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MENINA INOCENTE•VOU DEVORÁ-LA

MENINA INOCENTE•VOU DEVORÁ-LA

M.BRITO

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46
Capítulo

Bella Aleixo é como qualquer outra adolescente com problemas comuns como servir de chacota por outros que se sentem superiores. O que ela aprendeu a ignorar com perfeição as afrontas e vergonhas que passa, mesmo que doa profundamente passar por situações absurdas. Ela já estava conformada com sua vida. Até tomar uma atitude que mudara complemente sua rotina. Uma denúncia, um pequeno engano, resultou num encontro "explosivo" com um homem tão quente, e perigoso, provocando todos tipos de sentimentos, e loucos desejos, e o inevitável amor pelo seu vilão. Marco Fox foi marcado pela dor da perda, por anos se entregou a profunda escuridão, matando pessoas para seu deleite. Enfrentando um processo de recuperação, busca reparação. Usando seu obscuro divertimento ajudando pessoas que sofrem nas mãos dos "maiores". Liquidando qualquer um. Diante de uma pequena menina,  sentiu o mais profundo e inexplicável desejo, chegando a sentir e viver o que jamais imaginou, vivenciar um amor.

Capítulo 1 MAL ENTENDIDO

" Não te ensinaram que existe um mundo dentro de cada um de nós e que está tudo bem não se encaixar no mundo do outro "

~●~●~●~

Entretida arrumo o quarto de Everton, sossegada por ele não estar aqui. Vejo no relógio que há em cima da cômoda que falta pouco para ele chegar, apresso-me para sair dali.

— Porque a pressa?

Levo um susto ao vê-lo encostado na porta, ajeito o último travesseiro em cima da cama. Dou um sorriso calmo para ele que me olha dos pés à cabeça.

— Tenho que ir para casa.

Pego a vassoura e o balde com um pouco de água.

— Cuidado, pode estar liso.

Avisei. Caminhei para sair do quarto, sinto medo de Everton .

— Licença — peço.

— Fica comigo — diz ele.

— Já é tarde — não encaro ele. — Minha tia já pode ter chegado em casa.

Everton sem dar ouvidos ao que disse, tirou a vassoura da minha mão, depois o balde, os colocando no canto. Meus lábios moveram-se para protestar sobre o que ele começava a fazer, mas não conseguia. Ele passou suas mãos por minha cintura, pegando na bainha do meu vestido começando a levantá-lo. Toda vez que vinha aqui ele fazia isso comigo, nunca conseguia dizer nada.

Sabia o que viria a seguir, ele me deixou apenas de calcinha, trancou a porta e tirou sua calça. Começou a mexer no seu pau, secando meu corpo, era horrível aquela cena para mim. Quando me pedia para tocar em qualquer parte do meu corpo, fazia por medo dele ser agressivo.

— Já fizemos muitas vezes isso, só o básico.

Disse ele após soltar um líquido por seu pau.

— Eu realmente preciso ir, Everton .

— Dei permissão para me chamar pelo nome?

Seu tom de voz mudou ao me corrigir. Peguei com cuidado minha roupa que estava no chão.

— Senhor — sussurrei trêmula.

— Não tenha medo, preciso me desestressar, o treinador estar pegando no meu pé.

Maneirou em sua voz, voltando ao normal. Mas era tarde para tentar ser gentil.

O capitão do time da escola, onde infelizmente também estudava, me classificava como a menina invisível, já ele o cara popular que arranca suspiro de todas, com excesso de mim que não sinto absolutamente nada, além de medo e nojo.

— Por favor!

Supliquei, quando apertou meus pequenos seios em suas mãos, me machucando. Depois sua boca cobriu um lado deles, mordendo, quis gritar, sentia nojo daquele toque.

— Para! — pedir novamente.

De repente sentir minha pele queimar do lado esquerdo do meu rosto. Meu rosto virou para o lado, quando bruscamente fui atingida por um tapa.

Tampei o lado do meu rosto, assustada. Não devia ter vindo aqui, não tenho necessidade de trabalhar, minha tia me dá tudo que preciso, assim como meu tio. Ele é diretor da escola, por sua causa estou a estudar nele, não teria condições de pagar nem a metade da mensalidade.

— Fica calada vadia.

Minha cabeça girou agitada, ele ia me estuprar. O choro instalou-se à entrada da minha garganta, dando sinal que sairia.

— Everton , que barulho é esse?

Olhei para a porta sentindo alívio, agradecendo a Deus. Ele se virou para a porta, para responder a sua irmã. Sem perder tempo, me vesti rapidamente, quando ele a abriu, estando de costas para mim, passei rapidamente por baixo da perna dele, fugindo daquele pesadelo.

— Bella!! — a irmã dele me chamou.

Não parei para dar explicações, desci as escadas apressada para sair dali.

~●~●~●~

Andei apressada pela rua escura, devia passar das 20:00hrs aqui não era seguro pelo dia, e pela noite era ainda mais. Apertei meus braços em torno do meu corpo, para aliviar o frio e o medo, meu coração ainda estava acelerado.

Sei que não posso andar por aqui, mas precisava,para chegar em casa antes da minha tia. Jenna me criou desde quando era um bebê, minha mãe faleceu quando ainda era de colo, ela era a irmã mais velha dela que não me desamparou. Mesmo sendo nova, se responsabilizou por mim.

Quero o dinheiro da faxina que fiz para dar a ela um presente. Não quero pedir dinheiro para Teodoro, ele faz muito por mim.

Confiro os passos que dou, para distrair-me. Chego na parte que mais me dá medo, sei por ser o único a ter um pouco de luz. O pequeno bar dos Serpentes, um lugar cheio de caras mal encarados, que fazem maldade pelo prazer de ver suas vítimas sofrerem. A relatos de muitas meninas que foram abusadas, e milhares que morreram. É o que ouço a respeito deles.

O jeito mais eficiente para passar por aqui é correndo. Respirando fundo. Observei o lugar, não há movimento algum. Fechei os olhos, conferir: 1, 2 , 3…

Minhas pernas travaram quando ouvi de repente o som de vozes alteradas, voltei rapidamente para trás, me abaixando, fiquei entre as latas no canto. Vários homens saíram de dentro do bar.

Meu Deus! Fiquei apavorada.

Coloquei as mãos em minha boca quando vi eles arrastando uma menina pelo chão. Os gritos dela eram altos, e nenhum deles se importavam.

Minhas pernas estavam paralisadas. Assim como meus olhos na cena, a garota começou a ser espancada, os chutes eram fortes, eles batiam sem se importar onde pegasse.

Um deles começou a tirar as roupas delas, a levantando como se fosse uma pena.

Eles iam estuprar ela….. Meus lábios tremiam.

Remomerisei a cena com Everton , ela precisava de ajuda assim como precisei. Não havia nada, nem outro ser vivo aqui perto, e duvido que ajudaria a menina. As casas eram afastadas umas das outras.

Prestei atenção que havia mais dois homens próximos da entrada. Deviam ter saído agora, não conseguia entrevê-los com clareza, mas podia afirmar que eram altos.

— Acabem logo com isso.

Uma voz grave em tom alto, ressoou meus ouvidos, deixando-me arrepiada. Meu peito doeu ao ver eles a colocando de quatro, na rua suja, meus olhos embaçaram pelas lágrimas que derivaram pelo meu rosto.

Desesperada me levantei do canto onde estava, batendo com meu braço no latão, movimento esse que foi ouvido pelos homens ruins, que abusavam da menina.

Sem esperar por qualquer atitude deles, sair correndo feito louca, não conseguia gritar para pedir ajuda, o que seria gasto de fôlego. Só me concentrei em não cair e ser a próxima a ser abusada. Não demorou para ouvir vários sons de pisadas atrás de mim.

— Não adianta correr, vadia.

Um deles disse, não queria olhar para trás, assim poderia tropeçar. Quando cheguei na divisa, havia duas opções para mim, continuar correndo ou me entregar, estava ficando sem fôlego, meu peito doía. Eles não estavam tão perto de mim.

Entrar na casa de Everton não estava em minhas opções. Corri por mais uns minutos, e senti um puxão em meu braço, o que me fez quase cair no chão.

— Roberta!

Minha boca foi tampada pelas mãos dela, e me puxou para o lado.

— Shiii! Eles vão nos ouvir.

Fiquei quieta vendo os homens passarem despercebidos por nossa presença no canto escuro. Quando vi que todos passaram, me levantei, mas voltei novamente quando o farol de carro iluminou parte da rua, era um carro preto.

— Quer morrer, Bella, e me lavar junto também?

Murmurou Roberta queixando-se comigo.

— Não..

— Vem aqui!

Parou de chamar minha atenção, quando viu a forma que estava. Minhas mãos tremiam.

— Sossegue, eles já foram.

Acalentou-me como se eu fosse um bebê, chorando por estar com fome.

— Vamos para casa.

Disse serena. O jeito costumeiro de Roberta era ser indelicada tanto nas suas palavras como nas atitudes, somente eu desfrutava do seu lado meigo.

Nós crescemos juntas, éramos vizinhas, hoje moramos juntas, após o falecimento da minha mãe, a mãe dele foi embora e a deixou com minha tia, o motivo da sua atitude eu desconheço.

— A menina Roh, ela ainda deve estar lá.

— Bella, não há nada que possamos fazer.

— Claro que tem, ela precisa de ajuda.

Um suspiro alto escapou dos lábios dela, sabia que ia tomar uma atitude a respeito.

— Vamos à delegacia, eles vão saber o que fazer em relação a menina.

Concordei com ela.

— Ande rápido, não quero esbarrar com aqueles homens.

À delegacia não ficava muito longe dali, e nunca os vi fazendo nada, por nunca ter um álibi. Os vários casos daqui, nunca foram resolvidos, e esperava que por ter um testemunha, eles fariam alguma coisa.

— Porque seu vestido está do lado avesso?

Roberta me parou, virando-me para ela passando as mãos pelo meu corpo.

— Sabe que sou desatenta nas coisas, nem reparei isso.

Não queria falar sobre o acontecimento na casa de Everton , aquele não era um bom momento. Se tratando de Roberta , ela seria capaz de matar ele.

— Tem certeza disso, Bella?

— Tenho Roh.

— Estava na casa dos Araújo?

— Sim.

Por seu olhar desconfiado, constatei que ela não acreditou no que disse.

~Quebra de tempo~

Quando chegamos em frente da delegacia, veio a insegurança em entrar e contar o que vi. Oscilante caso eles tenham me visto perfeitamente por estar escuro.

— Ainda quer fazer isso?

— Quero, mas, estou com medo. Eles podem me reconhecer.

As imagens da menina se repetem em minha mente.

— Eles não viram você, e a gente já demorou muito. A menina deve está morta, já fizeram o que tinham que fazer e pronto, só vamos perder tempo aqui.

Roberta surtou em suas palavras.

— Podia ser eu lá, sendo violentada.

— Pow! Isso não, você não.

— Vamos entrar!

Nunca havia entrado nessa delegacia, ela era a mais bonita da cidade, não entendia o porquê dela não ser no centro, e sim perto das ruas mais escuras.

Tem sentindo meu raciocínio?

— Querem fazer uma ocorrência?

Uma mulher de cabelo esvoaçante, perguntou educada.

— Tem uma menina na rua onde tem aquele bá, os homens de lá estavam espancando ela lá , e abusando …

Não tive controle em minhas palavras, ela saiu num desespero por lembrar da menina sendo espancada.

— Vocês tem que ir lá, ela corre perigo, aqueles homens.. eles vão terminar ..

Roberta segurou-me. A mulher que nos ouvia, guardou o papel que segurava, olhou-me estranho.

— Vamos para a sala do delegado.

Disse ela. A seguimos, passando pelo corredor, vendo alguns homens tomando café. A sala do delegado era a última.

•Hector Fox•

Uma batida ocorreu, a mulher abriu a porta, e entramos. Aferir meus olhos no homem sentado em sua cadeira, comendo pastel. Ele não nos comprimentou, somente fitou nossos rostos.

Sentamos em silêncio.

— Senhor, essa moça afirma ter uma menina na rua Cabral, sendo violentada.

O delegado deixou o pastel de lado, arqueou as sobrancelhas, fitou a mulher atrás de nós.

— Vai levantar esse traseiro dessa cadeira e fazer alguma coisa, ou vai continuar se enchendo de gordura?

Demorou para Roberta dizer alguma coisa, estava silenciosa demais.

À Íris azuis daquele homem fitaram Roh, que não se intimidou com a antipatia dele.

— Certeza menina?

— O nome dela é Bella.

Intrometeu-se Roh. Olhei suplicante para ela, para não entrar em confusão com um homem da lei.

— Bella, reconheceu alguém?

— Não, acho que não.

Ele ponderou, analisando-nos, em específico Roberta .

— Mande uma viatura para lá.

Ordenou ele, depois de uns longos minutos.

— A garota deve estar morta, pela tamanha pressa que vocês têm em fazer seu trabalho.

Não quis contestar Roh, ela estava certa. O delegado pouco milichou para o que falei, foi o que vi em sua face.

— Quem é você garota?

— A tinkerbell, não reconhece?

— Roberta , por favor! — tive que intervir.

— Roberta , se continuar fazendo suas gracinhas, passará essa noite atrás das minhas preciosas grades.

Avisou ele.

— Uma fossa é com certeza mais agradável que suas preciosas grades.

Rebateu Roberta . Os olhos raivosos dele ficaram nela, e ela não fez diferente.

Arreliada por Roberta , puxei sua mão, para tirar a atenção dela do delegado.

— Esperem lá fora — ele disse.

Respirei aliviada.

— Dêem os nomes de vocês para a mulher que as trouxe.

Balancei a cabeça.

— Não vamos dar nossos nomes completos.

— Roberta!

— Não somos obrigadas, sabe lá se esse homem é realmente um delegado.

Esbugalhei os olhos para ela, isso era uma acusação forte. Puxei Roh para fora daquela sala, a fim de finalizar aquela conversa, e evitar confusão.

— O que tem na cabeça?

— Só falei o que parece, Bella. Aquele homem tava se cagando para o que você disse.

Não quis discutir. Sentamos nas cadeiras duras, esperando pelo o que não sabia ao certo.

— Tia Jenna deve estar preocupada.

— Disse que hoje íamos a uma festa.

— Ela deixou?

— Claro, sou responsável com você.

Rir. Deitei minha cabeça no ombro dela, fechei os olhos, extraviada em pensamentos. Um deles foi lembrar de umas coisas pelas quais tia Jenna sempre me alertava sobre tudo que vimos, ouvimos e para quem contamos.

TÍTICA!!

— A gente precisa ir embora, agora!

Levantei e puxei Roberta que me olhou confusa, estava cochilando.

— Que foi Bella?

— Temos que sair daqui, antes.. ..

— Bella, tem uma pessoa que quer conversar com você.

À mulher que nos recepcionou disse, fechei os olhos.

— Essa pessoa tem nome? — Roberta perguntou.

Reparei pela porta da entrada da delegacia que havia um carro preto grande ali, ele não estava quando chegamos. Meu coração disparou.

— Ele faz parte da integração da Delegacia, é de confiança.

Respondeu a mulher.

— Confiante? Igual ao Hector Fox?

— Moça, esse seu deboche poderá ser sua ruína.

Estranhei o tom da mulher, que pareceu esquecer sua educação.

— Quero ir para casa.

— A conversa será breve.

Aceitei então ir com a mulher.

~●~●~●~

Mas uma vez fiquei sentada numa cadeira desconfortável. Esperando o tal homem. Aquela sala fazia-me sentir sufocada, presa, por ter somente a porta como saída.

O ruído da porta sendo aberto, despertou-me. Coloquei meu cabelo atrás da orelha num ato de nervosismo, as batidas frenéticas do meu coração, acredito que podiam ser ouvidas pela pessoa ainda não revelada.

— Você é a menina que afirma ter visto uma garota sendo violentada em frente ao meu bar?

Aquela voz grave ecoou novamente em meus ouvidos, causando o mesmo efeito. O arrepio em minha espinha, virei meu rosto para o lado, vendo a dono da voz.

Cabelos de cor semelhantes a um castanho avermelhado, olhos azuis claros, que me miravam. Voltei a olhar para frente, ouvir os sons de seus passos pesados, o ser humano gigante perto de mim, sentou à minha frente.

— Responda minha pergunta, menina.

— Não vi ninguém, senhor.

— Porque a denúncia?

Abaixei minha cabeça atemorizada por sua aparência bem-acabada.

— Senhor, quis dizer que não consegui ver quem estava fazendo aquilo com a moça.

Disse, escondendo o fato de reconhecê-lo pela voz dele.

— Olhe para mim!

Sem tardar, coloquei meus olhos nele. Sentindo tudo em mim despertar. Seus olhos repararam em mim, vagando por meu rosto, seguindo para baixo.

Inclinei minha cabeça para baixo, reparando que a alça do meu vestido estava para baixo, o levantei rapidamente.

— Esqueceu de se olhar no espelho? Seu vestido está do lado avesso, menina.

Perguntou, sem transparecer nada.

— Meu nome é Bella, senhor.

— Eu sei, Bella.

Se ajeitou na cadeira, parecia estar relaxado ali.

— Estava atrasada para meu trabalho, e não prestei atenção.

Expliquei, concentrando-me na parede.

— Em qual esquina dessa cidade você trabalha?

Minha mente desorganizada não conseguiu entender sua pergunta.

— Como assim, esquina?

— Que você faz seu ponto, trabalho de vagabunda, que dar a buceta em troca de míseros trocados.

Levantei injuriada por suas palavras chulas ao meu respeito.

— Vai chorar? Por estar falando a verdade.

Impedir que a lágrima caísse.

— Não sou uma vagabunda.

— O que fazia andando pela aquela rua escura?

Se pois de pé, apoiou suas mãos na mesa que tinha entre nós dois. Ainda assim era mais alto que eu.

— Estava indo para casa..

— E o que viu? Pense bem na resposta que vai me dar. Não tenho paciência com crianças. E sei que Jenna e Teodoro esperam por você e pela sua irmã postiça.

Entendi o que queria fazer.

— N-ão vi n-ada — gaguejei.

— O que você viu? — repetiu.

— Nada, nem ninguém.

Umas lágrimas vazaram de meus olhos, traçando a barreira que tinha para que não rolassem para fora. Quando vi ele saindo do seu lugar, corri para abrir a porta que descobrir estar trancada.

— Escute menina — tocou meu ombro, me virei, vendo-o perto de mim, batia em seu peito. — Olhe para mim.

Dessa vez não quis obedecer. O que fez com que ele mesmo levantasse meu rosto, ele aproximou o dele do meu, se abaixando. Aquela aproximação fez meu corpo ter um estranho efeito. Ele demorou uns segundos defrontando meu rosto.

— Vai me machucar? Minha família?

— Vai depender de você.

Remanejou.

— Não vi nada, nem ninguém naquela rua.

— Vai repetir isso na sua cabecinha, se souber que essa história anda na boca de outras pessoas, irei atrás de você, e fazer pior que com aquela pirralha que você quis tanto ajudar.

Se afastou, respirei atenuada.

— Pode ir embora — ordenou.

Peguei na maçaneta da porta, que agora abriu, não estava mais trancada. Olhei uma última vez para aquela figura tão bela e assustadora, sentir no fundo da minha alma que não seria a última vez que me encontraria com ele.

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