Cinco Motivos
ios, minha mãe vendia salgados na entrada da rodoviária, eu tinha apenas dezessete a
ão ser preso, ele era aviãozinho, acabou "rodando", desde então eu
pois não dormimos em nossa barraca, fomos expulsas e tivemos que nos abrigar perto
is caras, porém era isso ou nada, reprimi a vontade de chorar e coloquei o melhor sorriso que po
a mulher, muito bem vestidos e o perfume deles chegava a
conhecia o grupo de assaltantes, eram eles os culpados por meu irmão estar na cadeia, fiquei com medo de imediato e olhe
elevador, por sorte ninguém mais tinha tido aquela ideia
castanhos claros e olhos incrivelmente ve
le tinha me dito, quando a garota ao lado dele peg
ainda, somos novos no país. - Seu sotaque era no mínimo engraçado, mas ela fal
sença deles e continuei a vender minhas balas, bom, continuei oferecen
as mais belas que já tinham visto na minha vida e eram f
re que aconteciam esses assaltos ela ficava apavorada e muitas vezes sai
- Você está bem? Não se machucou no assalto? - Fiz algumas perguntas me ap
jou com irritação em sua voz e
va e entendia os motivos do seu mal humor diário, quem não ficaria desta
o direito de ser grosseira por nada. - Me dê dois salgados, já estou com fome e tenho que ir para o outro
os salgados ela me
ai ter que pagar por eles, não posso f
ada de mãe, não na minha percepção, por mais que eu a amasse sabia que
rou muito para ver Cristiano, ele trabalhava como interprete na rodoviária, ela lindo, olho
otei que ao seu lado estava um dos home
aquela que me levava a ter muitos pensamentos impróprios. - E
uns aos outros. - Falei ainda sorrindo como uma idiota, e
egou e sei que sua mãe está tendo um daqueles dias, en
não ser aceitar seja lá o que fosse, Cristiano se afasto
olhando para o dicionário, entendi
de cem, pisquei algumas vezes olhando assust
logo voltou sua atenção
e certamente não era normal, não demorou muito para o outro que os acompanhava aparecer do
euse - Palavras que na época eu não entendia, mas era algo como não assuste a gar
rmurou de forma
daquele homem, depois para suas joias bem a
alsas eles acabam virando chamariz de ladrão. - Cris, revirou os olhos ao escutar minha fala, mas t
inha e ver quanto tinha no envelope, os dois homens também pareceram se sentir incomodados com a a
de cinco mil reais, meus olhos não acreditavam naquilo, assim como eu também não imagina
eu precisaria de um dicionário ou ir a uma lan house
versez de nombreuses difficultés et que vous n'avez nulle part où habiter, si vous voulez de l'a
tive cuidado de usar minhas moedas e não as notas, do je
muitas dificuldades e que não tem aonde morar, se quiser uma ajuda sem nada em tro
rteza do que estava escrito e se tinha traduzido corretam
intenção de ir procurá-los, quer
é vender tudo e isso sem comer nada, não queria que todos soubessem que eu estava com dinheiro e por isso mantive sigilo,
estranho logo de início, mas acredito que ele pensava que eu iria dividir a grana com el
rque aonde dormiríamos no relento, notei que no caminho el
me dava tudo o que conseguia para que tivéssemos uma vida decente, egoísta.
que era bem uma mentira, queria dividir com ela, quando fui colocar a mão n
or do que eu, mais forte e estava com um ódio sem tamanho, só não desmaiei por
valor sentimental, como a caneta que meu pai me deu aos meus doze anos, ou como uma caixinha de joias decorada
o em um anuncio, até falei para minha mãe sobre, mas ela me deu um tapa no rosto e me ped
a viagem custava, disse que em tempos difíceis as pessoas deveri
mãe seja importante pra você, mas veja bem, você acabou de fugir de casa por assim dizer, deveria tentar recom
deles moço. - Rebati acha
ficou pairando na minha cabeça, o trio podia ser perigoso, podiam até ser mafiosos, mas ain
rta, na recepção eu fiquei bastante sem graça, por e
aqui? - Fui a mais educada que pude
ermitidas aos finais de semana, animais domésticos e crianças também não são permitidos. - Seu sorriso meio torno
lia, mas tenho como pagar a estadia, é por mês ou diária? - Senti meu
o valor sobre para quinhentos. - Ela me olhava incrédula, como se soubesse que eu não
ei a ela, vi seus olhos se arregalarem, certamente ela imaginou que eu tivesse roubado. - Eu vendo balas sen
pegando o dinheiro e conferindo as notas
es. - Murmurei imaginando qu
rredor bem estreito, portas de ambos os lados, pude contar cerca de vinte quartos. -
ída se eu não continuasse o pagamento, senti um alivio enorme por ela ignorar meus documentos, ma
dade cobra mil reais ou mais, então espero que estar aqui te ajude a tentar voltar a escola, assim como também tem um brecho, com roupas a part
cto de velho, mas era bem arrumadinho, um lençol amarelo na cam
um quarto depois dos meus quinze anos
barriga roncar, mas tudo o que eu queria era poder tomar um banho
nava com uma muda de roupas, produtos de higien
pra ficar de enfeite não, em todos os anos que vivo aqui te garanto que nunca fomos assaltados. - Ela tinha mudado sua f
e meio sem vida, olhei meu reflexo no espelho após colocar as roupas que a mulher tinha m
a tentativa falha de defesa, mas ao me ab
que iria comer antes de dormir, e sinceramente dormir de barriga cheia é maravi