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Caminho da Discórdia

Caminho da Discórdia

Autor: MARl
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Capítulo 1 Prólogo: O Ruir dos Três Mosqueteiros

Palavras: 5343    |    Lançado em: 29/05/2023

Gui

rar no semáforo é passar alguns segundos no próprio inferno. Não sou muito fã desse calor, mas essa sexta-feira é tão especial que eu não teri

elhor amigo, Nico. A turma marcou de começar a festa às nove da noite, daqui a cinco minutos, mas prefiro chegar

de casa mostrando seu look, um vestido preto rodado de comprimento que para acima do joelho, amarrado na parte de trás do pescoço. Seu cabelo castanho está enrolado em uma tranç

a camisa xadrez branca e vermelha, os primeiros dois botões deixei abertos. Os caras devem estar desse

o boa e também estranha de ver a cidade... Como se eu estivesse reparando pela primeira vez como esse lugar é familiar e quão bem eu me encaixo aqui. Quando esses pensamentos se interrompem, eu rio. Eu nunca penso cl

gente toda. Eu já observo e reconheço algumas pessoas da faculdade fumando no lado de fora, outras saindo dos carros e entrando rapidamente; falo com alguns deles mas não perco muito tempo. Mostro minha identidade para os dois seguranças de preto, eles conferem meu nome na lista de

digo dando um meio abraço em

que bom que v

ver se estava aberta. Estava. O líquido desce bem gelado pela minha garganta, tão rápi

ara prepara uma bebida de cor forte para uma plateia de curiosos animados, a maioria da nossa turma. Estou olhando na direção deles quando sinto algo g

tou em dúvida se realmente quero ser mais um médico na família, porque isso não era bem o que queria antes. Ainda não é... Quando estou treinando ou estudando sozinho, penso em desistir da fa

meu cabelo castanho e sem graça. Eu uso óculos pra ler, já ele malha e parece um surfista. Parecemos um o oposto do outro, mas nos damos muito bem. Ainda temos o terceiro membro dos três mosqueteiros, Theo, que chegou depois mas também é muito amado. Ele é o mais tranquilo de nós, também o único que não está namorando. Na

aniversariante e também o centro das atenções. Vou num canto onde estão as mesas mas

tremerem, mas nada me anima a ir lá dançar sozinho, tenho muita vergonha disso. Fico absorto vendo esses futuros médicos curtindo a vida antes de terem t

Sinto um corpo pequeno roçando no meu, mas o que me faz te

urando por você

m aquele olhar esperto e um sorriso único. Une suas mãos atrás do

mpo? - ela pergunta

u menos.

va... no

la parece estar mais fingindo e

do bem? -

im. Não s

orri fraco

a vai chegando e tudo ficando mais agitado. Os caras vão conversando e me animando cada vez mais. Zoamos muito com Nico, jogamos bebid

es e o calor que não me fazem bem. Tento manter minha cabeça pra cima e controlar a respiração. Porém, no outro canto, na direção do banheiro feminino, algo incomum me chama atenção: reconheço meu amigo Theo entrando naquele espaço restrito, olhando par

li, no banheiro feminino, enquanto estão todos aqui fora festejando. Eu

guém sai daquele banheiro. A ideia de que esses dois estejam fodendo ali dentro, na festa de aniversário

, não quero que ninguém me veja. Contorno o caminho por trás das mesas e cadeiras, na lateral mais escondida da boate. Chego

faça

anheiro, protegendo a entrada como se fosse sua própria vida. É aí que des

diga que você

só não quero que entre aq

o é o mais falso e de

ito que está m

amos chamar a atenção das pes

a. - Você está deixando a namorada do meu melhor amigo trai-lo no dia

os sair daqui - ela rebate sem nu

o vou deixar que isso aconteça deba

xo! Eu juro que vou te explicar o que vo

rado que estava f

plicação! Que tip

amos nos meter nisso. - Ela segu

- Nico surge ao nosso lado, um sorri

ralmente imploram por silêncio a

nada. Tá

entreo

mas não espera nenhuma resposta. - Falando nisso, cadê a

ocurá-la! - Laura aponta na

costa, me olhando confuso enquanto eu falo. Laura surge atrás de mim, protesta com gritos, mas é inútil. Eu não posso enga

ta entrando ness

- Ele levan

- chama Laura

eo entrando ali um pouco an

i até lá, passando e esbarrando com certa força em mim. Ele abre a porta em um só golpe com a mão; ela bate contra a parede e pela primeira ve

está hav

banheiro. É instintivo, devo protegê-la nem sei de quê, mas há uma sensaç

lado a lado, vestidos, mas com uma cara de surpresa e talvez também medo. Tina usa um vestido branco colado e tem o c

baixo há uma pia de mármore preenchida por várias torneiras eletrônicas. Já no lado esquerd

que está acontecendo? - Ni

omeça Tina. - Estava enjoada e pensei que fosse desm

lherme viu ele entr

heo me olha um

z sentido - r

e segura o queixo dela, eu presumo q

parar de mentir

ntando puxá-lo de volta pela camis

teceu nada, você que não qu

heo. - Seja homem e assuma que você estava comendo a minha namora

as, vai! - peço e a vejo c

or favor, deixa ele. Vamos lá pra for

endido? V

m a porta aberta. Ele logo sai de lá com uma embalagem rasgada de camisinha.

ra,

um mal entendido? - pe

ode ser de qualquer ga

e em vez dela admitir pra tornar tudo menos pior, não, ela segue

nha que você compra. Eu sei!

- Tina

ita. Theo e eu ficamos cada um de um lado tentando sepa

ssurro para meu amigo. - Vai ag

pa

abar mal pra mim. Mas não

a força do soco. Nico também vai ao chão e fica por cima de Theo, socando e xingando-o sem parar. O nariz dele começa a sangrar. Tento me a

m, vocês vão se machuc

xa Nico pela camisa,

ico tudo, pa

nha surpresa, ele não deixa isso se acalmar. Pelo contrário. Theo corre até Nico e o empurra com força contra o espelho na parede, e boa parte dele se qu

e olha uma última vez para os dois se q

o ferozes, vão acabar se matando. Só que, finalmente, dois seguranças de preto entram e agem. Gritam e, ainda que também saiam atingido

ta. Este mais baixo, cabelos grisalhos, blus

ebrado do espelho, manchas de sangue, marcas de sapato e até mesmo a embalagem da camisinha, m

cia - ele anuncia, deix

ia - reajo mesmo sabendo

olescente e fez um acordo comigo, qualquer confusão era polícia na hora. - O h

stá interrompida ou se só consigo ouvir

rulho lá fora diminuem conforme os minutos passam. Não vi Laura depois que tudo aconteceu, mas estou com muita raiva dela. Por que não me contou? Por que deixou que meus dois melhores amigos chegassem a esse ponto? Porque ela sabia, ela é a melhor amiga de Tina e vive com ela em todos os cantos. Ela estava ali perto do banheiro caso alguém chegasse. Ela sabia que

seguida, entra meu pai. Fico arrepiado dos pés à cabeça. Ele provavelmente estava dormindo, a julgar pela sua cara,

mos para que ele não ficasse pior

vo agradece

icial, e descul

tudo

então

embora,

ui-lo assim

r de idade, droga! Não fiz nada de errado. Nem sei se fiz alguma coisa.

a ponto de lhe fazer aparecer rugas, isso para ela seria como a morte. Ela é alta, mais alta que ele inclusive, cabelos loiros de farmácia, sedosos e brilhantes. A pele bronzeada, olhos castanhos, está sempre arrumada e segura de si. Eu não sei como eles me deixam sair com meus ami

ue estou com as chaves do meu c

luzes acesas, bem incomum nessa hora da madrugada. A viagem toda foi no silêncio. Meu pai paga ao motorista e não pede troco. Desço primeiro do

eda branca até o pé, o cabelo preso num coque alto e a cara cheia d

do seu filhinho, Va

ão fiz nad

r, mas se não tivesse feito n

na festa d

nheiro, bebida alcoólica para

fiz nada

m, meu filho? - minha mãe pergu

brigaram. Eu

s mãos coladas nas costas, suor escorrendo pela testa e

foi parar num lug

á. Eu sempre estou com eles. Hoje as

do de irritação e l

amigos? - ele me pergunta. - Eu sei que eles são importantes, mas você é muito mais. Você tem

al. Eu já falei que foi um imprevisto e eu não fiz nada de erra

a seu indicador pra mim e eu reparo em seus

ferro velho, dormiram pelados na praia, e v

não faç

passou de todos os limites! Eu preciso te ori

izesse parecer mais um de vocês. Devia parar de se im

Você é meu filho, tem meu sobrenome, e não vou deixar que arruíne tudo por causa de sua ignorâ

hos. - Vai me prender, vai me amarrar,

e escorrega no nariz e novamente me aponta s

u te transferir de faculdad

pergunto alt

eu amor? - minha mãe pe

nverter a situação. Vamos mandá-lo a uma outra cidade, sem os amiguinhos dele e com metade da mesada.

reclamo alto. - A vida é min

oxima e me enc

médico de verdade, a vida é minha. Eu dei

ontr

o vou mesmo

uiser, já tomei minha deci

Ela fica sempre do meu lado, nã

Guilherme. Depois conv

o eu esto

, me comporto como eles querem, eu tenho pelo menos o direito de ficar onde eu quero e com quem eu quero. Não sei o que fiz pra merecer essa injustiça toda. Não pedi para nascer, e se tivesse opção,

a já com o rosto sem a máscara verde. Ela fecha a porta de leve e coloca alguns fios de c

i,

, mãe? Fez ele tirar ess

ra fundo

rosseguir com sua mudança. E, pra falar a v

até mesmo afastou umas garotas com quem eu tinha interesse para não atrapalhar nossa relação. Eu já a perdoei por isso, até por

Veja só o tanto de confusão que seus amigos já

com i

am pra fazer amizade com eles. Agora que dá certo, vocês querem me

partes ruins, mas agora que aconteceu e q

a sentir meus olhos se arregalando. - Eu t

ue fazer e isso me deixa em desespero interno. Sento-me na beira da minha cama e inclino

é a primeira vez... Dessa vez nós não estamos te controlando, é realmente para te proteger.

ndonar tudo, mãe - é t

os fazer um acordo aqui entre nós dois: você passa uns dias fora e, se você não se adaptar de jeito nenhum, eu prometo

na minha mente eu só consigo neg

onvencer seu pai, hm? - Ela me acaricia novamente. - Promete pelo menos

ra encerrar esse assunto

machucado. Minha mãe é esse jogo de oito ou oitenta, ela me protege e me ampara quando estam

a que mudaria minha vida e meu futuro, qu

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