Renascida: O Jogo Dela

Renascida: O Jogo Dela

Gavin

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Capítulo

A dor aguda no meu peito, a sensação de ser esfaqueada pelas costas por aqueles que eu mais amava, tudo isso desapareceu. Voltei aos meus vinte e poucos anos, na casa que eu ainda dividia com Pedro, meu marido. A porta do quarto se abriu e Pedro entrou, com o sorriso charmoso que, na vida passada, se tornaria a máscara de um traidor. "Lúcia, querida, tenho uma ótima notícia." Ele me disse que Sofia, sua "amiga de infância" , viria morar conosco. Ah, Sofia. A "amiga de infância" que se tornou sua amante e, junto com ele, me enganou por décadas. O filho que eu criei com todo o meu amor era, na verdade, deles. Eles me fizeram de boba, uma babá gratuita e uma esposa conveniente. Fui traída, humilhada, e passei décadas sofrendo em silêncio, aguentando olhares de pena e a arrogância deles. Morri com a agonia de saber que o menino que eu amava como filho era um lembrete constante da mentira em que eu vivia. Desta vez, as coisas seriam diferentes. Eu renasci para mudar meu destino. Não haveria amor. Haveria apenas um jogo. E eu seria a jogadora, não a peça.

Introdução

A dor aguda no meu peito, a sensação de ser esfaqueada pelas costas por aqueles que eu mais amava, tudo isso desapareceu.

Voltei aos meus vinte e poucos anos, na casa que eu ainda dividia com Pedro, meu marido.

A porta do quarto se abriu e Pedro entrou, com o sorriso charmoso que, na vida passada, se tornaria a máscara de um traidor.

"Lúcia, querida, tenho uma ótima notícia."

Ele me disse que Sofia, sua "amiga de infância" , viria morar conosco.

Ah, Sofia. A "amiga de infância" que se tornou sua amante e, junto com ele, me enganou por décadas.

O filho que eu criei com todo o meu amor era, na verdade, deles.

Eles me fizeram de boba, uma babá gratuita e uma esposa conveniente.

Fui traída, humilhada, e passei décadas sofrendo em silêncio, aguentando olhares de pena e a arrogância deles.

Morri com a agonia de saber que o menino que eu amava como filho era um lembrete constante da mentira em que eu vivia.

Desta vez, as coisas seriam diferentes. Eu renasci para mudar meu destino.

Não haveria amor. Haveria apenas um jogo. E eu seria a jogadora, não a peça.

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No dia do terceiro aniversário do meu filho, Lucas, o meu marido, Pedro, simplesmente não voltou para casa. Preparei o seu bolo favorito e enchi a sala com balões azuis, enquanto Lucas esperava, adormecendo no sofá com o seu pequeno carro de corrida. Liguei para o Pedro dezenas de vezes, mas só encontrei o silêncio do telemóvel desligado. O meu coração afundava a cada tentativa falhada, até que a campainha tocou, já perto da meia-noite. Corri para a porta, com a esperança a reacender-se, mas não era ele. Eram dois polícias, com expressões sérias, que trouxeram a notícia: Pedro sofrera um acidente de carro, estado crítico. O mundo parou, as palavras ecoavam na minha cabeça: "crítico", "acidente". Mas a próxima frase atingiu-me como um raio: "Havia outra pessoa no carro... uma mulher. Infelizmente, ela não sobreviveu." O nome dela? Clara Bastos. A ex-namorada de Pedro, aquela que ele jurou ter ficado no passado. Antes que eu pudesse processar a traição, a minha sogra, Dona Alice, subiu as escadas, o seu medo transformado em raiva pura. "A culpa é tua! Tu nunca o fizeste feliz! A Clara era o verdadeiro amor da vida dele! Se ele morrer, a culpa é tua!" As palavras dela, o facto de que toda a minha vida tinha sido uma farsa, atingiram-me mais do que qualquer golpe físico. O nosso casamento, o nosso filho... Seríamos apenas um obstáculo? Uma mentira? Senti o meu telemóvel vibrar no bolso: uma notificação de transferência bancária. Pedro tinha transferido quase todo o nosso dinheiro da conta conjunta para a sua conta pessoal, horas antes do acidente. Ele não me estava apenas a deixar; estava a deixar-me sem nada. Num piscar de olhos, a minha vida desmoronou-se. Mas eu não me ajoelharia. Enquanto a minha sogra me amaldiçoava, senti uma raiva fria a crescer. Não olhei para trás. A batalha pela minha vida e pela do meu filho tinha acabado de começar.

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