No Tempo do Amanhã
rumento, mas conforme me aproximava, descobri ser um violino. O som era calmo, mas às vezes me fazia esboçar uma expressão de repreensão. O violinista provavelmente estava aprendendo. Me pegu
or alguns segundos, me senti no ramo da música, e não mais
tra vez, de forma mais firme. Finalmente saí do transe em que m
e imediato, recobrando a consciên
ntes. Como eu sabia a letra dele? "Bem, vamos nos apressar antes que o horário termine", disse Sophie, depois que ignorei sem querer sua pergunta. Ela começou a andar pelo restante do co
ontrar sempre os mesmos rostos por aí, na rotina de cada um. Naquele dia, meus colegas decidiram precisarmos comer algo diferente. A maioria de nós possuía carro
or", pedi para a atendente que
studos ou pequenas atividades levianas, como festas universitárias. Nós, do alojamento, sempre participávamos de todos os convites, unicamente porque éramos vistos como tristes por não termos acomodações melhores. Na cabeça d
do muito todas as disciplinas. Reclamar do curso para meus pais era impensável; eles pagavam uma boa parte da mensalidade. Psicologia tinha muitas oport
havia ali, a fim de identificar o autor da música, mas não havia ninguém, a sala estava vazia. Senti um singelo aperto no perto, como se algo
As palavras da professora não chegavam até mim, eu não a ouvia, era como se algo estivesse abafando aquele som to
ao menos era o que eu achava. Havia muitos violinos e pelo menos metade dos violinistas eram homens. Eu não tinha certeza se era um homem que eu procurava, mas minha mente havia me convencido de que sim. Não consegui olhar com muito cuidado, eram muitas pessoas e a janela era pequena demais. Eu não podia abrir a porta, não mesmo. Continuei passando meus olhos por todos os homens, até que ao fundo, puxando uma cadeira e se sentando, notei um garoto. Não pude vê-lo com tanta nitidez, mas havia alguma coi
ena. Por alguns segundos, sentia meus lábios se moverem sozinhos, formando cada nota e letra do som do violino; ne
es de todos os cursos e períodos. A minha foto era feia, não pela minha aparência, mas por alguma razão meu olhar sempre carregava uma dose de preocupação, ou qualquer outro tipo de expressão que não devia ser exposta numa fot
or alguns segundos pensei que se o garoto visse minha foto debocharia de mim, eu não estava à altura daquela turma. O garoto não era do terceiro semestre, talvez estivesse adiantado? Quarto ou quinto semestre, talvez? Avancei a página, procurando os próximos veteranos. Não encontrei o garoto, apenas mais humilhação. Antes de avançar para o quinto período, percebi que talvez ele fosse do segundo período, então retornei duas páginas para verificar. Havia um sinal positivo logo no início da página, eu