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É Amor ou Apenas Ilusão?

É Amor ou Apenas Ilusão?

Castrol

5.0
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17
Capítulo

Desde a adolescência, Sara mantém uma paixão secreta, por um jovem que entrou em sua vida de forma inesperada e cativante. Contudo, para ele, Sara sempre foi apenas uma irmã mais nova, um carinho distante que ele nunca percebeu de forma romântica. Quando circunstâncias imprevistas forçam o casamento de Sara com sua paixão para garantir a herança da empresa do pai dele, ela se vê presa em um relacionamento marcado pela indiferença e pela frieza. Após três anos de um matrimônio que nunca atendeu às suas esperanças, Sara decide partir para Paris em busca de novos horizontes e de um propósito pessoal. Na cidade das luzes, ela se mergulha nos estudos e na cultura, tentando superar o vazio deixado pelo desinteresse de Stephen. Quando Sara retorna, ainda nutrindo uma tênue esperança de que algo possa mudar, ela se depara com a dura realidade: Ele continua alheio aos seus sentimentos e ao seu bem-estar. Frustrada e desiludida, Sara começa a se questionar se deve lutar por um amor que nunca foi verdadeiramente correspondido ou se deve seguir em frente e reconstruir sua vida. É nesse momento de crise que o inesperado acontece. Segredos do passado emergem e revelações surpreendentes sobre sua paixão e sua verdadeira natureza colocam tudo em perspectiva. Sara se vê diante de uma encruzilhada, onde precisa decidir entre o amor que ainda sente e o futuro que realmente deseja.

Capítulo 1 O Eco da Indiferença

Sara acabara de retornar de Paris e, ao chegar em casa, imediatamente notou a ausência que parecia pairar no ambiente. A casa estava silenciosa e vazia, um contraste doloroso com as memórias vivas da sua estadia na vibrante cidade francesa. Seu coração apertou ao perceber que Stephen havia se ausentado de todas as formas possíveis: não apenas não havia comparecido ao aeroporto para recebê-la, mas também havia recusado todas as suas chamadas.

Ao ouvir a voz do motorista quebrando o silêncio, Sara foi abruptamente trazida de volta à realidade.

- Senhora Sara, a senhora precisa de mais alguma coisa? - perguntou o motorista com um tom formal e respeitoso.

Ela balançou a cabeça em sinal de negativa, ainda imersa em pensamentos melancólicos. Com um suspiro, dirigiu-se à cozinha para preparar algo simples para comer. A solidão e o vazio do ambiente a envolviam, e a comida não conseguia fazer mais do que preencher temporariamente o espaço ao seu redor. Depois de comer, decidiu assistir a um filme, na esperança de que isso a distraísse. No entanto, o cansaço e a tristeza a dominaram, e ela acabou adormecendo por algumas horas.

Quando acordou, o sol já estava baixo, lançando uma luz suave através das janelas. A primeira coisa que fez foi pegar o telefone para tentar contatar Stephen novamente. Sua esperança de receber uma resposta calorosa foi em vão.

- Stephen, você vai voltar para casa hoje? - perguntou ela, sua voz carregada de expectativa e uma pontinha de desespero.

A resposta foi um silêncio ensurdecedor, até que uma voz feminina familiar surgiu do outro lado da linha.

- Quem é meu amor? - a mulher perguntou com um tom íntimo.

- Não, Sara, não espere por mim - respondeu Stephen, sua voz cortando a ligação abruptamente.

O som do telefone desconectando deixou Sara com um gosto amargo na boca. Ela se perguntava por que estava aceitando tudo isso. Era uma boa esposa, sempre dedicada, mantendo a casa em ordem e preparando refeições, mas nunca havia recebido um sinal de afeto ou gratidão. Havia se sacrificado para casar com Stephen e, mesmo assim, não havia sido reconhecida.

Sara foi despertada pela luz da manhã que invadia a sala e, antes que pudesse abrir os olhos completamente, ouviu a porta da sala se abrindo. Sentiu um alívio ao perceber a presença de Stephen, cuja fragrância familiar trouxe um breve alívio para seu mal-humor. Mas quando se levantou para cumprimentá-lo, seu sorriso se transformou em um misto de surpresa e raiva.

- Oi, Sara - Stephen disse, sua voz soando fria e indiferente enquanto a observava. Atrás dele estava Taryn, a mulher com quem Stephen mantinha um relacionamento extraconjugal. O fato de Taryn estar ali, na casa deles, foi um golpe doloroso para Sara.

- Taryn, você aqui? - Sara disse, tentando esconder o desgosto em sua voz enquanto se levantava. Um sorriso forçado escapuliu de seus lábios. Stephen a observava com um olhar desatento, não notando o quanto ela havia se embelezado durante sua ausência.

- Vim pegar algumas roupas. Preciso voltar para a empresa - disse Stephen, desviando o olhar e falando com sua voz firme e severa.

- Tudo bem, eu deixei separado em seu quarto - respondeu Sara, tentando manter a calma.

- Nossa, que bonitinho, fazendo seu trabalho de dona de casa - Taryn comentou com uma risada debochada. Sara, magoada, se dirigiu à cozinha para preparar um café, desejando um pouco de paz. No entanto, Taryn a seguiu, e Sara lutava para não se irritar com a presença dela.

- Você deveria assinar logo esse divórcio e deixar ele em paz, sabe, Sara? Já que você sabe que é comigo que ele sempre dorme - Taryn provocou, com um tom de desdém.

Sara permaneceu em silêncio, tentando ignorar as provocações. Sua intenção era evitar um confronto, mas Taryn não parecia disposta a deixar as coisas em paz.

- Ninguém nem sabe que vocês são casados. Por que você não o libera de vez e conversa com os pais dele? - continuou Taryn, intensificando o ataque.

Sara soltou um suspiro profundo enquanto vertia o café em uma xícara, tentando manter a compostura. Antes que pudesse responder, Stephen entrou na cozinha. O coração de Sara quase parou ao vê-lo, e Stephen segurou a mão de Taryn, puxando-a gentilmente.

- Você vai voltar para casa hoje? - Sara perguntou, sua voz mal mais que um sussurro, enquanto tocava o braço de Stephen com um gesto carinhoso e um sorriso forçado.

- Não espere por mim - foi a resposta de Stephen, seu olhar frio e distante. Ele se afastou com Taryn, deixando Sara sozinha novamente, mergulhada em seus pensamentos e em um futuro incerto.

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