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Isso não é um conto de fadas

Capítulo 2 Caminhos Interrompidos

Palavras: 2969    |    Lançado em: 26/08/2023

o/infe

nada era suficiente. Já estava no lar de acolhimento há quase dois anos. Tempo suficiente pra entender mais ou menos como o sistema funcionava, ida

ntei não criar muita expectativa mas foi impossível, ver crianças saindo do Lar e nã

dei bem no começo. Levavam-me algumas vezes para tomar sorvete, perguntavam-me sempre do que eu gostava de fazer e me pergunt

ainda naquela semana, e quando finalmente chegou o dia, eu nem sabia colocar em palavras o que eu estava sentindo. Fi

o empolgada. Já havia arrumado todas as minhas coisas - que eram poucas - dentro de uma mala e estava

egaram, pode tra

avam à minha espera na sala. Marco era um homem alto, de cabelo castanho e olhos profundos, tin

s, assim como fez com Amélia alguns anos atrás. Então eu apenas me despedi de Ava

que duraria tã

nova casa, já tinham um q

ta do quarto e apo

não era muito carinhosa, mas demonstrava mais afeto do que o Marco. Pra mim

bem! Eu

de John. O quarto dele era azul e e

uma cama e uma cômoda. A janela

e descido as escadas correndo. Marcos estava

do, temos regras nessa casa

te eles já tinham uma rotina e regras na casa, e eu levaria um tempo até me acostumar com tudo

efas. A partir das 21h os dois têm de estar na cama. É proibido assistir TV antes de fazer as tarefas da escola e só pode assisti

o. - mu

pronto, vamos sen

e seria possível ter essa oportunidade novamente. Depois de tudo que ouvi no lar de acolhimento, de que as pessoas prefe

guntando se era sempre assim, ou se era pelo fato de ser o primeiro dia com a minha presença na mesa. Levantei e fui

scola de manhã, quando voltava almoçava e fazia as tarefas da casa e da escola. Ajudava o John com as tarefas dele, ele era três anos mais novo. Depois brin

uase pronto, e eu adiantava alguma cois

banho antes deles chegarem. Ele ainda estava com uniforme da escola. Q

o tomar um banho? - esbravejou ele com raiva pra mim. Fiquei tão assustada que a

se dia e esquentou o jantar para jantarmos. Jantamos em silêncio. A maior parte dos dia

um estrondo e todo mundo se assustou, na mesma hora John tinha levantado da cadeira pra me acompanhar e ac

mpurrou a cadeira para trá

o lado a fim de chegar ao John. Minha perna vacilou e tombei para o lado, ba

lguma coisa para Marco, mas eu não prestei muita atenção porque tava meio tonta. Pegou no ki

enti com a cabeça e segui ela de volta para a cozinha. Na maioria das vezes, Angel era simpática. Já tinha ouvido algumas

ormir sem falar mais nada. Lembro de ter me sentido mal, não tive tempo para processar o que eu estava sentindo. Me sentia uma péssima pessoa por não ter conse

a. Na verdade eu imaginava que quando uma família me resgatasse seria tudo muito diferente do que eu estava vivendo naquelas semanas

Aquela semana tinha sido mais difícil. Marco parecia chegar sempre mal humorado em casa. Eu tentava sempre manter

testa? - perguntou com um ar de preocupada. Deve ter percebido em meu rosto também que não

o ouviu a pergunta dela, e respondeu a

com o John, são

ínhamos tido alguma dificuldade, como estava indo na escola. Acredito que eram perguntas padrões. Naquele dia Marco

psicólogo e fazer uma visita ao antigo lar de acolhimento. Achei um pouco estranho. Nenhuma das outras cri

ha porta, Angel arrumou meu cabelo e me d

desconfortável, mas hoje eu vejo como foram essenciais com o passar do tempo. Quando cheguei no consultório tive que esperar

onfesso que me senti um pouco feliz com o comentário, não costuma

s meus pés. A única coisa que eu conseguia perguntar era "porque?". Nenhuma das respostas que elas formularam pra me consolar me convenciam. Lembro de ter começado a me culpar compulsivamente, vasculhando ca

er o que era certo. Tentei ser parte da rotina e não ser um incômodo. Não faz sentido. - tentei justificar e

m o ar triste e passando as mãos pelas minhas costas. Deixaram-me ficar naquela po

. Como se tivesse sendo engolida por um buraco negro. Jurei na frente delas que nunca mais i

orta, já fazia um tempo que não via ela, lemb

mo, bem vinda de volta Sara.

ando se enquanto eu estava no psicólogo eles estavam aqui arrumando minhas coisas. Realmente não tinha hipótese alguma de eu os ter convencido a

va desse sistema e daque

pra fora pelos olhos. Lembro de me sentir nauseada e com o estômago girando. Corri para o banheiro e coloq

curo. Meu rosto e meus olhos estavam completamente inchados. Os olhos vermelhos e marejados quase faziam parecer que meus olhos er

ira, e sentava-me nela nos dias que estava mais reflexiva. Fui a pr

o viu quando eu cheguei. Dava pra ver que tinha os cabelos pretos, e estava contemplando

por aqui não é? - falou num tom

ê. Essa cadeira é minha inclusive - respondi, dava pra sent

. Até fez eu me arrepender de ter subido no telhado com aquela cara. Eu nunca tinha me preocupado em como os meninos me

a visto ninguém aqui, então tenho vindo aqui regularmente ver o pôr

sse sentando-me na cadeira. Ele se apoiou com as mãos no muro e sentou d

desviei o olhar e foquei-o no pôr do sol, não estava afim de responder naquele mome

eio parar aqui. Se ele não tinha família também. Fui listando

le dia. Ele se virou um pouco de lado e voltou a contemplar o pôr do sol. Comi a minha maçã e fiqu

isa. Acho que por isso deu um salto de cima do muro

ar. A propósito, você gosta de pôr do sol? - ele disse

a melhor sopa que eu já comi em todos os tempos. Ela coloca até carne. - disse

impressionado por ela colocar carne na sopa?

e e que eu esquecesse que os últimos meses aconteceram. Quem dera eu pudesse apagar algumas coi

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