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Todos os seus arrependimentos

Capítulo 5 O festival

Palavras: 5773    |    Lançado em: 03/08/2023

stava de volta à cidade. Mais que isso, eu estava de volta ao meu a

o a saída do meu quarto. Minha mente não conseguia assimilar m

do de costas para mim, assistindo alguma futilidade na televisão. Lá estava Ian Casti

e em direção a saída com passos curtos. De forma furtiva e silencios

criar raízes no meu coração. Finalmente pude colher o fruto dos meus esforços quando meus de

oz fria e autoritária de Ia

neta, porém não surtiu efeito. Em nenhum momento eu considere

Click

air despertava um medo crescente em meu peito. Esse med

eguir aquela trilha de músculos. Eu sabia bem a quem pertencia e quem encontraria

do para ir assim? Sem

estabilizou dos pés à cabeça

e ofegante saiu como um sus

, eu não conseguia mover um músculo. Meu desespero

am em minha nuca, causando arrepios a

r a maçaneta com furor. Aquele gesto impensado me

mal tive tempo de resistir quando ele me jogou no sofá e, com ambas as mã

lha para mi

pedido e, ao mesmo temp

e mim, mas meu temor era maior que qualquer sentimento de saudade por Ian. Eu não queria vê-lo nem agora, nem nunca. O medo sempre me tornou uma covarde e foi c

nos olhos. Eu não queria ver o meu pesadelo cara a cara mais uma vez. Contudo, como o meu querer não estava em jogo, Ian ergue

s sentimentos que não soube reconhecer. Mas de uma coisa eu tinha

em a tempo de lágrimas robust

vez, que o via sorrir para mim. No entanto, não era o tipo de

e podia fug

onseguia encará-lo, agora era impo

o meu

se desgarrou do sofá e veio na direção da minha barriga. Só de pensar, imagin

longe. Sem dar tempo para que ele se levantasse,

o-me sobressaltar com o som. As batidas, uma atrás da outra, eco

icavam pesadas. - Pensa que pode fugir de mim

é meu! Meu

em mim estava descompassado, e lágrimas robustas a

espertador, que já anunciava as

e, por muito pouco, minha respiraç

da aurora atravessava as janelas do meu quarto com d

elo semi úmido para trás e t

tei, tentando me auto convence

o era bem vinda. Entretanto, contrário a tudo isso

o mundo, me arrastei para fora da cama e segui às escuras até ao banheiro. Na medid

ais que me doa tudo que eu passei ao lado de Ian, espero que ele esteja feliz agora. Por seis longos anos, seu maior desejo era o rompimento para cair di

anto, minha mente e coração me condenavam por is

so sanitário. Por um tempo, eu fiquei ali, expelindo tudo o que havia comido dur

na imensa barriga, mas tudo o que tive como resposta foi outra ânsi

*

inal já estava acordada. O esgotamento consumia cada célula do meu corpo. No fundo da

mbrei da conversa que tive com Emma no

u deva fic

sgotada. O pesadelo com Ian me garantiu mais uma noite em

endo a minha amiga, independentemente da resposta, ela me arrastaria para lá. Ou se

significativos com as pessoas que unicamente import

nha no festival, mas antes eu

sso descansar um pouco não faria mal a ninguém. Quando me prepa

PAC

ro, bicando as vidraças, mas devido

as minhas suspeitas. Não havia nenhum pássaro, mas, contraposto a isso,

i da cama e abri mais escancarad

va todo contente para a minha fi

cultural que as pessoas da cidade levavam a séri

limite de amizade, pelo menos por parte da minha amiga, estava sendo extrapolado. Para a completa desgraça de

elha, com a empolgação explodindo em cada um de seu

outra, um ser humano normal apertaria a campainha da porta. Minha vontade agora era ignorar Ryan, voltar para a cama e ligar o foda-se para aquele festival. Mesmo agora,

e minutos par

bater naquela hora da manhã. Simplesmente, o

por que Emma tem uma quedinha por ele. - Eu vou dar um pulinho na casa da senhora Silvera e depois vol

idade ativa e brincalhona de Tommy. Não nego que sinto falta dele algumas vezes, das nossas conversas sem sentido e até mesmo de suas palhaçadas. É claro que havia momentos e

certeza! Mas, como meu pai havia dito, o festival da uva só ocorre uma vez no ano. Nessa minha

r e perguntar coisas do tipo "Mãe, o que é o festival da uva?", eu vou ter o prazer de dizer,

Ver meu bebezinho já crescido, perguntando sobre coisas b

beça, suspirei toda sonhadora

entia de bom humor. O suficiente para ficar ansiosa

demorado banho. Revigorada e com o bom humor explodindo e

nhas curvas. Ele era azul pastel e rodado, o que me garantia muita liberdade de movimento para o dia de hoje, e só para garantir, resolvi usar as minhas rasteirinhas, prendi

viravolta! Gost

portunidade para usar vestidos longos e bonitos. Desde que minha barriga começou a crescer, eu não ligava muito para

ta? - A voz de Ryan me

uma última olhada na minha bela f

o. A sua empolgação acabou me contaminando, pois, por um mo

guntei analisando as minhas

se saísse de um transe. - Não!

i, dando uma pequena vol

Está pe

tímida e tomei sua mão, arr

ma está nos

dade tinha costumes bem intimistas. Andar de mãos dadas pela cidade não era sinônimo de namoro, muito menos

ele é assim com todos. Como o faz tudo da cidade, Ryan era a pessoa mais popular de Ar

nto padrão. Ele tinha uma forte necessidade de ajudar o próximo, seja idosos ou

ada. - Ele disse com entusias

o festival? - Propus com bom humor. - A senhora S

o festival começar, algumas coisas ainda precisam de uns retoques. Mas dep

ubar uma de suas tortas. Todo mundo sabia do caso Morris. Quando uma de suas tortas sumiu do stand e reconheceu o pequeno ladrãozinho, ela o caçou até debaixo das pedras. No fim, ele foi encontrado atrás de um poste, nu

ar para o festival? - Sugeri com uma sobrancelha erguid

guelha. - Pediu? Isso está mais para uma ameaça! Ela me disse que se

e levamos conosco todo aquele ca

jogo antigo de futebol na televisão do alto da parede. -

ar? - Ryan perguntou sério, mas

pelas

mesmo tempo. Ambos nossos sentimentos eram recíprocos, afinal os

a voltar mais ced

toda a amabilidade do mundo. Depois disso, ele fungou e

ar, você pode avisar que est

á, tá,

saíssemos, afinal nós estávamos

à minha frente. - A senhora Silveira mandou avisar que vai guardar um pe

até o jogo parecia insignificante depois daquela minha pequena informação valiosa. Ele

bom dia, se

pelos braços e o arra

undo evaporou ao notar que Emma não estava por pe

po, mas um gesto não intencio

n me tomou pela mão e encarou os céus com um

uendo a mão livre para o a

ria que

lembrei pela milésima vez

orriso amarelo e coçou a nuca.- Não me julgue, ma

rma como ele levava tão a sério aquele festival. Acho que ago

ui plantados, Emma nos mataria por não aproveitar meu primeiro festival da uva em Arestis. Com cert

concordei pens

muito bom humor, arrastando

já estava recheada de bandeiras. Num piscar de olhos, tu

n cobriu a boca com ambas as mãos

l e uma utilidades que a uva possuía. Desde esculturas estranhas até produtos de belez

nariz. Antes que pudesse explodir na gargalhada, eu tapei a boca para me

não ter ficado na cama. Participei de muitos jogos com Ryan. Não ganhamos mu

e parecia não ter fim além dos horizontes. Como era dia de festival, a circulação por ali estava livre para todos. Nã

o shoyu, já que eu ainda tinha alguns sachês da última barraca de lanches. Nada mais justo que usá-los a

para outro ponto interessante do fe

as se divertiam pisando seja lá o que for. Quando chegamos perto, uma surpresa. Eu

recheada de uvas. Tomada pela curiosidade,

Ryan arqueou u

a! - Concor

i é a atração turística

s, e ele, como bom amigo, soube tra

u pela mão, e eu concordei se

nas. Me juntei a elas e logo já me dirigia para as bacias. Com a ajuda do meu amigo, eu

scina de uvas. Outro grupinho se juntou a nós e tudo ficou mais divertido, nada podia abalar o meu bom humo

mas deveria ser só impressão minha. No momento em qu

los ombros de repente, dando-me um

quem sabe, estivesse ficando paranoica. Nada d

dia em especial, prometi a mim mesmo que desfrutaremos de cada momento.

nas a uma conclusão por baix

ra assim? - Sorri, enxergando suas

, seguida daquele riso nervoso, eu não conseg

ta. Emma ainda não sabia, mas parece que

ra Silveira como prometido. Todo fim de festival, ela dava uma última comemoração para devorar as tortas que não foram ven

ndo-me um copo de suco de uva, claro. - Sempre que ela s

ente no dia do festival. Ainda mais quando eu queri

o. As coisas por aqui estavam movimentadas, pessoas

criança birrenta e substitui por um suspiro baixo.

ssar as fotos do festival. Em boa

ular das minhas mãos antes que eu me des

os. Minha galeria encheu em questão de segundos. O meu aparelho nã

do de alerta. Arranquei meu celular de suas mãos como se fo

Não usar redes sociais e nem fazer qualquer postagem, sua única função era apenas para emergências. Por Deus, e

divórcio entre duas famílias poderosas era demorado e difícil. Minha família estava se reerguendo da falência aos poucos, co

ie. Conhecendo o papai, sei que ele não quer que veja ou presenci

icar alguma foto ou pista que dedure a minha localização, pouco menos o meu barrigão. A mídia, que já gosta de inventar coisas, criará uma g

toda essa extravagância para esfregar na minha cara que era a melhor. Conhecendo sua mente maquiavélica, sei que era bem capa

ado da família que sempre desejou. Sendo assim, minha promessa com o senhor Castilho não foi totalmente quebra

ou. - Meu Deus! Você me

sada, passei as mãos sobre o cabelo e respirei o ar com força. - Si

le, que se juntou a mi

mão carinhosamente. - Não precisa ter pressa par

lquer preocupação que tinha. Meu corpo, involuntar

- Sussurrei em sua

ante depois, eu senti uma pontada na barriga. Imedia

se num sussurro. -

bê chutar. Eu já estava com sete meses de gestação, mas ele nunca tinha dado qualquer sinal. Nas primeiras vezes,

de orelha a orelha

deixou reclusa. As intenções duvidáveis de Ian em tocar minha barriga me fizeram ficar com um pé atrás

quanto mental. Se tem uma coisa que eu estou fazendo naquela cidade é superar e esquec

i me concentrar onde viria o próximo e, como foi dit

o se iluminou e buscou meus olhos surp

ncara a mão desacreditado.

sso redor. Eu até entendia a empolgação de todos, mas não

Silveira se aproximou. -

de que eu estava onde deveria estar. Em Arest

nto que você não vai

humor se prolongou pelo restante da noite. Quando retornei para casa,

amigo assim que cheguei ao pé da porta. -

cumprida? - Ele me olhou

mprida, i

a minha barriga pela últim

r estava cheio de carinho e amabilidade.

cejei, sentindo os efeitos te

. - Dei leves tapinhas em se

do meu amigo, que já d

ancolia por um dia tão bom ter chegado ao fim. Pelo menos, eu fiz muitas f

ndo como se eu fosse um chumbo. Com dois chutes para o ar, joguei as m

incomodava. Alisei a barriga na tentativa de acal

Minha cabeça, que descontraidamente repousava no alto do encost

se, mais cansad

mais insistente. Para piorar a minha situ

já vai

a som do ding dong me apressar e

erá que d

smo tempo, uma escuridão nebulosa se formou naquelas íris cinzentas quando me viu. Havia muitas coisas que transpareciam ali, e

sorriu torto enquanto olhava para mim.

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