Nas ondas do infinito
i
ntra a grade de madeira na borda da proa, espero o sol secar minhas roupas encharcadas enquanto procuro não pensar nas centenas de vidas pe
mente insiste em mostrar as cenas de todos eles morrendo enquan
quatro dias, isto é, se aquele brutamontes me der alguma coisa.
passaram a última hora trancados lá dentro, gargalhando e conv
uma garrafa d'água na mão. O sol banha o seu cabelo loiro assanhado e
pego a garrafa da sua mão, mesmo que seja mentira. Eu não estou com sede, mas vai que o brutamontes
nada o que esconder) então tomo um pequeno gole de água, antes
ece está perdido nos seus próprios pensamentos enquanto encara o vazio, o quê me permite observa-lo mais de perto. Debaixo da suje
na minha direção. Alex pelo menos tem a decência de pensar no futuro, algo que o
somos os últimos serem humanos vivos do mundo.- digo calmamente, ant
e da cidade deve estar por aí, comendo aquela comida refinada enquanto riem e finge
am pegado fogo e explodido um a um devido à gasolina que derramou de algum deles
esiste de completar a frase e simplesmente en
começou o incêndio não foi??- chuto, enquanto ligo os p
mau e tudo de ruim que vem à mente, mas tudo que ele fez foi para garantir a nossa sobrevivência.- Alex tenta interceder pelo amigo, lançando-me um olhar triste. F
om presente é o das ondas batendo no barco e a conversa baixa e abafada que ocorre
sse sussurra como se eu, o dono de
respondo, antes de dá uma ris
a... É que eu nunca algo assim antes.- ele tenta jus
se encolhe um pouco e volta à encarar os sapatos, m
gunta me faz querer ri, mas
enxergo
abe por que seus
com que um dos meus olhos tenha mais melanina do que o outro. Entendeu??-
sci com...".- ele responde, arra
ambém começa à rir. Noto que ele está encarando meus olhos, focando no azul,
ais melanina, que é a substância que dá cor aos olhos cabelo e pele. Entendeu??- tento
e madeira e olhando para o céu azul salpicado de nuvens brancas. M
er e lê coisas básicas. Mas
m pouco culpado por
uando o ky me encontrou quase morrendo de fome, ele já estava com Jay e Elliot nessa época, mas mesmo assim me aceitou com eles, mesmo que isso significasse ter que cuidar de mais uma criança boba e ter que conseguir mais comida e água para
parente que podesse cuidar de mim, então peguei todo o dinheiro que tínhamos e as coisa
zer algo, um barulho estranho o faz parar. Nós dois levantamos em um p
á praticamente de tudo boiando na água fria, roupas ra
ado sugere sem desviar os olhos das coisas que boiam calmamente na água. Os outros
om as mãos na grade da borda, todos obse
Elliot pergunta, apontando para o saco plástico b
ndo as várias frutas verdes dentr
ele diz, desviando o olhar e foca
ia das árvores frutíferas estavam extintas...- começ
mais algum tempo.- a voz arrogante do brutamonte chamado Ky
dos depois segurando um remo velho de madeira. Por que em um barco desse tama
egura suas pernas para ele não cair na água. Ele está tentando empurrar o saco para
inda com praticamente todo o corpo para fora do barco. Meus olhos vagueiam pela água à
o toda minha força para colocar Jay dentro do barco novamente. Mesmo sem saber o que está acontec
entre mim e Elliot. Solto um suspiro de alívio ao vê-lo sentado dent
stava flutuando o saco de pêras. Agora há uma grande e assustadora
e medo passando pelo seu rosto ao apontar para ond
, sentindo um calafrio
**
as. Será possível que esse idiota não sabe o que é um tubar
oros.- explico, tentand
(e medo) presente na voz, antes de dá um passo para trás, como se espera
em ou afundarem o barco. Estamos
de alívio relaxa a expressão assustada no
as dezenas de barbatanas cinzentas de todos os tamanhos. Dezenas não, centen
dedos trêmulos, aponto para o braço cheio de cortes que boi
finitivamente, totalmente
**
ragar primeiro, deixando os enlatados para depois). A única luz que temos é a pequena lâmpada do la
congelante não ajuda muito. Estou fingindo não sentir n
cabine, onde provavelmente deve ser quentinho. Jay, Elliot e Alex também levantam de onde estão se
as minhas mãos dormentes de tanto frio, mas antes que eu possa passar pela porta
me antinge em cheio. Encolho o corpo devido ao vento congela
char a porta na minha cara. Abraço meu corpo com força enquanto te
té a grade de madeira e sentar contra ela. Coloco o capuz na ca
o frio e os sons assustadores que os tu