A Mensagem Que Mudou Tudo

A Mensagem Que Mudou Tudo

Gavin

5.0
Comentário(s)
64
Leituras
11
Capítulo

O vestido de noiva de seda branca parecia um casulo frio contra minha pele, mas amanhã seria o grande dia, o ápice de três longos e dolorosos anos de espera. Então, meu celular vibrou. Uma mensagem de um número desconhecido, mas que fez meu coração dar um salto estúpido de esperança. "Sofia, não se case amanhã. Cancele tudo." Era ele. Leo. O noivo que desapareceu há três anos, no dia do nosso primeiro casamento. Todos disseram que ele era um covarde, que fugiu. Até meus pais o abandonaram. Mas eu, eu nunca acreditei. Minhas mãos tremiam, o pânico borbulhava. Liguei e liguei, mas o número estava desativado. Minha mãe, obcecada pelo casamento perfeito, bateu à porta. Gelei. Se ela visse a mensagem, me forçaria a apagá-la, a esquecer. Escondi o celular e abri a porta. Ela sorriu, radiante, e ajeitou meu cabelo. "Você está perfeita, meu amor." Mas quando peguei uma caixinha de música, um presente de Leo, a expressão dela mudou. Fúria selvagem. "Por que você está falando nesse nome? Jogue essa coisa fora! Ele te abandonou!" Ela agarrou a caixa, pronta para quebrá-la. E então, vi. A pele em sua bochecha escorreu como cera. Seu rosto se contorceu, não era humano. Não era minha mãe. Não era meu pai, que depois também revelou ser um impostor. Fingi aceitação, mas o terror me consumia. Eu sabia que precisava fugir.

Introdução

O vestido de noiva de seda branca parecia um casulo frio contra minha pele, mas amanhã seria o grande dia, o ápice de três longos e dolorosos anos de espera.

Então, meu celular vibrou. Uma mensagem de um número desconhecido, mas que fez meu coração dar um salto estúpido de esperança.

"Sofia, não se case amanhã. Cancele tudo." Era ele. Leo. O noivo que desapareceu há três anos, no dia do nosso primeiro casamento.

Todos disseram que ele era um covarde, que fugiu. Até meus pais o abandonaram. Mas eu, eu nunca acreditei.

Minhas mãos tremiam, o pânico borbulhava. Liguei e liguei, mas o número estava desativado.

Minha mãe, obcecada pelo casamento perfeito, bateu à porta. Gelei. Se ela visse a mensagem, me forçaria a apagá-la, a esquecer.

Escondi o celular e abri a porta. Ela sorriu, radiante, e ajeitou meu cabelo. "Você está perfeita, meu amor."

Mas quando peguei uma caixinha de música, um presente de Leo, a expressão dela mudou. Fúria selvagem. "Por que você está falando nesse nome? Jogue essa coisa fora! Ele te abandonou!"

Ela agarrou a caixa, pronta para quebrá-la. E então, vi. A pele em sua bochecha escorreu como cera. Seu rosto se contorceu, não era humano.

Não era minha mãe. Não era meu pai, que depois também revelou ser um impostor.

Fingi aceitação, mas o terror me consumia. Eu sabia que precisava fugir.

Continuar lendo

Outros livros de Gavin

Ver Mais
Renascendo Após o Fim

Renascendo Após o Fim

Romance

5.0

Oito anos de casamento. No dia do nosso aniversário, Pedro Silva me presenteou com novecentas e noventa e nove rosas vermelhas, quase sufocando a sala com seu perfume. Qualquer outra mulher choraria de emoção, mas meu coração estava frio como uma pedra de gelo, afinal, eu acabara de receber alta do hospital após uma cirurgia. Disquei o número dele e uma jovem atendeu, a voz de Ana, sua secretária, chorosa e acusatória: "Dona Silva... me desculpe... foi tudo culpa minha." Ao fundo, a voz de Pedro, terna e consoladora: "Não chore, não foi culpa sua. Fique tranquila, eu resolvo." Minutos depois, ele finalmente atendeu, mas sua voz era fria, desprovida de qualquer afeto: "O que você quer?" Foi então que a bomba explodiu: "Pedro, vamos nos divorciar." Ele não hesitou, apenas respondeu com uma indiferença cortante: "Como você deseja." E desligou. Naquela noite, o cheiro de álcool caro e o perfume feminino de Ana impregnavam seu terno. Ele se sentou ao meu lado, oferecendo uma bolsa de grife como um suborno por sua ausência. Eu o confrontei diretamente: "Você está tendo um caso com a Ana?" Ele negou, desdenhando da minha desconfiança, me acusando de ser amarga, de afastar até nosso filho. A humilhação de ter sido impedida de buscar João na escola por sua ordem, porque "eu faria uma cena", ainda ardia. Ele se inflamou em raiva, gritando que eu não sabia "ser a esposa de Pedro Silva", que eu o envergonhava. Em meio à fúria dele, uma clareza fria me atingiu: não havia mais dor, apenas um vazio profundo. Então, com a voz mais calma e firme que consegui reunir, revelei a verdade que o mergulhou no mais absoluto silêncio: "Eu tive um aborto espontâneo hoje."

Você deve gostar

Capítulo
Ler agora
Baixar livro