O Aviso de Daniel

O Aviso de Daniel

Gavin

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Capítulo

A tela do meu celular brilhou no quarto escuro. O nome de Daniel, meu noivo desaparecido há três anos, explodiu na tela. Uma mensagem dele. "Sofia, não se case. Fuja." Meu coração disparou, batendo forte contra minhas costelas, bem na véspera do meu casamento, desta vez com Marcos. Daniel havia sumido no dia do nosso casamento, abandonando tudo sem explicações. A família, a polícia, todos o chamaram de covarde, um homem que fugiu da vida adulta. Mas eu sabia que não era verdade; ele nunca quebraria uma promessa. Quando liguei para o número, a mesma gravação de sempre: "O número para o qual você ligou está fora de serviço." Então, uma nova mensagem: "FUJA. AGORA. NÃO SE CASE." O pânico me sufocou, e eu mal tive tempo de esconder o celular antes que minha mãe entrasse. Ela estava obcecada com o casamento perfeito e, quando viu a caixa de música de Daniel em minhas mãos, seus olhos se encheram de um ódio que nunca tinha visto. Pior ainda, notei um detalhe impossível: a cicatriz dela estava no lado errado. Esta mulher não era minha mãe. Desci as escadas, trêmula, e meu pai estava lá, mas ele também tinha um brinco na orelha errada. Ambos impostores, juntos nessa farsa horripilante. Daniel estava me avisando. Ele sabia sobre eles. Presa no carro, a caminho de um casamento de mentira, percebo Lucas, o melhor amigo de Daniel. Ele é minha única esperança, mas então, a mensagem de Daniel: "Não confie no Lucas." Meu mundo vira de cabeça para baixo.

Introdução

A tela do meu celular brilhou no quarto escuro.

O nome de Daniel, meu noivo desaparecido há três anos, explodiu na tela.

Uma mensagem dele. "Sofia, não se case. Fuja."

Meu coração disparou, batendo forte contra minhas costelas, bem na véspera do meu casamento, desta vez com Marcos.

Daniel havia sumido no dia do nosso casamento, abandonando tudo sem explicações.

A família, a polícia, todos o chamaram de covarde, um homem que fugiu da vida adulta.

Mas eu sabia que não era verdade; ele nunca quebraria uma promessa.

Quando liguei para o número, a mesma gravação de sempre: "O número para o qual você ligou está fora de serviço."

Então, uma nova mensagem: "FUJA. AGORA. NÃO SE CASE."

O pânico me sufocou, e eu mal tive tempo de esconder o celular antes que minha mãe entrasse.

Ela estava obcecada com o casamento perfeito e, quando viu a caixa de música de Daniel em minhas mãos, seus olhos se encheram de um ódio que nunca tinha visto.

Pior ainda, notei um detalhe impossível: a cicatriz dela estava no lado errado.

Esta mulher não era minha mãe.

Desci as escadas, trêmula, e meu pai estava lá, mas ele também tinha um brinco na orelha errada.

Ambos impostores, juntos nessa farsa horripilante.

Daniel estava me avisando. Ele sabia sobre eles.

Presa no carro, a caminho de um casamento de mentira, percebo Lucas, o melhor amigo de Daniel.

Ele é minha única esperança, mas então, a mensagem de Daniel: "Não confie no Lucas."

Meu mundo vira de cabeça para baixo.

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Oito anos de casamento. No dia do nosso aniversário, Pedro Silva me presenteou com novecentas e noventa e nove rosas vermelhas, quase sufocando a sala com seu perfume. Qualquer outra mulher choraria de emoção, mas meu coração estava frio como uma pedra de gelo, afinal, eu acabara de receber alta do hospital após uma cirurgia. Disquei o número dele e uma jovem atendeu, a voz de Ana, sua secretária, chorosa e acusatória: "Dona Silva... me desculpe... foi tudo culpa minha." Ao fundo, a voz de Pedro, terna e consoladora: "Não chore, não foi culpa sua. Fique tranquila, eu resolvo." Minutos depois, ele finalmente atendeu, mas sua voz era fria, desprovida de qualquer afeto: "O que você quer?" Foi então que a bomba explodiu: "Pedro, vamos nos divorciar." Ele não hesitou, apenas respondeu com uma indiferença cortante: "Como você deseja." E desligou. Naquela noite, o cheiro de álcool caro e o perfume feminino de Ana impregnavam seu terno. Ele se sentou ao meu lado, oferecendo uma bolsa de grife como um suborno por sua ausência. Eu o confrontei diretamente: "Você está tendo um caso com a Ana?" Ele negou, desdenhando da minha desconfiança, me acusando de ser amarga, de afastar até nosso filho. A humilhação de ter sido impedida de buscar João na escola por sua ordem, porque "eu faria uma cena", ainda ardia. Ele se inflamou em raiva, gritando que eu não sabia "ser a esposa de Pedro Silva", que eu o envergonhava. Em meio à fúria dele, uma clareza fria me atingiu: não havia mais dor, apenas um vazio profundo. Então, com a voz mais calma e firme que consegui reunir, revelei a verdade que o mergulhou no mais absoluto silêncio: "Eu tive um aborto espontâneo hoje."

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