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A Segunda filha

A Segunda filha

Josi Veiga

5.0
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128
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Capítulo

O mundo que um dia a humanidade conheceu, deixou de existir. Nação se levantou contra nação, e uma terceira guerra mundial explodiu varrendo países e continentes, quase levando os humanos a extinção. Os que sobreviveram, se uniram criando um novo mundo, deixando para trás tudo que conheceram um dia...novos países, novas leis...um novo sistema de sobrevivência. Boullevard é o que um dia foi os Estados Unidos, um país do novo mundo, avançado em tecnologia e na ciência. Como todo novo sistema de poder, algumas coisas não mudaram...um conselho entitulado como" Gênesis" escolheu alguns membros de grande influência para manter a ordem em cada território. E Boullevard, é governada pelos membros masculinos da família Brannock. Os Brannock foram os criadores do sistema de, primeiros e segundos filhos, uma forma de manter sempre o controle de sua população...controlando a quantidade de novos nascidos, afinal, o mundo ainda estava se recriando...e a porcentagem não podia nunca subir. Uma muralha separa os primeiros filhos dos segundos filhos, e no meio dessa nova realidade...se encontra Adalind Harrington, uma segunda filha que não se conforma em como os Brannock controlam os segundos filhos do outro lado da muralha, mas sua irmã gêmea, Alicia, é a escolhida para se tornar esposa de Austin Brannock...e por amor a irmã, Adalind jurou não se envolver...mas as coisas irão mudar drasticamente.

Capítulo 1 Uma noiva na família.

Antes...

Quando se pensa em futuro, a imaginação vai muito além, raramente são pensamentos pequenos...mas grandiosos, a tecnologia em toda sua glória, carros voadores e muito mais.

Mas...além de tudo isso, a fome por mais poder cresce ainda mais. A humanidade estava indo bem, o mundo evoluindo a cada ano, mas não era o bastante. Uma luta por território se iniciou, país se dividindo em dois...até que a guerra veio.

Para alguns, não parecia ser tão grave, afinal, sobreviveram a duas guerras mundiais...uma terceira não seria o fim do mundo...erraram, e muito. O sangue inocente lavou pátrias inteiras, deixou crianças órfãs...quase não sobrando ninguém para contar a história. Bombas choveram dos céus, varrendo quase por completo a raça humana do famoso planeta azul. A fumaça, e o cheiro de carne queimada invadia as narinas dos que sobreviveram.

Os feridos eram atendidos por aqueles que, mesmo perdendo tudo...se uniram e ocuparam a linha de frente. Enquanto feridas eram limpas...e mortos enterrados, os que sobreviveram juraram, a humanidade jamais chegaria tão próxima da extinção novamente. Em um certo ponto do mundo, onde um dia foi conhecida como Ásia ocidental, um grupo de pessoas foi formado em um só propósito...recriar o mundo outra vez, se alto nomeando como " Gênesis"!

Famílias importantes passaram a contribuir com todo tipo de doação, os bens que não se perderam na grande guerra, agora eram usados para construir tudo outra vez. Mas o desejo por poder continuava tão vivo quando antes.

A linda e colorida Boullevard, que um dia foi conhecida como, Estados Unidos da América, foi deixada sobe os cuidados da respeitosa família Brannock, e não, não existia democracia...porque na visão deles, tudo já era tão perfeito como estava! No início não havia uma muralha, não existia os primeiros e os segundos filhos...todos partilhavam dos mesmo benefícios, mas a classe mais baixa passou a ser um problema com o passar dos anos.

Tudo estava se iniciando novamente, os recursos ainda eram limitados...e a forma que foi encontrada para não perder o controle das coisas, foi dividir o povo de cada país.

Os Brannock foram os criadores do sistema de sobrevivência que mudaria o rumo do futuro para sempre, e assim, também manteria a classe mais baixa sobre total controle agora. Uma muralha foi construída...dividindo Boullevard em dois, de um lado...ficavam os Brannock juntamente com os primeiros filhos, e do outro, os segundos filhos. O sistema deu tão certo, que outros territórios como, Coscóvia e Sovoy passaram a usar o mesmo método.

A cadeira de lider do país passava de geração a geração, entre os membros masculinos da família Brannock. Primeiros filhos se casavam entre primeiros filhos, era uma regra. E por muitos e muitos anos, deu certo...até agora!

Agora...

Adalind revirou os olhos pela pela terceira vez. Sua mãe não se cansava de dizer o quanto estava radiante, afinal...sua primeira filha estava prestes a se casar. Azária e Adalind são gêmeas idênticas, e por alguns minutos apenas, Azária venceu a irmã na corrida do nascimento e ganhou o título de primeira filha.

_Pare de revirar os olhos, Adalind!_ A voz doce de antes, agora soou áspera._ Deveria estar contente...é um momento muito importante para nossa família.

_Para nossa família?_Adalind ergue as sobrancelha incrédula._ Somos segundos filhos mãe, não a benefício algum...vivemos do lado errado da muralha.

Sua mãe sempre alimentava a ilusão de que um dia, passaria definitivamente para o outro lado de Boullevard...estava tão errada. Mesmo Azária tendo sido levada para o instituto Eva, assim como todos os primeiros quando alcançam cinco anos de idade, Evangeline, sua mãe... acreditava que o dia de atravessar os portões dourados da muralha chegariam, e assim ela poderia ter de volta a filha tão amada em seus braços novamente.

_Seu pai é o prefeito, Adalind, não é a toa que duas vezes ao ano atravessamos para o outro lado!_ Sua mãe levantou da cadeira irritada._ Minha filha...a sua irmã, irá se casar

_Com um primeiro filho_ Adalind suspirou_ Eu já sei...a senhora não se cansa de me lembrar.

_Não é qualquer primeiro filho_ E lá estava...o brilho em seu olhar outra vez._ Azária será a esposa de Austin Brannock...o homem mais importante de toda a Boullevard, me arrisco em dizer que, o mais influente do mundo.

Sua mãe fechou os olhos sorrindo, mais vez visualizando em sua mente...sua tão adorada filha, ao lado de Austin Brannock. Adalind aproveitou a deixa e se retirou da sala de jantar, estava feliz pela irmã...mas contava os minutos para esse casamento acontecer logo, e ela poder voltar a rotina de antes.

Seu pai, o prefeito, também compartilhava o mesmo sentimento que sua segunda filha, mas sua esposa tinha as unhas tão cravadas sobre ele...que no fim, ele sempre acabava cedendo aos caprichos e loucuras de sua mulher.

Adalind era uma jovem bonita, dona de um lindo par de olhos verdes esmeraldas, cabelos ruivos e um corpo bonito, exatamente como sua irmã, a diferença era que, Azária tinha os olhos verde folha...e quem as conhecesse bem, poderia notar uma pequena diferença de tonalidade em seus cabelos, os de Azária eram um ruivo vivo...cor de fogo, já os de Adalind era um ruivo um pouco escuro. Ambas haviam acabado de completar vinte e dois anos.

_Bom dia senhorita Harrington_ A jovem sorriu para seu artista de rua preferido_ Fiquei feliz com a novidade, espero que a senhorita Azária esteja feliz.

Adalind desacelerou o passo e se aproximou do homem. A movimentação na avenida estava mais tranquila.

_Agradeço_ Ela se sentiu no banco ao lado do homem_ E sim, ela deve estar muito feliz. Como vai a família?

O pobre homem baixou o olhar, seus dedos seguraram o velho violino com força.

_Juliette continua com as mesmas dores no estômago_ Ele desviou o olhar para não ser flagrado chorando pela jovem _ Os remédios que conseguimos comprar não ajudaram muito.

_Já a levaram para o hospital?_ Adalind pergunta aflita_ Walt pode examiná-la outa vez.

Walter era o único membro da família Brannock a viver entre os segundos filhos. Se tornou segundo filho quando seu pai se casou. Walter era fruto de uma aventura que seu pai teve com uma primeira filha, e como não eram casados formalmente, assim que seu pai se casou com uma mulher que, aos da família Brannock...era digna e da alta sociedade e com ela teve um filho, Walter foi considerado um segundo filho por inferioridade de nascimento. Sua mãe foi proibida de atravessar a muralha para acompanhá-lo.

_Não a mais dinheiro para continuar o tratamento_ O homem secou os olhos com as costas das mãos. Minha filha Juliette não aguenta de dor.

Adalind se levantou e puxou o homem para cima, o pondo em pé.

_Vamos até o hospital_ Ela o encarava nos olhos _ Juliette vai melhorar...vou me responsabilizar pelo tratamento médico dela.

O homem caiu em prantos...sua filha iria deixar de sentir tanta dor!

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