A mulher que perdeu o sorriso
empo se quisesse algo para meu livro. Então a chamei para que se quisesse contar logo a sua história, ela aceitou de prontidão. Fiquei com o coração acel
pés de açaí. Sentamo-nos em duas cadeiras, uma de frente para a outra. Lig
nome é Rose, nunca tive uma vida fácil, meu pai era alcoólatra, violento e por diversas vezes fui vítima de sua truculência, deixava muitas vezes faltar comida em casa. Eu tinhcomo paga me davam comida. A fazenda era Manoel Domingos, como todos chamavam. Mas não era a família dona da fazenda que lá me acolhia e sim a família do vaqueiro. O que mais queria vida era poder f
iséria, quanto do alcoolismo e da violência do meu pai. Vivia triste, abatida, queria ter coisas de mulher. As vezes desejava ter uma roupa nova, um calçado novo, maquiagem. Mas, na prática usava roupa já usada de minha mãe, de minhas irmãs. Casando, talvez pudesse ter tudo isso, pois meu marido me daria. E por isso, aos poucos, deixei-me levar pelas inv
erta vez teve uma festa lá na vila do Riacho. A noite já ia adiantada, os galos começaram a cantar. Então resolvemos fugir naquela madrugada. Saímos à pé cambaleando aqui e ali, feitos d
piorando. Muitas vezes apanhava gratuitamente. Sem abrir a boca para nada, ele chegava e me esbofeteava. Batia-me com qualquer coisa que tivesse na mão: Chinelo, com o lado do facão, corda, cipó, etc.
a, já como esposa, para a nossa família. Ela chegou tímida e desconfiada. Dias depois foram morar em uma casinha de barro batido em uma rua atrás de casa na vila de Igarapé Grande no município de Capitão Poço. A referida vila do Riacho de onde provinha ficava no município vizinho, Ourém. A casa em que foram morar era de apenas um cô
isas quando um homem surgiu e começou a ameaçar e perseguir meu irmão. Era o ex-marido, famoso por ser um homem demasiadamente violento. A vila inteira ficou revoltada com tal situação. Que meu irmão havia enlouquecido por suportar tal situ