icon 0
icon Loja
rightIcon
icon Histórico
rightIcon
icon Sair
rightIcon
icon Baixar App
rightIcon
Isso não é um conto de fadas

Isso não é um conto de fadas

Autor: Wilg
icon

Capítulo 1 Vínculos Inesperados

Palavras: 2001    |    Lançado em: 26/08/2023

ão

te do dia em que caí n

levarem para um lar desconhecido cheio de outras crianças. Eu tinha

arte da minha infância preocupada com o que seria o meu futuro. A inocência e o privilégio da

o no fato de um ser humano ser incapaz de amar e cuidar, quando tudo que conhecemos e sentimos, é amor. Até isso nos ser arrancado de forma violenta. Não lembro exat

mente a impressão de que ela fosse, nunca houve uma troca de afeto - não que eu me lembre pelo menos -

ter o que comer durante o dia. Eu não ia à escola como as outras crianças do

não sei se teria feito muita diferença ou acrescentado muito à minha vida cheia de dramas, era capaz de ter se tornado apenas ma

rigo temporário seria na verdade minha nova casa permanente. A casa é maior que aquela que eu morava com Margaret, as meninas dormem em quartos separados dos meninos

maior parte do tempo e a outra é apenas uma auxiliar. São simpáticas até, mas todas as demonstrações de

strar muitos sentimentos, ela pelo menos se preocupa se eu estou limpa e bem alimentada, o que já é muito mais do que alguma pessoa me ofereceu. A cada quinze dias

*

de acolhimento recebi a notícia de que minha mãe havia falecido, lembro-me de nesse dia ter realmente me sentido

ão azul quanto poderia estar e o vento batia no meu rosto, me sentia feliz nesses dias, eu vestia um vestido florido de alças que Ava dizia combina

zando o almoço quando veio a

nho e se arrumar, hoje teremo

obediente ao que me pediam, de certa forma eu já tinha me habituad

u menos a minha idade. Não costumava me apegar muito aos mais pequenos porque não tínhamos muit

mos com facilidade e viramos amigas. Eu tinha completado 8 anos na semana anterior e ela havia me dado uma fita para o pulso que

ia porque, e também não tinha muita curiosidade em saber. Não fazia muitas perguntas, lembro-me

tava sentada ao meu lado e Ava tinha passado a maior parte do tem

gros. O homem era grisalho, mas ainda assim os cabelos não faziam jus à imagem que aparentava ter, parecia jovem demais para tantos cabelos brancos. Os

a percorrer a mes

mélia? - terminou de falar, en

inveja por ver que alguém tinha vindo visitá-la. Quando a mulher terminou as palavras a Amélia já

ções de afeto, sentaram-se

o explicou que aquele era o último dia de Amélia naquela casa, que aquele casal na verdade

me dou conta de que foi isso que ocupou o tempo dela quase toda a manhã, estava colocando as coisas de Amélia em malas. Por Deus, naquele momento só sentia vontade

r vezes parecia que éramos só nós duas contra um mundo inteiro. Conhecíamos bem a dor uma da outra. Seguramos

e, parece que as rachaduras são mais duradouras e demoram mais tempo para sarar. Carregamos o fardo da rejeição, comparação e medo, sem sabe

estadia ali era temporária, e que eu teria que esperar pacientemente até que alguma família com o cora

amizade eterna até que ela partiu naquele carro com a sua nova família. Agora o que me r

*

um lar temporário anos a fio. Depois aprendi a agradecer por ela não ter voltado, isso significava que tinha dado tudo certo e que de algu

guma família de "super heróis" passariam por aquela porta para me buscar e

que já não é mais tão temporário assim e só me restam mais dois anos aqui a

r a pouco tempo, elas são mais novas que eu, e com o tempo aprendi a não me a

o que quando cheguei, seu rosto já tem linhas de expressão e apesar de

bora saiba que não tenho - estava pensando em fazer

ervada, acho que é o medo de me apegar às pessoas e depois ser abandonada. Com o passar dos anos aqui, é impossível não me aproximar de outras crianç

do dia que estava assim com a primeira família que veio me 'resgatar'. Pena que depois de um tempo eu desco

Reclame seu bônus no App

Abrir