Login to Lera
icon 0
icon Loja
rightIcon
icon Histórico
rightIcon
icon Sair
rightIcon
icon Baixar App
rightIcon
5.0
Comentário(s)
2
Leituras
1
Capítulo

Existe uma boato na cidade de Blerveck, onde atrás dos muros da mansão black, nasceu uma criança, cujo os pais faleceram e assim veio a ficar em plena solidão. Histórias foram contadas por toda a cidade sobre a mansão, e a cada frase que era dita, as pessoas sentiam medo e ninguem ousava passar pelos portões da mansão, a não ser Mia Madson.

Capítulo 1 Cap

O sinal tocou, Mia não estava animada para o primeiro dia, embora quisesse ver seu melhor amigo, as outras pessoas eram um pouco insignificantes para ela. Na sua cabeça ela não fazia parte de grupo nenhum, ela não era tão bonita para fazer parte das líderes de torcida e odiava dançar, e principalmente, ela estava longe de ser popular.

Não fazia parte dos nerds porque até eles tinham um grupo, e talvez ela não fosse tão inteligente pra eles, também não fazia teatro, obviamente não andava com o pessoal do futebol, não andava com as patricinhas, nem com o pessoal do xadrez, nem do debate, não tinha uma banda, mas ainda sim, ela achava que tinha as melhores coisas do mundo, sempre um livro em baixo do braço e seu melhor amigo Joshe.

Enquanto ela caminhava pelos corredores a procura da sua nova sala, os alunos a olhavam e alguns pareciam até sussurrar um no ouvido do outro, Mia pensou por alguns segundos se talvez fosse sobre o que aconteceu no verão, e sem que ela quisesse, lembranças vieram e seu coração começou acelerar, ela correu até o banheiro, entrou em uma cabine e fechou a porta. Respirou profundamente, como se a ansiedade quisesse tomar conta do seu corpo, ela abriu a mão esquerda, e com o polegar da direita escorregou ele da ponta do pulso da mãe esquerda até o sempre, como a doutora havia a ensinado, e logo foi se acalmando, quando finalmente do lado de fora do banheiro ouviu a voz de Joshe.

—Mia? Está tudo bem?

Ela suspirou, abriu a porta, e saiu para fora do banheiro.

—Está sim.

Ele olhou para ela e percebeu que seus olhos estavam vermelhos e suas bochechas estavam rosadas e tentou distrair Mia com o que estava em sua mão.

—Eu te trouxe um presente para seu primeiro dia.— ele estendeu sua mão e entregou para Mia um livro.

—Não é meu primeiro dia. Você sabe.— Ela disse pegando o livro— E Joshe, esse livro já era meu.

—Eu sei, de nada.—Ele sorriu.—Estava com saudade da ruiva com sardas mais fria que eu conheço—Ele falava do coração dela.

Joshe sabia do que tinha acontecido no verão, e isso fazia ele entender ainda mais ela. Ele era carinhoso embora as vezes não parecesse, era atencioso e engraçado, fazia na maior parte do tempo com que ela esquecesse do julgamento das outras pessoas.

Mia odiava os olhares das pessoa sobre ela, mas no fundo fingia não ver e não se importa, embora as vezes atacasse sua ansiedade. Joshe e Mia seguiram para salas diferentes, Mia encarava a porta, sabia que estava atrasada e isso era tudo o que ela não queria naquele momento, mas ela respirou fundo pegou na maçaneta empurrou a porta e em segundos estavam todos os alunos olhando para ela. O professor que estava na sua frente a convidou para sentar, havia uma mesa vazia bem na primeira fileira, ela andou rapidamente até ela e se sentou. Mia não precisava se apresentar, todos já a conheciam desde o ensino fundamental, e então era óbvio que todos sabiam o que havia acontecido com ela, e porque ficou dois meses fora da sala de aula. A hora parecia não passar, e aquela sala parecia pequena a cada minuto que se passava.

No intervalo Joshe e Mia colocaram o papo em dia, ele lhe contou as fofocas mais quentes que rolavam pelos corredores da escola e Mia contou a ele como passará todo o seu verão. Por alguns minutos Joshe parecia não escutar o que Mia falava, até porquê, quando Sara, a líder de torcida passava era como se o mundo inteiro por míseros segundos estivesse em câmera lenta para ela, os pássaros pareciam a seguir e a luz do sol era como holofotes sobre ela. Sim, com certeza Joshe estava apaixonado, isso desde o ensino fundamental, mas negava a quem quer que fosse, até mesmo para Mia.

No caminho para casa, Mia andava lentamente, enquanto lia algumas partes do seu livro, e quando se deu conta já estava andando ao lado dos muros da família Blak, ela por um instante começou a admirar e pensar, o que será que esses muros realmente escondiam, qual seria a verdadeira história sobre aquele lugar.

Após dias e semanas fazendo o mesmo caminho, lhe surgiu a grande ideia para poder passar por aqueles muros, e resolveu contar a Joshe, que quando ouviu ficou boquiaberto, mas não de fato com o plano e sim pela audácia e coragem que ela tinha para fazer aquilo, tudo o que saiu de sua boca como resposta a ela, foi que ela estava com parafusos soltos na cabeça, porque ele não via outro motivo. Mia não se deu por vencida, mesmo Joshe lhe dando vários exemplos de como tudo aquilo poderia dar errado. Afinal, ela fingir que estava pedindo doações de livros para um projeto da escola não parecia um plano muito sustentável. Mas foi isso o que ela fez.

Depois que disse a Joshe que não executaria o plano que tinha dito, Mia esperou alguns dias para que parecesse que ela realmente desistiu, e então, em uma sexta feira, um dia de muita garoa e frio, Mia estava determinada a saber a real história da mansão Blak, ela saiu da aula, caminhou até os grandes portões da mansão, respirou fundo e olhou para dentro dos portões, a são estava ao final de uma trilha de terra rodeada de árvores enormes. Ela empurrou o portão com as duas mãos e então com um frio na barriga passou para dentro. Por alguns segundos ela paralisou e pensou em recuar, quando de repente começou a ouvir latidos incessantes, eram baixos mas à medida que caminhava o som ia aumentando. Mia estava com uma mistura de medo e curiosidade mas mesmo assim, não recuou.

De longe, Mia viu um dogue alemão em frente a um lago, ele estava amarrado a uma árvore, e mesmo com sua presença ali ele não parava de latir, Mia sentiu que algo estava errado e se aproximou até a borda do lago, quando viu uma mão na água e então não pensou duas vezes, ela entrou no lago, e mergulhou, a água estava um gelo, mas por alguns segundos ela esqueceu esse detalhe quando sentiu um braço e o puxou para cima. O peso era maior do que ela podia aguentar, e com muita força colocou o corpo sobre suas costas, segurou um dos braços por cima do seu ombro e pressionou contra seu peito, e com a outra mão tentou ir para fora das águas. Ela colocou o corpo no chão e então olhou para quem havia acabado de salvar, ela tinha a sensação de que o conhecia, mas ela sabia que isso não era possível, a pele dele estava pálida e gelada, Mia fez uma massagem cardíaca em seu peito enquanto gritava por socorro, ela gritou uma, duas, três, e lá se ia mais uma massagem cardíaca, e mais uma tentativa de tirar a água de seus pulmões. Mia gritou mais uma vez, e nessa tentativa uma mulher surgiu com dois homens, desesperada a mulher gritou:

—Kaion ?

Continuar lendo

Você deve gostar

Outros livros de Emma Lutter James

Ver Mais
Capítulo
Ler agora
Baixar livro