estou no mesmo lugar que est
ornam o meu corpo, distribuindo um aroma já
é a ele que perten
u olhar quando escuto o seu sorriso e encaro os seus lábios. É um sorriso sincero, posso sen
olhar, sentir o seu sorriso, mas não há um rosto definido. São como peças de um quebra-cab
nuvens carregadas e cinzentas. Os pássaros já não
ais vida e aos poucos seu corpo vai se dissolvendo com a força do vento e sendo levado por ele, juntamen
charcada da chuva que despenca do céu. Choro copiosamente e minhas lágrimas parecem solvente
inha cabeça e eu fecho os
s, ac
a sentada na beirada da minha cama. Olho e
m sonho? -
olha só o seu estado. - Camila s
inha. Ela tenta secar as minhas lágrimas, mas é com
ainda estou com frio, então sento-me na cama, trazendo o edredom comigo, e recosto-me na
o em voz alta o que deveria
oncentrada, mas
nhou que te dei
um h
, mas logo se recompõe ao per
ho tipo.
fume que vem não sei de onde. - paro para tentar organizar as ideias e parecer o mais clara po
com isso - explica-me calmamente como se falasse com uma criança -,mas a minha avó dizia qu
acredit
real. - Dá uma pausa antes de continuar. - Por exemplo, essa sua relação com o Rafael, ela tem
nada a ver
, está chorando por causa
era qual
m certeza é o homem que v
e ela acabou de falar e me pe
mais o Rafael e por isso es
bindo, sem querer, o anel de noivado que ganhara recentemente. - Mas talvez o Rafa n
ais pelo sonho, e
ó queria que ele me amas
mas nem acho que a culpa seja só do Rafael. Em toda a relação há alguém que
que eu
oão saiu do quarto e solta-lhe um beijo. - Isso é você quem tem que decidir. E
ro fora? Acredito no amor e acho que devo lutar
anta-se da cama. - Eu queria muito te ajudar, ma
parou ao olhar o cavalete
Alisa a textura do algodão cru. - Talvez pint
presa na cama o dia todo. Visto um roupão quentinh
asar não vai embora dessa casa? Não
Coloca o café na mesa e só então
e sempre ficam vermelhos quando choro
lo com os meus problemas logo cedo. O coitado atende o dia todo, escuta sobre os mais
obo e acordei cho
Freud diz sob
O
festações dos desejos e ansiedades m
ado? Como explicar que o olhar, o sorriso e até o perfum
ação. Não é estranho? - Não menti, só não contei tudo. - Tenho sonha
a quais fossem, tinham a ver com a liberação da tensão sexual. - Sorriu timidamente
para dormir em um lugar que não envolvesse
indo até o forno pegar umas torradas com
a que eu e o Rafa
dos lábios e meneia a cabeça
posta. - Ele coloca as torradas sobre uma cesta de vime forrada com um teci
s, tentando controlar a vontade de c
corpo, mas não sinto o seu sabor, só um amargor que pa
s trovões se revezam entre os mais tímidos e os mais escandalosos e eu
ambém. Apesar da chuva e da umidade, resolvo que pintar ao ar livre pode me fazer bem. Visto um avental e começo a dar as p
ade e, pela primeira vez desde q