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Comprada Pelo CEO

Comprada Pelo CEO

Anne S.A

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Capítulo

Ben Sollares têm mais do que precisa é menos do que deseja. Nascido no abandono, o brilhante CEO Da Holding Sollares Empreendimentos, só deseja o sucesso e nada além disso. Mas ele sabe que no mundo dos negócios o dinheiro não é capaz de abrir todas a portas que um bom sobrenome é.  Então ele decide buscar no casamento aquilo que todo homem de sucesso precisa: conexões.  O problema é que a noiva escolhida, Serafina Rockefeller McAdam, foge nas vesperas do casamento deixando a família da jovem em apuros financeiros e judiciais, o que seria um problema para qualquer homem que não fosse um exímio negociador como Ben, afinal, ele só queria uma Rockefeller McAdam. Então ele decide que a irmã mais nova de sua ex noiva, Evangeline Rockefeller McAdam,  serviria perfeitamente aos seus propósitos. O problema  é  que a jovem está mais interessada em viver uma vida de reclusão e abnegação do que casar-se com um bilionário.

Capítulo 1 Bem-vinda Ao Jogo!

Ben

Alguns homens sonham com trivialidades como: família, filhos e amantes. Eu sempre tive alergia as duas primeiras e a última costumava usar com o equilíbrio e a sobriedade que o meu bolso permitia. Afinal de contas, eu não havia passado os últimos trinta e seis anos lutando para sair da miséria em que a vida me jogou desde o nascimento, para terminar sendo alvo de alguma interesseira.

- Estou livre amanhã. - a Número Quatro fala ainda enrolada no roupão do hotel The Lux, um dos mais novos empreendimentos da Sollares em Nova York.

- Não. - termino de me vestir.

- Como as coisas vão ser quando se casar?

Deixo o nó da gravata sem terminar e viro-me para fitar a bela morena atrás de mim. A Número Quatro era uma mulher em seus vinte seis anos, um e setenta de altura e o corpo que toda mulher inveja e todo homem deseja ter em sua cama. Nos conhecemos há seis meses, quando a Número Três decidiu deixar suas funções para se casar com um antigo cliente.

- Temos um contrato bem simples..- me aproximo fitando seus olhos escuros. - Não se apaixone e não ouse fingir que se apaixonou. - falo entre dentes.

- Só queria mais um tempo..- ela sorri de um jeito sacana.

- Arrume algo de útil para fazer.

Eu quase podia me arrepender de dizer isso, afinal de contas, a Número Dois decidiu cursar Direito durante seu tempo livre e deixou suas funções quando passou no exame da Ordem.

- Porquê não me diz o que vai fazer comigo quando casar com a Serafina?

A insistência dela me irrita, porque ela não podia ser como as outras que faziam o que eu queria e depois seguiam seus caminhos.

- Não é da sua conta, Número Quatro. - fecho minhas mãos em punho.

- Acho que vai acabar me deixando. - ela faz um biquinho birrento.

- Certamente não vou esperar o casamento para deixar alguém tão inconveniente quanto você. - volto a atenção a minha gravata e finalizo o laço. - Não se finja de sedenta por mais de mim, sei bem que têm andado com Flinte, o porteiro..- seu olhar cruza com o meu no espelho.

- Não! - ela fica estática.

- Acha que me importa com quem você fica durante seu tempo livre? - pego meu blazer e jogo sobre os ombros sem desviar o olhar de seu reflexo assustado. - Quase me da pena. ..- rio com sua expressão de desolação. - E já que perguntou tanto. - viro-me para ela. - Seus serviços já não são necessários. - seguro seu rosto. - Não seja idiota de tentar empurrar o que tem na barriga em mim.

- Eu..- ela cai sentada aos meus pés.

- Nunca estive com nenhuma das minhas contratações sem estar protegido. - agacho-me ao lado dela e seguro seu queixo para ter seu olhar em meu rosto. - Achou que tiraria dinheiro de mim. - faço um beicinho.

- Desgraçado! - sua mão acerta um tapa forte em meu rosto.

- Sim. - sorrio. - Mas não sou o trouxa que engrevidou do porteiro. - ergo-me aplumando minha postura. - O acerto do contrato será depositado hoje à noite.

Sigo em direção a porta da suíte.

- O que eu vou fazer com o seu filho? - seu grito de agonia alfineta os meus ouvidos.

- Vai insistir? - falo sem olhar para trás.

- É seu.

- Ótimo. - digito a senha da porta. - Quero o DNA. Se for meu, tenho certeza que minha doce futura esposa não vai se opor em criar. Se não for, eu vou tirar até o que você não têm.

- Eu não vou fazer teste nenhum. - ela chora copiosamente.

- Então é bom que a esposa do Flinte não se importe com filho bastardo que você dará a ele. Tenha uma boa noite.

Saio do hotel e sigo para o Hipódromo de Nova York, onde a família de Serafina Rockefeller McAdam, minha futura esposa, oferecia um jantar de caridade.

Era no mínimo poético que pessoas financeiramente quebradas estivessem errecadando fundos para financiar a construção de abrigos para crianças carentes. Se minha equipe não estivesse a frente do projeto, eu arriscaria dizer que o Rockefeller estavam desviando o dinheiro da fundação, mas não era o caso. Suas dívidas viam da má gestão de Felipe Rockefeller McAdam, o irmão mais velho e CEO das empresas de importação Rockefeller & McAdam. O homem foi um prodígio dos negócios até sua esposa falecer e ele se afundar no vício de jogos de azar, sua dívida já tinha ultrapassado o patrimônio da família quando nos conhecemos em um evento no ano passado.

Com a queda das ações por sua má gestão, eu vi em sua falha a oportunidade de comprar oitenta porcento da empresa como pessoa física e quinze porcento através da Holding Sollares. Uma jogada tão eficaz que me rendeu uma noiva de pedigree em troca da minha palavra de que não deixaria a família na miséria.

- Senhor Sollares. - Serafina Rockefeller McAdam se aproxima com sua feição refinada e aborrecida demais para quem vai casar com um bilionário bem apessoado demais para ter que comprar uma esposa.

Era uma bela mulher com cabelos loiros e olhos azuis; seus traços delicados e bonitos lembravam aquelas atrizes dos anos de ouro do cinema americano. Ela conserva uma beleza clássica e refinada. Pra mim, foi um verdadeiro mistério descobrir os motivos que levaram uma beldade como ela ainda não ter se casado aos trinte e oito anos. Claro, o mistério acabou quando passamos mais tempo no mesmo ambiente: Serafina é tão azeda quanto um limão adoçado com fel.

- Poderia ser gentil e me chamar de "Amor", como já pedi. - falo entre dentes.

- Ainda não somos casados, senhor Sollares. - ela faz uma pequena e antiquada reverência segurando o vestido azul de baile que vestia.

- Sera..- a voz doce de minha cunhada, Evangeline, a irmã caçula dos Rockefeller McAdam, soa atrás de mim.

- Boa noite, Evangeline. - sorrio mais do que deveria ao me virar e contempla sua beleza tão modesta em seu hábito de professora do Abrigo Infantil St Lucas, onde trabalhava e vivia.

Evangeline, aos vinte três anos, era ainda mais bela que sua irmã mais velha, com seus cabelos cor de cobre e olhos azuis tão claros que lembravam gemas de diamantes. Sua pele era clara e salpicada com sardas que me faziam pensar confeitos de açúcar . Eu a teria escolhido, se não fosse sua insistência em seguir caminhos religiosos. No final, eu agradeci por Felipe insistir que ela não seria negociada, pois seria difícil me envolver menos do que deveria com uma mulher que me fazia esquecer de coisas básicas.

- Boa noite, senhor Sollares. - seu pequeno rosto mal se ergue para me encarar nos olhos.

- Diga, querida. - Serafina segura a mão de sua irmã e sai sem me dar qualquer satisfação.

- Estou contando os minutos para casar com você também, Sera! - dou uma gargalhada.

- Senhor Sollares. - Igor, meu assistente pessoal aprece como o fantasma que eu o pagava para ser.

- Se for alguma desgraça, espere eu beber meu drink.

Estalo os dedos para que um dos garçons do evento venha até mim com uma bandeja.

- Champanhe? - reviro os olhos. - Como assume que vou tolerar uma noite inteira com essa gente repugnante bebendo isso? - encaro meu secretário.

- Sua noiva insistiu que não servissem destilados e o senhor disse que ela estava no comando.

- No comando de vocês, não de mim. - aperto a ponte entre meus olhos.

- Senhor Sollares, seu cunhado foi pego em outra casa de jogos clandestinos. - Igor fala sem rodeios.

- Aquele idiota. - viro o conteúdo da taça como se fosse a última gota de água do deserto. - Ele foi preso?

- Não, senhor. O levaram até o Abrigo Infantil e ameaçaram a senhorita Evangeline caso ela não pague vinte e cinco mil dólares.

- Por isso ela está aqui. - a taça se parte em minha mão esquerda.

Sem que eu fale mais alguma coisa, Igor envolve minha mão com um lenço, improvisando um curativo para o corte em minha mão.

- Temo que sim.

- Aquele traste só causa problemas. - bufo de raiva.

Saio em busca de Serafina e Evangeline, mas as duas pareciam ter sido tragadas pela terra.

- A função de vocês e fazer a maldita segurança! - vocifero em meio ao estacionamento do Hipódromo. - Como duas mulheres pequenas somem sem que ninguém veja?

- Não vimos elas passarem, senhor Sollares. - um dos seguranças do estacionamento fala.

- Elas saíram no meio dos funcionários do buffet..- Joaquim, o chefe da minha segurança particular, fala assim que sai da guarita onde estavam os monitores de saída. - Pegaram um táxi.

- Talvez tenham voltado ao Abrigo Infantil. - Igor afirma.

- Ou tenham ido atrás daquele imbecil do Felipe.- aperto minhas mãos em punho.

- Aquele lugar não é seguro, senhor.

- Sabe onde é a casa de jogos?

- Sim.

- Ótimo. Joaquim, você e o Igor vem comigo. Eliezer leve um dos seguranças com você e veja se elas estão no abrigo.

- Ben. - Eliezer, meu amigo dos tempos de rua se aproxima. - Não é seguro se enfiar nos redutos de jogos. Eu vou com vocês.

- Não vai ser seguro para os que foram importunar a senhorita Evangeline. - alongo o meu pescoço.

Na rua, os malandros de plantão já tinha recebido o aviso de que qualquer assunto envolvendo o vício do meu cunhado deveria ser resolvido comigo, quem decidiu se aventurar em desobedecer vai receber o que merece.

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