A Escolha Dele, A Minha Liberdade

A Escolha Dele, A Minha Liberdade

Gavin

5.0
Comentário(s)
168
Leituras
11
Capítulo

No nono mês de gravidez, o cheiro de desinfetante no hospital era forte, e o médico me deu a notícia: cesariana de emergência. Agarrei o meu telemóvel, os dedos a tremer, e liguei para o meu marido, Diogo. Dezoito vezes foi o que precisei para que ele finalmente atendesse. A sua voz, quando atendeu à décima nona tentativa, estava fria, distante. "Estou ocupado." Expliquei a urgência do nosso filho, que estava em sofrimento agudo, no Hospital da Luz. A resposta dele? "A Sofia torceu o tornozelo a descer as escadas, e o cão dela está doente." A sua irmã, a Sofia, e o cão dela, tinham prioridade sobre o nosso filho que lutava pela vida. Ele desligou, sem me dar tempo para reagir, deixando-me sozinha num corredor frio de hospital. Naquele momento, enquanto as lágrimas silenciosas escorriam pelo formulário de consentimento, eu assinei o destino do meu filho, e também o meu. Como podia o homem com quem me casei ser tão cego, tão cruelmente alheio à vida que crescia dentro de mim? Para ele, eu era apenas "hormonal", o meu desespero, uma inconveniência. Mas a verdade era clara: ele escolheu. E agora, eu também faria a minha escolha. Depois da cirurgia, e ainda fraca, ouvi a voz dele a perguntar sobre o bebé, com a mesma casualidade com que se perguntaria sobre o tempo. Foi então que as palavras saíram da minha boca, claras e firmes, decidindo o nosso futuro: "Vamos divorciar-nos." Ele riu, chamou-me louca, egoísta. Mas apenas uma chamada da irmã foi suficiente para mostrar a verdadeira prioridade dele, solidificando a minha liberdade. Eu escolhi viver. Eu escolhi o meu filho. E esta era apenas o começo da minha nova vida.

Introdução

No nono mês de gravidez, o cheiro de desinfetante no hospital era forte, e o médico me deu a notícia: cesariana de emergência.

Agarrei o meu telemóvel, os dedos a tremer, e liguei para o meu marido, Diogo.

Dezoito vezes foi o que precisei para que ele finalmente atendesse.

A sua voz, quando atendeu à décima nona tentativa, estava fria, distante. "Estou ocupado."

Expliquei a urgência do nosso filho, que estava em sofrimento agudo, no Hospital da Luz.

A resposta dele? "A Sofia torceu o tornozelo a descer as escadas, e o cão dela está doente."

A sua irmã, a Sofia, e o cão dela, tinham prioridade sobre o nosso filho que lutava pela vida.

Ele desligou, sem me dar tempo para reagir, deixando-me sozinha num corredor frio de hospital.

Naquele momento, enquanto as lágrimas silenciosas escorriam pelo formulário de consentimento, eu assinei o destino do meu filho, e também o meu.

Como podia o homem com quem me casei ser tão cego, tão cruelmente alheio à vida que crescia dentro de mim?

Para ele, eu era apenas "hormonal", o meu desespero, uma inconveniência.

Mas a verdade era clara: ele escolheu. E agora, eu também faria a minha escolha.

Depois da cirurgia, e ainda fraca, ouvi a voz dele a perguntar sobre o bebé, com a mesma casualidade com que se perguntaria sobre o tempo.

Foi então que as palavras saíram da minha boca, claras e firmes, decidindo o nosso futuro: "Vamos divorciar-nos."

Ele riu, chamou-me louca, egoísta.

Mas apenas uma chamada da irmã foi suficiente para mostrar a verdadeira prioridade dele, solidificando a minha liberdade.

Eu escolhi viver. Eu escolhi o meu filho.

E esta era apenas o começo da minha nova vida.

Continuar lendo

Outros livros de Gavin

Ver Mais
Quando o Amor Vira Mentira: A Luta de Sofia

Quando o Amor Vira Mentira: A Luta de Sofia

Moderno

5.0

No dia do terceiro aniversário do meu filho, Lucas, o meu marido, Pedro, simplesmente não voltou para casa. Preparei o seu bolo favorito e enchi a sala com balões azuis, enquanto Lucas esperava, adormecendo no sofá com o seu pequeno carro de corrida. Liguei para o Pedro dezenas de vezes, mas só encontrei o silêncio do telemóvel desligado. O meu coração afundava a cada tentativa falhada, até que a campainha tocou, já perto da meia-noite. Corri para a porta, com a esperança a reacender-se, mas não era ele. Eram dois polícias, com expressões sérias, que trouxeram a notícia: Pedro sofrera um acidente de carro, estado crítico. O mundo parou, as palavras ecoavam na minha cabeça: "crítico", "acidente". Mas a próxima frase atingiu-me como um raio: "Havia outra pessoa no carro... uma mulher. Infelizmente, ela não sobreviveu." O nome dela? Clara Bastos. A ex-namorada de Pedro, aquela que ele jurou ter ficado no passado. Antes que eu pudesse processar a traição, a minha sogra, Dona Alice, subiu as escadas, o seu medo transformado em raiva pura. "A culpa é tua! Tu nunca o fizeste feliz! A Clara era o verdadeiro amor da vida dele! Se ele morrer, a culpa é tua!" As palavras dela, o facto de que toda a minha vida tinha sido uma farsa, atingiram-me mais do que qualquer golpe físico. O nosso casamento, o nosso filho... Seríamos apenas um obstáculo? Uma mentira? Senti o meu telemóvel vibrar no bolso: uma notificação de transferência bancária. Pedro tinha transferido quase todo o nosso dinheiro da conta conjunta para a sua conta pessoal, horas antes do acidente. Ele não me estava apenas a deixar; estava a deixar-me sem nada. Num piscar de olhos, a minha vida desmoronou-se. Mas eu não me ajoelharia. Enquanto a minha sogra me amaldiçoava, senti uma raiva fria a crescer. Não olhei para trás. A batalha pela minha vida e pela do meu filho tinha acabado de começar.

Você deve gostar

Capítulo
Ler agora
Baixar livro