O Segredo de Thiago

O Segredo de Thiago

Gavin

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Capítulo

A noite estava fria, mas o clique da câmera do celular e as risadas grosseiras daqueles homens tornavam tudo pior. Eles me despiram, fotografaram e publicaram tudo online, transformando um pesadelo em uma humilhação que queimava por dentro. Juro que ouvi um deles sugerir: "Chefe, essa atriz é linda, que tal a gente se divertir um pouco com ela antes de entregar para o contratante?". E então a risada baixa e perigosa do "chefe": "Ok! Mas limpem tudo depois!". O terror me dominou, um grito silencioso preso na garganta enquanto eles me agarravam. Acordei jogada na terra, um objeto quebrado, enquanto as fotos já se espalhavam como fogo pela internet. Thiago, meu chefe e namorado, meu porto seguro, prometeu cuidar de mim e disse que superaríamos juntos. Eu acreditei, me agarrei a ele como se minha vida dependesse disso. Até que, em uma noite escura, acordei de um pesadelo e o encontrei na varanda, falando em videochamada. A voz do assistente veio do celular: "Chefe, aqueles bêbados já foram pagos e enviados para uma área remota, como você pediu. Mas eu não entendo, a Joana está em ascensão, por que você quer arruiná-la?". Meu coração parou enquanto Thiago, com uma frieza que eu nunca conheci, respondeu: "Se ela estiver no elenco, a Manuela não vai conseguir o papel principal em 'Luar'. Por isso, eu tive que fazer isso!". Naquele instante, a verdade me atingiu com a força de uma avalanche: ele era o arquiteto da minha destruição. Mas algo mais aterrissou em mim, gelado e absoluto: Thiago, assim como eu, também tinha renascido.

Introdução

A noite estava fria, mas o clique da câmera do celular e as risadas grosseiras daqueles homens tornavam tudo pior.

Eles me despiram, fotografaram e publicaram tudo online, transformando um pesadelo em uma humilhação que queimava por dentro.

Juro que ouvi um deles sugerir: "Chefe, essa atriz é linda, que tal a gente se divertir um pouco com ela antes de entregar para o contratante?".

E então a risada baixa e perigosa do "chefe": "Ok! Mas limpem tudo depois!".

O terror me dominou, um grito silencioso preso na garganta enquanto eles me agarravam.

Acordei jogada na terra, um objeto quebrado, enquanto as fotos já se espalhavam como fogo pela internet.

Thiago, meu chefe e namorado, meu porto seguro, prometeu cuidar de mim e disse que superaríamos juntos.

Eu acreditei, me agarrei a ele como se minha vida dependesse disso.

Até que, em uma noite escura, acordei de um pesadelo e o encontrei na varanda, falando em videochamada.

A voz do assistente veio do celular: "Chefe, aqueles bêbados já foram pagos e enviados para uma área remota, como você pediu. Mas eu não entendo, a Joana está em ascensão, por que você quer arruiná-la?".

Meu coração parou enquanto Thiago, com uma frieza que eu nunca conheci, respondeu: "Se ela estiver no elenco, a Manuela não vai conseguir o papel principal em 'Luar'. Por isso, eu tive que fazer isso!".

Naquele instante, a verdade me atingiu com a força de uma avalanche: ele era o arquiteto da minha destruição.

Mas algo mais aterrissou em mim, gelado e absoluto: Thiago, assim como eu, também tinha renascido.

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Romance

5.0

Oito anos de casamento. No dia do nosso aniversário, Pedro Silva me presenteou com novecentas e noventa e nove rosas vermelhas, quase sufocando a sala com seu perfume. Qualquer outra mulher choraria de emoção, mas meu coração estava frio como uma pedra de gelo, afinal, eu acabara de receber alta do hospital após uma cirurgia. Disquei o número dele e uma jovem atendeu, a voz de Ana, sua secretária, chorosa e acusatória: "Dona Silva... me desculpe... foi tudo culpa minha." Ao fundo, a voz de Pedro, terna e consoladora: "Não chore, não foi culpa sua. Fique tranquila, eu resolvo." Minutos depois, ele finalmente atendeu, mas sua voz era fria, desprovida de qualquer afeto: "O que você quer?" Foi então que a bomba explodiu: "Pedro, vamos nos divorciar." Ele não hesitou, apenas respondeu com uma indiferença cortante: "Como você deseja." E desligou. Naquela noite, o cheiro de álcool caro e o perfume feminino de Ana impregnavam seu terno. Ele se sentou ao meu lado, oferecendo uma bolsa de grife como um suborno por sua ausência. Eu o confrontei diretamente: "Você está tendo um caso com a Ana?" Ele negou, desdenhando da minha desconfiança, me acusando de ser amarga, de afastar até nosso filho. A humilhação de ter sido impedida de buscar João na escola por sua ordem, porque "eu faria uma cena", ainda ardia. Ele se inflamou em raiva, gritando que eu não sabia "ser a esposa de Pedro Silva", que eu o envergonhava. Em meio à fúria dele, uma clareza fria me atingiu: não havia mais dor, apenas um vazio profundo. Então, com a voz mais calma e firme que consegui reunir, revelei a verdade que o mergulhou no mais absoluto silêncio: "Eu tive um aborto espontâneo hoje."

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