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Como Vai Você?

Capítulo 2 PRÉ-CONCEITO

Palavras: 3051    |    Lançado em: 04/01/2023

F A

unho d

os e eu não estava com a mínima vontade de encarar uma manhã gelada, apenas para ir a aula. Então voltei a me cobrir, fechei os olhos e fiz de conta que não ouvi o maldito som do despertador. Porém, meus preciosos minutos de tra

ele vai ficar feliz se você reprovar no último ano? É claro que não! Eu não me importo com o que você faz o resto do dia, contanto que vá bem nos estudos. Você sabe que nós esperamos que você se torne um grande

mportou. Foi mais importante do que me oferecer qualquer mísero segundo da sua atenção. Aliás, nem ao menos me lembrava quando foi a última vez que ela me abraç

ai. Olhos que se aparentavam mais cansados. Nutria dentro de mim a inquietante sensação de que eu carregava um mundo nas costas. Aos dezessete anos, esperava que a vida fosse uma verdadeira zoação repleta de bebidas e garotas ao bel prazer, no entanto, tudo era exatamente o contrário. A vida não passava de

antes de enfrentar a porra do mundo: "Não existe amor,

antes de atravessar a sala, notei o meu irmãozinho deitado no sofá, a

freu com o divórcio de nossos pais, foi difícil para ele conviver com o fato de ter um pai ausente e uma mãe pouco carinhosa. Por isso, sempre fiz questão de mostrá-lo- o quanto eu o amo, fazendo quase todas as suas vo

té sofá e baguncei os cabelos do meu

ra o colégio. - Antes de ouvir sua res

de quase esquecida na divisa do estado paulista. Segundo ela, tudo indicava que ficaríamos por lá um bom tempo, então não tive escolha a não ser me e

iferente. Ele, por ser filho único, sempre me considerou como seu irmão, pois crescemos juntos e costumávamos a estudar na mesma escola. Fisicamente, somos bem diferentes, seus

e cerveja e consumir tudo que havia em seu bar. Sempre que podíamos, bebíamos até não conseguir parar em pé. Apesar da nossa pouca ida

o. Após algumas semanas imerso naquele novo universo escolar, tive tempo suficiente cair na tediosa rotina de estudar, estudar e estudar... Paquerar durante o intervalo, sair com alguma garota qualquer depois

go, tentando chamar a minha atenção de alguma forma. Até que uma delas - Tiffany, acho que era esse seu nome -, acenou para que alguém viesse se juntar ao grupo. Eu nem dei importâ

perguntou à garota que havia chamado para se juntar ao nosso grupo

u já te disse que tenho reuniã

de ir ao maior evento escolar que acontecia no ano? E por qual razão aquela criatura, - sim, criatura, p

o as duas e... Santo Pai! Maldito pré-conceito!

os! Combinavam perfeitamente com pele levemente escura. Contive o anseio de percorrer meus dedos pela longa cascata de espessos cabelos encaracolados que escorriam selvagemen

do por aquela linda garota tão fora de todos os padrões. Sim! Atraído era a palavra correta a ser empregada, e talvez se fosse pelo fato de que ela foi completame

ntou-se no chão, abriu um livro e começou a lê-lo, fingindo que o mundo a sua volta não existia. Eu, movido pe

abou de sair daqui? Acho que nu

não é novata, nós estudamos na mesma sala. V

ar de assunto, então

a de ser sua amiga. Vocês parecem ter go

por minhas palavras, apena

ssuirmos nossas adversidades, Ária é a minha melhor amiga. Respeitamos os gostos e o espaço uma da outra e por isso noss

interclasses é apenas mais uma de s

s nerds de leitura, estudos, re

Se

ressante. P

o sinal que avisava o fim do intervalo infelizmente soou, obrigando-me a me dirigir à sala de aula. Entretan

fórmulas de matemática. Porém, bem lá no fundo da minha mente, havia uma vozinha que me perturbava desd

té a secretaria. Todavia, ao chegar à porta, a sens

que eu tô f

aças ao bom Deus, o

bara de me livrar de uma tremenda ro

em direção a pessoa, e dei de cara a secretária

guejei, coça

a secretar

ecer aquela história de uma vez por toda. Entretan

triculado recentemente... E sabe... Eu... Eu... Queria entrar

har de incredulidade, mas gu

rimir para você. -informou, c

computador, dei-me conta que eu havia me metido na maior

em qual quer entrar e procurar o responsável por ele. - informou a mulher b

ão de que ela era diretora do Grupo de Leitura. Ávido para entrar em contato com aquela garota, procurei o seu telefone,

u só conseguia pensar que poderia estar com Ária, ao invés de ter perdido o meu tempo assistindo ao interclasses. É... eu poderia ter apreciado a sua companhia, se pelo menos uma vez na vida eu tivesse a

ha o hábito de ler. Constatar tal fato me fez perceber que seria um tanto constrangedor chegar até ela com uma desculpa esfarrapada de alguém qu

para pessoas que gostam de ler. Eu nunca li livro nenhum, então pensei que es

e irritado. Deixei a quadra sem me despedir de ninguém, apenas ansiava em chegar em casa para

a Ária, deixando o colégio, carregando vários livros em seus braço

levar esse monte de livros até em casa, m

, eu retirei alguns

ael! - apresentei-me, lan

zer,

minhando lado a lado, sem proferir qualquer palav

estudos. Vou concluir o Ensino Médio esse ano, por isso, preciso mais

dula, direcionou-me um ol

que participa de reunião de es

o vestibular, caso contrário meu pai me deserd

é ótimo. Eu participo de todas as reuniões. A próx

fiquei, mais uma vez, sem saber o que falar.

ão ficava desconfortável com a minha presença, nem tentava me impressionar com sorrisos fáceis. M

parecia do tipo que curte estudar. Sendo assim, em que tip

bêbado aos finais de semana. Do tipo que costuma sair todo dia com uma garota di

dade, não consegui me

o bem, sou ess

orriso... E merda! Naquele instante p

casa deteriorada, cuja tinta azul da parede era tão descascada

vros. - sua voz soou baixa, enquanto direcionava

entregando os seus livros. -

no seu caso, notei que não foi uma boa ideia, pois assim que me meus lábios tocaram seu rosto, percebi que ela s

tanciei de seu rosto, ainda inalando a frag

disparou apressada para dentro da

e que ela jamais deixar

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