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Fogo Encontra Gasolina

Fogo Encontra Gasolina

LOMA

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Capítulo

Ela era inocente, pura, sem mácula nenhuma, até ele chegar em sua vida. Regina Miller não chamava atenção de ninguém, até seu professor pedir para que ela auxiliasse um aluno que estava com notas baixas demais, mas o que ela não imaginava era que quem iria ensinar algo a ela, era ele. Nathan Jones chamava a atenção de qualquer mulher, e sua notas baixas o levaram até uma que ele não imaginaria que iria conhecer, a menina mais pura que ele já vira. Ele tinha namorada, mas isso nunca o impedira de estar com outras mulheres, e mesmo que ela quisesse negar, prestar o serviço de amante a enlouquecia e o perigo de cada encontro era excitante. Ele era fogo e ela era gasolina... Mas o que acontece quando o Fogo encontra a Gasolina?

Capítulo 1 Uma Boa Menina

Alguns são considerados estudantes, outros são apenas alunos e boa parte deles, apenas frequentadores de escolas. Instituto Imperial Celius. Uma das escolas mais caras e populares de Nova Iorque. Renomada e muito bem qualificada, somente os melhores ou os mais ricos poderiam estar ali, os pais literalmente faziam qualquer coisa para garantir uma vaga para seus filhos ali, ter aquela escola em seu histórico era praticamente uma passagem garantida para qualquer universidade, mas alguns alunos não estavam mantendo a média alta como deveria ser.

O sinal tocou anunciando o termino das aulas daquele dia.

— Senhor Jones, permaneça em sala de aula mais um minuto, por favor! – a voz do Sr. Davis ecoou até os ouvidos do loiro o fazendo dar um breve suspiro de tédio e voltar a se sentar em uma cadeira qualquer – Senhorita Miller, você também.

Após a saída de todos da sala, os três permaneceram ali. O Sr. Davis chamou o loiro para que viesse para uma cadeira mais a frente, ele veio arrastando os pés como se seu corpo estivesse mais pesado que o costumeiro.

— Bem, Sr. Jones, eu o chamei aqui para tratar de suas notas. – falou calmamente – Sua situação não está muito boa, e se não melhorar vai acabar sendo expulso da escola!

— Não pode me expulsar! – exclamou o loiro – Meu pai paga muito bem as mensalidades, que, diga-se de passagem, são bem caras!

— Sr. Jones, não se trata disso, suas notas estão baixas e em dois meses todas as escolas do país passarão por um teste muito importante e não queremos que o senhor nos prejudique! – o tom do homem de cabelos esbranquiçados se elevou um pouco enquanto olhava fixamente para o rapaz de olhos azuis.

— E o que eu tenho que fazer? – o loiro perguntou.

— Bem, essa é Regina Miller, a melhor aluna desta turma. – Davis falou apontando para a moça sentada na mesa ao lado – Ela vai te ajudar a recuperar suas notas e se preparar para o teste, e, além disso, você fará um teste individual alguns dias antes do outro teste, se você for aprovado, suas médias serão aumentadas!

— Eu não sou obrigado a isso! – o loiro respondeu com certa brutalidade.

— Se quiser permanecer nessa escola, é sim! – falou por fim – Bem, eu vou deixa-los a sós para que conversem e se conheçam, passarão muito tempo juntos já que vou colocar os dois na mesma mesa! – o professor informou em tom de brincadeira e espontaneidade, saindo da sala logo em seguida.

O loiro soltou o ar preso nos pulmões em sinal de desgosto, viu o homem sair pela porta e colocou os pés que antes estavam sobre a mesa, no chão.

Ficou em silencio alguns instantes e logo depois olhou para a moça próxima a ele. A olhou de cima a baixo analisando cada centímetro do que via, deu um sorriso de canto ao finalmente olhar nos olhos da mesma.

— P-por que e-está me o-olhando desse j-jeito? – a morena perguntou constrangida pelo olhar.

— Estou imaginando como você ficaria sem esse uniforme. – respondeu descaradamente.

Já comentamos aqui que Nathan Jones não tem uma única gota de vergonha na cara? Pois é, ele não tem!

A morena agora estava ainda mais vermelha após ouvir a frase proferida pelo loiro. Se encolheu na cadeira e abaixou a cabeça envergonhada.

— Eu só falei o que pensava, me dá um desconto, pelo menos, eu sou sincero! – Nathan soltou um riso nasal e a olhou de canto, Regina permanecia parada. – Bem, já que você vai me “ajudar” – abriu aspas com os dedos – A passar nesse tal teste e como só temos dois meses até lá, então vamos começar logo, tenho que me manter nesse colégio ou meu pai me manda para o colégio militar!

— P-podemos co-começar quando v-você quiser. – Regina respondeu baixinho.

— Acho que na minha casa seria uma boa. – comentou – Não, melhor não, os empregados são muito bisbilhoteiros e iam ficar ouvindo atrás da porta.

— T-tudo b-bem, n-nós só vamos e-estudar.

— Esse que é o problema! Você não entenderia, mas vamos fazer assim, eu vou na sua casa, hoje à tarde. – falou e logo se levantou pegando suas coisas e indo em direção à saída.

— N-não v-vai p-perguntar meu endereço?

— Não precisa, eu sei onde você mora, Miller. – respondeu já do lado de fora da sala.

Ambos foram para suas casas, na saída do colégio como de costume o motorista da família Miller esperava por Regina.

Nathan pegou seu carro e dirigiu até sua casa.

(...)

Já em casa Regina caiu por sobre sua cama, as bochechas ainda estavam avermelhadas pela lembrança do loiro, sorriu boba lembrando-se do que ele dissera. Será que ele gostou dela?

— Eu sou bonita? – perguntou a si mesma indo em direção ao espelho da penteadeira.

A moça não era popular entre os alunos, entre os professores sim, mas entre os alunos nem um pouco. Não tinha namorado, ninguém nunca se interessava por ela, sempre esteve ali, quieta e sozinha, convencida de que a solidão era um lugar mais apropriado para alguém como ela, que não era interessante o suficiente para ter boas companhias.

Em sua casa Nathan estava deitado em sua cama, em mente tinha a imagem da moça que havia visto mais cedo. Não aparentava ser muito bonita, escondida atrás dos óculos e do casaco e sem nenhuma maquiagem. Mas aqueles olhos tão claros e brilhantes... No fundo, sabia que Regina tinha sua beleza, todavia, por algum motivo a escondia dos outros e apagava a si mesma. Não era a pessoa mais sensível do mundo, mas era bom em saber quando alguém tinha um segredo.

Tomou um banho e desceu para o almoço. Não tinha ninguém em casa, por isso comeu sozinho e retornou ao seu quarto.

Mais tarde o loiro tomou outro banho, perfumou-se com um perfume amadeirado e vestiu uma camisa azul e um short branco com bolsos frontais. Pegou as chaves do carro e tomou rumo até a garagem e depois foi para a casa dos Miller.

Não era muito longe dali, por isso não demorou muito para chegar, ele já sabia o endereço, era amigo de Noah Miller, que também vivia naquela casa, ele já havia estado naquela casa várias vezes, mas Regina sempre estava trancada em seu quarto, por isso nunca haviam se visto ali, mas Noah já havia lhe falado da prima.

Minutos depois ele já estava na entrada da casa dela, os empregados já o conheciam, por isso logo lhe abriram as portas. Ele estacionou no jardim e entrou na casa.

Perguntou a uma das empregadas onde era o quarto da morena, e muito desconfiada ela o respondeu, ele subiu até lá.

Bateu na porta, alguns segundos depois ela veio e a abriu. Ele entrou e fechou a porta atrás de si passando a chave.

— P-por que trancou a a porta? – ela perguntou ao reparar no que ele havia feito.

— Por nada, só tranquei, assim ninguém nos atrapalha, nos “estudos”. – sim, a palavra estudos saiu com extrema ironia.

O quarto de Regina era espaçoso e nele havia uma mesa que a mesma usava para estudar. Lá haviam vários livros também, a morena gostava muito de ler, basicamente, ler era a única coisa que ela costumava fazer em seu tempo livro.

Sentaram-se ali em uma das almofadas, era uma mesa de pernas curtas, por isso não era preciso cadeira para assentar-se nela. Regina abriu o primeiro livro, na capa estava escrito “Biologia”. Biologia, uma palavra peculiar, não é? Bio, vida, logia, estudo, estudo da vida, mas que vida? Uma vida cientifica cheia de fatos e coisas complicadas, somos 50% mamãe, 50% papai, 100% nós mesmos, por que então complicar tanto?

— Odeio essa matéria. – Nathan quebrou o silencio que se formara – Cheia de coisas chatas e complicadas, de que importa saber que era um espermatozoide, depois um zigoto e por fim um feto, quando na verdade o que importa é o bebê em si? – ele expeliu toda a sua opinião, revelando o quanto estava desinteressado pelo que estudariam.

— A-até que você sa-sabe um pouco sobre biologia. – Ela deu-se a chance de rir um pouco pelo que ele dissera.

Ele a olhou dando aquele sorriso, daquela forma ela parecia bonita, sim, ela tinha um sorriso encantador.

— Miller. – ele a chamou. Ela o olhou. – Quantos anos você tem?

A pergunta era um tanto estranha, mas Regina logo o respondeu.

— 18. Por quê? – ela perguntou meio que sem querer, mas perguntar o porquê daquela pergunta se fazia necessário.

— Você tem um sorriso de criança, inocente. – e foi essa sua resposta, eu julgaria uma boa resposta.

— Hmm.. – ela soltou esse pequeno som como resposta, fazia sempre isso.

— Gosto disso, é bom estar com pessoas assim, que exalam pureza. – ele sorriu de canto, ela ficou um tanto mais vermelha com a frase.

Uma das mechas soltou-se de seu cabelo, ele lentamente pôs sua mão no rosto da moça e colocou a mecha de volta. Ela olhou de seus olhos para o chão duas vezes, ele sorriu e se aproximou da mesma.

— Escute Regina, você já deu seu primeiro beijo? – foi uma pergunta ainda mais indiscreta, porém ela respondeu negando com a cabeça lentamente. Ele sorriu de canto para ela e aproximando-se de seu rosto sussurrou – Gostaria de dar?

Regina mudou de cor três vezes antes de responder, na verdade ela nem sabia o que falar. Queria dizer sim, mas não tinha coragem de pronunciar uma única palavra, queria dizer não, mas se negava até a isso. Ficou parada, simplesmente parada sem nenhuma ação. Ele nem a conhecia, mal sabia sobre ela, imaginou que ele estivesse brincando com sua cara, por que ele queria beija-la?

— Na-Nathan. – ela soltou o nome do loiro de forma lenta e gaguejada, mas que aos ouvidos dele soaram da forma mais sexy que Regina jamais poderia imaginar falar.

Ele não mais lhe esperou resposta, simplesmente tomou seus lábios e eles eram mais macios que o imaginado. Ele não podia crer que a boca que a minutos pronunciava seu nome fosse tão doce e saborosa como estava sendo. Ela não acreditava que ele estava a beijando de verdade, isso não podia ser real! Um dos caras mais populares e bonitos da escola estava sendo responsável pelo seu primeiro beijo!

Ela estava tímida, porém aos poucos sua língua tomou movimento e devagar ela tomou o ritmo dele. Ele colocou uma das mãos na nuca da mesma e afastou seu cabelo para trás. Ela estava tremula, mas adorava aquela sensação.

O beijo foi acabando pela falta de ar de ambos e sendo assim finalizado com um selinho que deixava para trás aquele gostinho de “quero mais”.

Ambos ainda possuíam a respiração descompassada e acelerada. Regina já passava da cor escarlate e Nathan podia sentir seu corpo arder.

— Nathan. – ela novamente pronunciou seu nome, aquela pequena boca a silabar seu nome era demais para ele, ela era mais do que imaginava. Falar seu nome soava ainda mais inocente e excitante, ele já podia sentir seu lado masculino acordar.

Ele levou suas mãos novamente até ela e estranhamente retirou os óculos da mesma, ele queria ver seus olhos de forma mais clara. Ela tinha um rosto lindo.

— Você tem belos olhos, Miller, não deveria usar óculos, você não precisa deles, tem uma visão perfeita. – como ele sabia daquilo? Por que disse dessa forma?

— C-como sabe di-disso? – ela perguntou sem entender, ele havia acertado, ela não precisava daqueles óculos.

— Vi você sem eles na aula educação física ontem. Você não espreme os olhos, então não precisa deles, os usa para se esconder.

— Já ti-tinha reparado em em mim? – gaguejou ao perguntar.

— Sou um ótimo observador.

Houve silencio por alguns segundos, Regina não sabia o que falar, nem como continuar aquela conversa, ela nunca foi de conversar muito, ele estava ali para estudar, não para saber mais sobre a vida dela, não entendia como havia chegado nesse ponto.

— V-vamos voltar a a estudar. – ela se virou para a mesa e novamente abriu o mesmo livro. Estava sem jeito.

Mas ele segurou seu braço e a virou de volta para ele, ela não entendeu. Iria abrir a boca para falar, mas ele segurou seu outro braço e pondo um pouco mais de força a colocou em cima da mesa e por fim ficou sobre os joelhos para ficar a sua altura.

— Você vai me ensinar matérias e eu quero te ensinar prazeres... – foi o que ele disse antes de tomar seus lábios novamente.

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