Eu estava me afogando na piscina, o cloro queimando meus pulmões como ácido, mas meu companheiro predestinado, Jax, nadou direto por mim. Ele pegou Catarina, a capitã da equipe de natação que fingia uma cãibra, e a carregou para a segurança como se ela fosse feita do vidro mais frágil. Quando me arrastei para fora, tremendo e humilhada, Jax não me ofereceu a mão. Em vez disso, ele me fuzilou com olhos cor de avelã, frios e distantes. - Pare de se fazer de vítima, Eliana - ele cuspiu na frente de toda a alcateia. - Você só está com inveja. Ele era o Herdeiro Alfa, e eu era a fracassada que nunca tinha se transformado. Ele quebrou nosso vínculo pedaço por pedaço, culminando na sagrada Árvore da Lua, onde ele riscou nossas iniciais entalhadas para substituí-las pelas dela. Mas o golpe final não foi emocional; foi letal. Catarina jogou as chaves do meu carro em um lago infestado de Acônito. Enquanto o veneno paralisava meus membros e eu afundava na água escura, incapaz de respirar, vi Jax parado na margem. - Pare de fazer joguinhos! - ele gritou para as ondulações na água. Ele virou as costas e foi embora, me deixando para morrer. Eu sobrevivi, mas a garota que o amava não. Finalmente aceitei a rejeição que ele nunca teve coragem de verbalizar. Jax achou que eu rastejaria de volta em uma semana. Ele achou que eu não era nada sem a proteção da alcateia. Ele estava errado. Mudei-me para São Paulo e entrei em um estúdio de dança, direto para os braços de um Alfa Verdadeiro chamado Davi. E quando finalmente me transformei, não fui uma Ômega fraca. Eu era uma Loba Branca. Quando Jax percebeu o que tinha jogado fora, eu já era uma Rainha.
Eu estava me afogando na piscina, o cloro queimando meus pulmões como ácido, mas meu companheiro predestinado, Jax, nadou direto por mim.
Ele pegou Catarina, a capitã da equipe de natação que fingia uma cãibra, e a carregou para a segurança como se ela fosse feita do vidro mais frágil.
Quando me arrastei para fora, tremendo e humilhada, Jax não me ofereceu a mão. Em vez disso, ele me fuzilou com olhos cor de avelã, frios e distantes.
- Pare de se fazer de vítima, Eliana - ele cuspiu na frente de toda a alcateia. - Você só está com inveja.
Ele era o Herdeiro Alfa, e eu era a fracassada que nunca tinha se transformado. Ele quebrou nosso vínculo pedaço por pedaço, culminando na sagrada Árvore da Lua, onde ele riscou nossas iniciais entalhadas para substituí-las pelas dela.
Mas o golpe final não foi emocional; foi letal.
Catarina jogou as chaves do meu carro em um lago infestado de Acônito. Enquanto o veneno paralisava meus membros e eu afundava na água escura, incapaz de respirar, vi Jax parado na margem.
- Pare de fazer joguinhos! - ele gritou para as ondulações na água.
Ele virou as costas e foi embora, me deixando para morrer.
Eu sobrevivi, mas a garota que o amava não. Finalmente aceitei a rejeição que ele nunca teve coragem de verbalizar.
Jax achou que eu rastejaria de volta em uma semana. Ele achou que eu não era nada sem a proteção da alcateia.
Ele estava errado.
Mudei-me para São Paulo e entrei em um estúdio de dança, direto para os braços de um Alfa Verdadeiro chamado Davi.
E quando finalmente me transformei, não fui uma Ômega fraca.
Eu era uma Loba Branca.
Quando Jax percebeu o que tinha jogado fora, eu já era uma Rainha.
Capítulo 1
Ponto de Vista: Eliana
A água da piscina estava gelada, mas a realidade batendo no meu peito era ainda mais fria.
Eu me debatia, meus membros pesados como chumbo, o pânico fechando minha garganta enquanto o cloro ardia no meu nariz. Eu não era uma boa nadadora. Todos na Alcateia do Portão Norte sabiam disso. Eu era a garota sem loba, a fracassada de dezoito anos que ainda não tinha encontrado seu animal interior. Para eles, eu era pouco melhor que uma humana.
- Socorro! - engasguei, engolindo um gole de água tratada quimicamente.
Através do caos e dos respingos da festa do Solstício de Verão, eu o vi. Jax.
Ele estava parado na borda, seu cabelo escuro brilhando sob as luzes do cordão de lâmpadas. Ele era o Herdeiro Alfa, o mais forte da nossa geração, e o garoto que segurava meu coração nas mãos. Ele era meu companheiro. Não tínhamos completado a cerimônia de marcação, mas nossas almas sabiam. Minha loba interior, embora adormecida, sempre vibrava quando ele estava por perto.
Mas ele não estava olhando para mim.
- Jax! - Catarina gritou do outro lado da piscina.
Ela estava se debatendo, suas mãos perfeitamente manicuradas batendo na água. Catarina era uma aluna transferida, uma fêmea Beta que havia chegado há dois meses. Ela era linda, cheia de curvas e cheirava a baunilha cara e problemas. Ela também era a capitã da equipe de natação.
Ela não precisava ser salva. Eu precisava.
Jax não hesitou. Ele nem sequer olhou na minha direção. Com um rosnado que vibrou pelo deck de madeira, ele mergulhou. Mas ele nadou para longe de mim.
Ele nadou para ela.
A dor não foi apenas um coração partido; foi uma separação física, um rasgo brutal no vínculo que nos conectava. Assisti enquanto ele pegava Catarina em seus braços poderosos, carregando-a para a beira da piscina como se ela fosse feita de porcelana.
Consegui agarrar a escada, içando meu corpo tossindo e tremendo para fora da água. Ninguém me ofereceu a mão. A música havia parado. A alcateia inteira estava assistindo.
Jax colocou Catarina no chão. Ela se agarrou à camiseta molhada dele, tremendo dramaticamente, olhando para ele com olhos arregalados e medrosos.
- Você está bem? - Jax perguntou, sua voz terna.
- Eu... eu tive uma cãibra - ela choramingou.
Fiquei ali, a água pingando do meu vestido barato, tremendo violentamente.
- Jax - sussurrei. - Eu estava me afogando.
Ele se virou para mim então. Seus olhos, geralmente de um avelã quente, estavam duros e frios. Não havia preocupação neles. Apenas irritação.
- Pare com isso, Eliana - ele retrucou.
Pisquei, atordoada.
- O quê?
- Pare de se fazer de vítima - disse ele, elevando a voz para que todos pudessem ouvir. - Catarina estava com problemas. Você só está com inveja porque dei atenção a ela.
- Eu não sei nadar, Jax! Você sabe disso!
Ele deu um passo em minha direção, sua aura Alfa explodindo. Era uma pressão pesada e sufocante que forçava o ar para fora dos meus pulmões.
- Chega.
A palavra não foi falada; foi martelada diretamente no meu crânio.
*Pare de usar esses truques patéticos para chamar atenção,* ele projetou através do link mental, sua voz ecoando na minha cabeça como um trovão. *Você está me envergonhando.*
O comando colidiu com meu cérebro. Meus joelhos cederam. Como uma loba não transformada - uma Ômega por status até provar o contrário - eu não tinha defesa contra o comando de um Alfa.
Caí no concreto, esfolando meus joelhos.
Risadas ondularam pela multidão.
Era isso. A nonagésima nona vez que ele me colocava em segundo plano. A nonagésima nona vez que ele olhava para mim com decepção em vez de amor.
Dentro de mim, algo se quebrou.
Minha loba interior soltou um único som agudo, um lamento fúnebre. E então, silêncio.
Silêncio absoluto.
Olhei para ele. Jax estava enrolando uma toalha nos ombros de Catarina. Ele não olhou para trás.
Levantei-me. Minhas pernas tremiam, mas não mais de frio.
- Tudo bem - eu disse suavemente.
Ele não me ouviu. Estava ocupado demais sussurrando conforto para a garota que fingira se afogar.
Virei as costas e fui embora. Caminhei passando pelos olhos julgadores dos membros da alcateia, pelos adolescentes que riam, pela vida que eu achava que estava destinada a ter.
Não parei até chegar à casa dos meus pais, na orla do território.
Meu quarto estava escuro. Não acendi as luzes. Sentei-me à minha mesa, a água empoçando no chão, e abri meu notebook.
A tela brilhou, iluminando a carta de aceitação que eu vinha ignorando há semanas.
Universidade de São Paulo. A USP.
Ficava na capital. Território humano. Solo neutro. Longe da Alcateia do Portão Norte. Longe das florestas onde eu deveria correr com Jax.
Eu tinha me inscrito na universidade local porque era para onde Jax iria. Eu tinha planejado todo o meu futuro em torno de ser sua Luna.
Movi o cursor.
Aceitar Oferta.
Cliquei.
Então me levantei e olhei ao redor do meu quarto. Estava cheio dele. As flores secas do baile, os moletons enormes que ele me deixava roubar, o urso de pelúcia que ele ganhou para mim na quermesse três anos atrás.
Peguei o urso. Costumava cheirar a ele - a pinho e chuva. Agora, só cheirava a poeira e mentiras.
Peguei um saco de lixo.
Não chorei. Acho que minhas lágrimas tinham acabado na piscina. Apenas comecei a jogar as coisas fora. Cada memória, cada presente, cada traço de Jax Little.
Eu cansei de esperar.
Capítulo 1
09/12/2025
Capítulo 2
09/12/2025
Capítulo 3
09/12/2025
Capítulo 4
09/12/2025
Capítulo 5
09/12/2025
Capítulo 6
09/12/2025
Capítulo 7
09/12/2025
Capítulo 8
09/12/2025
Capítulo 9
09/12/2025
Capítulo 10
09/12/2025
Capítulo 11
09/12/2025
Capítulo 12
09/12/2025
Capítulo 13
09/12/2025
Capítulo 14
09/12/2025
Capítulo 15
09/12/2025
Capítulo 16
09/12/2025
Capítulo 17
09/12/2025
Capítulo 18
09/12/2025
Capítulo 19
09/12/2025
Capítulo 20
09/12/2025
Capítulo 21
09/12/2025
Capítulo 22
09/12/2025
Capítulo 23
09/12/2025
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