O Segredo de Thiago

O Segredo de Thiago

Gavin

5.0
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Capítulo

A noite estava fria, mas o clique da câmera do celular e as risadas grosseiras daqueles homens tornavam tudo pior. Eles me despiram, fotografaram e publicaram tudo online, transformando um pesadelo em uma humilhação que queimava por dentro. Juro que ouvi um deles sugerir: "Chefe, essa atriz é linda, que tal a gente se divertir um pouco com ela antes de entregar para o contratante?". E então a risada baixa e perigosa do "chefe": "Ok! Mas limpem tudo depois!". O terror me dominou, um grito silencioso preso na garganta enquanto eles me agarravam. Acordei jogada na terra, um objeto quebrado, enquanto as fotos já se espalhavam como fogo pela internet. Thiago, meu chefe e namorado, meu porto seguro, prometeu cuidar de mim e disse que superaríamos juntos. Eu acreditei, me agarrei a ele como se minha vida dependesse disso. Até que, em uma noite escura, acordei de um pesadelo e o encontrei na varanda, falando em videochamada. A voz do assistente veio do celular: "Chefe, aqueles bêbados já foram pagos e enviados para uma área remota, como você pediu. Mas eu não entendo, a Joana está em ascensão, por que você quer arruiná-la?". Meu coração parou enquanto Thiago, com uma frieza que eu nunca conheci, respondeu: "Se ela estiver no elenco, a Manuela não vai conseguir o papel principal em 'Luar'. Por isso, eu tive que fazer isso!". Naquele instante, a verdade me atingiu com a força de uma avalanche: ele era o arquiteto da minha destruição. Mas algo mais aterrissou em mim, gelado e absoluto: Thiago, assim como eu, também tinha renascido.

Introdução

A noite estava fria, mas o clique da câmera do celular e as risadas grosseiras daqueles homens tornavam tudo pior.

Eles me despiram, fotografaram e publicaram tudo online, transformando um pesadelo em uma humilhação que queimava por dentro.

Juro que ouvi um deles sugerir: "Chefe, essa atriz é linda, que tal a gente se divertir um pouco com ela antes de entregar para o contratante?".

E então a risada baixa e perigosa do "chefe": "Ok! Mas limpem tudo depois!".

O terror me dominou, um grito silencioso preso na garganta enquanto eles me agarravam.

Acordei jogada na terra, um objeto quebrado, enquanto as fotos já se espalhavam como fogo pela internet.

Thiago, meu chefe e namorado, meu porto seguro, prometeu cuidar de mim e disse que superaríamos juntos.

Eu acreditei, me agarrei a ele como se minha vida dependesse disso.

Até que, em uma noite escura, acordei de um pesadelo e o encontrei na varanda, falando em videochamada.

A voz do assistente veio do celular: "Chefe, aqueles bêbados já foram pagos e enviados para uma área remota, como você pediu. Mas eu não entendo, a Joana está em ascensão, por que você quer arruiná-la?".

Meu coração parou enquanto Thiago, com uma frieza que eu nunca conheci, respondeu: "Se ela estiver no elenco, a Manuela não vai conseguir o papel principal em 'Luar'. Por isso, eu tive que fazer isso!".

Naquele instante, a verdade me atingiu com a força de uma avalanche: ele era o arquiteto da minha destruição.

Mas algo mais aterrissou em mim, gelado e absoluto: Thiago, assim como eu, também tinha renascido.

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No quinto aniversário de casamento. Ou, como Tiago fazia questão de lembrar, o aniversário do acidente que ceifou a sua família. Em vez de celebração, iniciava-se mais um capítulo da minha tortura insaciável. Ele, o homem que um dia amei mais que tudo, transformara-se num carrasco implacável. Fui forçada a beber noventa e nove garrafas de vinho, um símbolo macabro da minha "dívida de sangue". Confinada, isolada, humilhada, vi-o dar afetos a Clara, uma mulher escolhida pela semelhança com a Sofia de outrora. Fui submetida a uma cirurgia perigosa para doar um rim a ela, depois de um "acidente" suspeito. O nosso leal cão, Max, o último elo do nosso amor passado, foi cruelmente morto. E o cúmulo da humilhação: fui forçada a engolir as cinzas do meu querido amigo. Arrastada de joelhos, sob a vigilância fria dele, até ao cemitério para proclamar os pecados dos meus pais. A dor física não era nada comparada à exaustão da minha alma. Eu só ansiava pela paz, a paz que só a morte parecia poder oferecer. Cansada de amar, cansada de sofrer, o meu único desejo era que tudo acabasse. Num ato de desespero, atirei-me da Ponte da Arrábida, buscando o abraço gélido do Douro. Mas abri os olhos novamente. E, para meu horror e espanto, estava de volta. Um dia antes do acidente fatídico, com todas as memórias vívidas da minha tortura. O mais chocante? Tiago também se lembrava. Agora, perante esta segunda chance inesperada: escolheríamos o ódio mais uma vez, ou haveria redenção para um amor que se transformara em veneno?

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