Por Você
Jú
os amigos. O quarto ficou enfeitado de lindas flores e alguns balões. Suas cores chegaram a dar vida ao lugar. Durante a tarde Mônica ligou e
afastei da janela e encontrei os seus olhos cansados. São quase duas da tarde e eu pen
aqui! - digo, for
sa, filha - disse puxand
e você descanse um p
ue sou muito forte e que sabe que vencerei mais esse obstáculo em nossas vidas. Eu só consigo beijar seu rosto pálido e dizer o quanto a amo e o quanto ela é importante para mim. No meu desespero, eu só consigo pensa
ossos planos? - pede puxando uma respiração cansada. Como posso prometer-lhe algo
ra entra no quarto e inicia alguns procedimentos de cuidados. Ela verifica o soro, aplica uma injeção e observa as máquinas e antes de sair do quarto
Quando conheci o seu pai... eu tinha dezessete anos. Ele era o filho do patrão do meu pai... e eu me apaixonei por ele... sabia que não devia, mas aconteceu... - Sua voz se arrastava, mas ela falava entre uma respiração e outra. Eu não entendi o motivo de Rose querer falar disso agora. Durante anos eu sempre quis saber s
ei em sua casa... fui impedida de me aproximar... eu n
omo me sinto agora, não é revolta e nem estou com raiva. Rose Falcão fez muito por mim, e eu sabia que essa atitude sua, fora mais uma forma de me proteger. Mas, de quê
e. - Tento convencê-la, mas
ão sabe sobre da sua existência, filha. Quando os meus pais descobriram sobre a mi
Como assim o meu pai não sabe da minha existência? De repente tenho um pai, ou nã
r mim... por nós duas. - insiste nessa promessa, e com lágrimas nos olhos, mais uma vez prom
lentamente, seus olhos cansados vão se fechando. Noto que estão ficando sem foco e a sua mão fi
om, filha... - As máquinas começam a fazer um som alto e ritmado. Nervosa, eu olho p
uta e deixo a minha cabeça cair sobre o seu corpo, enquanto me entrego ao meu pranto dolorido. O desespero me consome, tira as minhas forças e compre o meu peito. Sinto alguém segurar os meus ombros e me tirar de perto da minha mãe e de dentro do quarto. Doutor Vilela e alguns enfermeiros logo invadem o quarto. Do lado de fora os vejo tentando reanimá-la, mas nada acontece. Um dos médicos me olha, fazendo um gesto lento e negativo com a