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O destino bate à porta

O destino bate à porta

Anna Mariano

5.0
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Capítulo

Anna estava feliz, depois de tantos contratempos, sua vida estava entrando nos eixos. Poderia até concluir seu curso de marketing, que por motivos financeiros, teve que trancar, faltando apenas um semestre para concluir. Agora, passados dois anos de tanta turbulência, enfim podia respirar tranquilamente. Seu pai estava bem, a pequena Luiza crescia saudável e logo teriam um novo CEO na empresa. Ela só não sabia que o novo chefe, era alguém que povoada seus sonhos mais ousados e também seus piores pesadelos...

Capítulo 1 Deslumbrada!

Capítulo 1:

-- Anna, Anna banana, acorda.- Liz gritou, puxando o edredon da irmã.

-- Me deixa dormir. - resmungou Anna, puxando a coberta de volta. - é sábado, não tenho aula.

-- Sua dorminhoca, acorda, tenho novidades pra você.

-- Liz, por favor, fiz um extra ontem no café do campus, cheguei super tarde, tive que terminar o trabalho de computação gráfica, que é para segunda, e daqui a pouco pego turno dobrado na lanchonete da Martha. - desabafou ela sentando-se na cama e encarando a irmã com olhos vermelhos.

-- Você vai é morrer de tanto esforço pra ganhar uns trocados, você é igualzinha ao velho rabugento.

-- É. Mas são esses trocados que o papai e eu ganhamos, que botam comida na mesa e pagam as contas. - nem se deu o trabalho de se magoar pelas palavras de Liz. Ela sempre deixou claro que não pretendia se matar de trabalhar, e que o segredo do sucesso era se casar com um cara muito rico.

-- Detalhes. - desdenhou Liz, abanando a mão, como se tivesse espantando um inseto. - Adivinha com quem passei uma noite maravilhosa.

-- Com o gênio da lâmpada? - perguntou ela - Está toda amarrotada, como se tivesse saído de uma garrafa. E que roupa é essa? Você parece uma prostituta, no final de uma longa noite. Se papai te ver assim, vai ter um infarto.

-- o velho já saiu. É lindo né? Disse Liz, passando as mãos pelo vestido curto e justo. - peguei emprestado com a Mayra.

-- É vulgar e uns dois números menor que o seu.

-- É sexi, não vulgar! Você tá é com inveja, porque um homem como Sam, nem olharia para você.

-- E quem é Sam?

-- Aquele cara riquíssimo, lindo e maravilhoso que te falei semana passada. O da loira magrela, aquela modelo famosa. Lembra?

-- Vagamente. - asentiu Anna.

-- Então, desde que eu o conheci, em todos os lugares que ele ia, eu dava um jeito de estar também e ontem ele estava sozinho. Aparentemente deu um pé na magrela. Eu aproveitei pra me aproximar e...

-- Como você conseguiu ir aos lugares que ele frequenta? Se ele é da alta sociedade? - cortou ela.

-- Como você é ingênua, maninha. Sempre tem um babaca com dinheiro pra me bancar. É só fazer uns agradinhos nele.

-- Porque não se casa com um desses babacas então? Aí não precisa correr atrás do tal do Sam.

-- Eca!! - fez Liz - Jamais me casaria com um desses caras babões, e além disso nem todos são solteiros. - continuou falando sem perceber a expressão enojada da irmã. - Sam é diferente, além de mega rico, é lindo, gostoso, educado...

-- Mas ele nem mora aqui. Você não disse que ele mora em Londres? Como vai ser?

-- Aí é que está! Ontem fizemos amor a noite inteira e dei a entender que iria com ele, pra onde ele quiser.

-- Você quer dizer que fizeram sexo a noite inteira, não é? - Disse Anna, levantando-se. Aquela conversa já a estava cansando.

Liz era deslumbrada, achava que todos os homens caiam aos seus pés e se apaixonariam perdidamente por ela. Ia quebrar a cara! Não que desejasse o mal da irmã, mas, era realista demais para achar que um milionário casaria com a filha um mero professor de ensino médio.

-- Não foi só sexo, tivemos uma conexão, eu senti e tenho certeza que ele sentiu também! - gritou Liz, para que a irmã a ouvisse, já que esta saiu do quarto e fechou a porta.

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