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Romeo & Julian

Romeo & Julian

XxluarxX

5.0
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5
Capítulo

"Isso era o que eu queria encontrar. Amor verdadeiro. Do tipo que te faz querer lutar por ele, que você sempre coloca em primeiro lugar. Que te faz querer ser bom e melhor." *** Romeo é um atleta habilidoso e atraente que se destaca no Instituto Montéquio como líder do time de futebol. Ele é bem conhecido por sua popularidade entre as garotas e é frequentemente o centro das atenções. Por outro lado, Julian é um simples aluno do segundo ano na escola rival, Capuleto. Ele é um estudante esforçado, mas não possui muita notoriedade no ambiente escolar, e muitas vezes passa despercebido pelos demais alunos. Com o início das aulas, um Baile de Formatura e uma semifinal de futebol se aproximando, ambos os garotos precisam enfrentar desafios quando sorrateiramente o destino os une por uma linha tão tênue de amor. Como eles lidarão com a pressão de tudo e ainda manter os seus corações e mentes em ordem? A tensão entre as duas escolas rivais só aumenta, e eles precisarão de coragem e determinação para superar os obstáculos que surgirão em seu caminho. O que há de pior do que amar o inimigo?

Capítulo 1 o tumulto.

Epígrafe.

"... e eu lembro quando eu o conheci, ficou bem claro que ele seria o único para mim e nós dois soubemos disso, imediatamente. E com o passar dos anos, as coisas ficaram mais difíceis - nos deparamos com mais desafios. Eu implorei para ele ficar. Eu tentei lembrar o que tivemos no começo... ele era carismático, magnético, elétrico e todos sabiam disso. Quando ele passava, a cabeça de todas as mulheres viram-se para vê-lo e conversar com ele. Ele era esse híbrido, essa mistura de homem que não pode conter-se só. Sempre tive a sensação de que ele se dividia entre ser uma boa pessoa e perder todas as oportunidades que a vida poderia oferecer a um homem tão magnífico quanto ele. E desta forma, eu o entendia e eu o amava. Eu o amava. Eu o amava. Eu o amava... e eu ainda o amo, eu o amo." - Lana del Rey, National Anthem - Monologue.

***

Narrado por Romeo.

- Espero você que esteja feliz com o que fez. - meu pai se enfureceu enquanto eu sentava desafiadoramente no sofá, olhando para ele.

A minha mãe estava sentada em frente a mim em uma poltrona aparentemente nervosa enquanto ele andava pela sala de estar com raiva.

- Você não está? - ele insistiu de repente, parando para olhar para mim, com olhos esbugalhados.

- Não. - eu disse com raiva. - Eu estaria feliz se tivesse mandado aqueles Capuletos retardados para o hospital, mas eu fui interrompido antes disso...

- Nem comece. - o meu pai resmungou.

- Ah, querido. - a minha mãe murmurou em seu canto, e ambos nos viramos para ver a quem ela se referiu com o "Ah, querido".

Seguimos o seu olhar para a televisão muda, onde estava passando o noticiário local. Meu pai pegou o controle remoto e aumentou o volume.

"...uma briga violenta teve início hoje aqui entre estudantes das famosas escolas rivais da região, Capuleto e Montéquio. A qual a polícia está assumindo se tratar de apenas um conflito devido às tensões que se acumulam para as semifinais do jogo de futebol anual entre as duas escolas. Alunos do último ano de ambas as escolas parecem ter se encontrado fora do restaurante local de fast food, onde o clima de rivalidade explodiu e resultou em violência. O diretor da Escola Capuleto, Sr. Preston Escalus, chegou ao local e tentou acalmar as coisas, mas ele eventualmente teve que chamar a polícia. Tanto ele quanto a diretora do Instituto Montéquio, Sra. Priscila Escabel, ameaçaram expulsar qualquer estudante envolvido em novas brigas, e já suspenderam os estudantes envolvidos no incidente de hoje."

Meu pai diminui o som da televisão novamente com um suspiro de frustração.

- Pelo menos eles não te nomearam como líder de tudo. - ele murmurou.

- Uma pena. - eu murmurei de volta.

Meu pai se virou para olhar para mim irritado.

- São os seus últimos meses de aula no ensino médio. Você conseguiu três propostas de bolsas de estudo esportivas antecipadas em três grandes universidades. Você é o líder do time da escola. Por que você não pode só sentar e aproveitar esses últimos meses antes de ir para a faculdade? Porque assim que chegar lá, acredite em mim, você não vai mais ter essas pequenas vantagens de agora, não vai mais dar a mínima para Montéquio e nem mesmo reconheceria um aluno da Capuleto se esbarrasse com um pela rua! - eu sorri.

- É claro que eu reconheceria, porque eles imediatamente começariam a chorar e ligariam para os seus papaizinhos para virem lhes buscar.

Meu pai revirou os seus olhos, suspirando.

- Esse não é o ponto, Romeo! - ele engrossou a sua voz depois de um momento de incredulidade. Depois de mais alguns minutos de delírio sem sentido, ele me mandou ir para o meu quarto.

Acho que a minha cidade natal, Verona, praticamente mataria alguém de fora entediado com doses de nada emocionante, mas é grande o suficiente para exigir duas escolas de ensino médio, as quais compartilham de uma rivalidade amarga que remonta gerações entre as duas. Eu não tenho certeza de como isso começou - mas não por falta de tentativa para descobrir, isso tudo se tornou quase uma disputa de sangue nos últimos anos; geração após geração de famílias que vivem em Verona desde que a cidade surgiu começaram a enviar os seus filhos para a mesma escola que frequentavam, por isso se tornou o orgulho da família tanto quanto o orgulho da escola.

Eu estudo no Instituto Montéquio e, como o meu pai e o meu avô e assim por diante antes de mim, eu sou uma espécie de líder lá. Eu não só cheguei lá no ano de calouro e esperei que tudo fosse entregue a mim do jeito que foi, mas eu acho que assim que ficou claro que eu era inteligente o suficiente para tirar 10 e uma maravilha atlética - devido aos músculos que ganhei no segundo ano - as coisas vieram com muito mais facilidade. O nosso Baile de Formatura está chegando daqui a algumas semanas e eu já sou obviamente o Rei do Baile - mesmo que eu ache esse lance de coroa uma grande estupidez.

Eu também deveria estar pensando em quem eu vou levar para essa ritual estúpido, mas tudo o que consigo pensar ultimamente é o tradicional jogo de futebol de fim de ano entre Capuleto e Montéquio. Eu tenho um recorde quase perfeito em todos os jogos e tenho um pressentimento sério de que perder este jogo pode arruinar a minha vida. Isso, e, o fato de que a única garota que eu realmente quero levar ao Baile estuda na maldita Capuleto. Você acredita nisso? Eu a conheci há alguns meses quando estava pegando algumas coisas na loja da minha mãe. Ela estava meio que perambulando pelos corredores, parecendo perdida e eu sabia que ela não era de Verona, porque eu a reconheceria de algum lugar - como disse, cidade pequena.

Por ela ser bonita e eu essencialmente um cara legal, eu fui até ela e perguntei se ela estava bem, ela apenas sorriu tristemente e disse:

- Sim... - como se ela não tivesse certeza disso.

Então, eu coloquei as coisas que tinha pego no meu braço esquerdo e estendi a minha mão direita para cumprimentá-la, ela olhou para minha mão por alguns segundos antes de pegá-la.

- Sou Romeo. - disse eu, tentando ser amistoso.

- Rosalia. - disse ele e depois foi embora, embora eu estivesse esperando uma conversa.

Depois de uma extensa pesquisa no Facebook, eu consegui descobrir algo sobre dela e acho que eu meio que entendo agora o motivo dela estar tão triste. Eu encontrei a página do primo dela, um aluno do segundo ano da Capuleto que tem uma foto de gatinhos como foto de perfil, foi através dele que eu a encontrei. De qualquer forma, foi assim que fiquei sabendo que os pais dela sofreram um acidente de carro antes do Natal e acabaram não resistindo, ela tem sido mandada da casa de um familiar para outro até que finalmente se estabeleceu aqui com o cara com foto de gatinho e os seus pais. Eles a matricularam na Capuleto e agora ela está vivendo tristemente para sempre. O que realmente me fez sentir mal por ela.

Eu enviei uma solicitação de amizade para ela, mas ela recusou. Acho que ela não me reconheceu já que eu estou usando o meu capacete de futebol na minha foto de perfil, mas, novamente, quantos caras em Verona se chamam de Romeo? Isso mesmo, nenhum.

***

Narrado por Julian.

- Cara! - Nathan me empurrou por trás e eu quase caí.

Às vezes, eu realmente acredito no pensamento dele ser cego e esquece como eu sou fisicamente mais frágil do que ele.

- O quê? - gritei, tentando recuperar o meu equilíbrio.

- Você ouviu sobre o que aconteceu depois da escola hoje?

- Eles finalmente prenderam aquele zelador pervertido?

- Infelizmente, não. - disse Nathan gravemente e ambos levamos um momento para refletir, infelizes, sobre esse fato. - Mas, mais emocionante que isso, houve um tumulto do lado de fora do The Cube! - ele continuou.

- Um tumulto? - eu perguntei em dúvida.

Verona é uma pequena cidade que opera bem acima da linha da pobreza. Trinta por cento dos nossos alunos do ensino médio ganham carros turbinados com apenas 16 anos e uma viagem para o Spring Break nas férias. Não há muito pelo que protestar contra tão violentamente que levaria a um tumulto.

- Com tumulto você quis dizer que alguns adolescentes jogaram pedras na janela da frente do The Cube de novo, por que não serviriam cerveja de novo?

- Mais ou menos isso. Ouvi dizer que o time de futebol de Montéquio estava tomando seus milkshakes depois da aula e a equipe de futebol da Capuleto apareceu e tirou os milkshakes das suas mãos. Então Romeo, o líder dos Montéquios falou: "É melhor vocês comprarem outros milkshakes ou darem o fora daqui." o que achei bem justo, considerando que os milkshakes do The Cube são caros. Mas o seu primo idiota simplesmente pegou um copo de milkshake e derrubou sobre a cabeça de Romeo. E foi aí que a briga começou.

O meu primo Tyler é realmente um idiota. Quer dizer, eu acho que nós nos damos bem na maior parte do tempo, mas eu realmente levo em consideração que ele deve ter levado muitos golpes no campo de futebol ao longo dos anos, porque ele é meio burro feito um poste e não tem problema em exibir a sua idiotice em qualquer oportunidade.

- E então o diretor Preston apareceu e chamou o polícia, ele e a diretora Priscila suspenderam totalmente todos os envolvidos.

- Por quanto tempo? - eu perguntei, preocupado.

O Baile de Formatura da nossa escola estava chegando em algumas semanas e Tyler estava de olho na coroa do Rei do Baile, se ele fosse barrado de ir, tenho mais que certeza de que ele ficaria maluco.

- Apenas alguns dias - disse Nathan sem rodeios, como se não fosse esse o ponto. O que eu acho que não foi.

Nós estávamos andando em direção a minha casa enquanto conversávamos, puxei as minhas chaves do bolso quando nós dobramos a esquina. Acho que é melhor eu explicar a situação da minha família antes de irmos mais além, porque é complicada.

Então, Nathan está dois anos à frente de mim na escola e ele é filho adotivo dos meus pais, o que nos torna quase irmãos. Os meus pais o adotaram quando eu tinha apenas três anos e, apesar da diferença de idade, somos melhores amigos desde então. Ele visita os seus pais biológicos de vez em quando, mas eles não têm realmente feito um grande esforço para parar de usar drogas o tempo todo e mesmo que Nathan tendo quase dezoito anos, ele não tem a mínima vontade de viver com os seus outros pais, na verdade, ele meio que os odeia.

Então, alguns meses atrás, a minha prima Rosalia se mudou para cá, depois que a minha tia e o meu tio morreram em um acidente de carro. Nunca conheci nenhum deles antes e Rosalia mal conseguia lembrar dos meus pais, foi um pouco estranho no começo, mas agora tudo parece estar se estabelecendo e todos nós nos damos muito bem - embora às vezes ainda a pegamos chorando no chuveiro, onde ela acha que não podemos ouvi-la, mas nós podemos. E também há o meu primo Tyler, também um dos formandos. Ele não mora conosco, ele mora no fim da rua com os seus pais, mas ele passa a maior parte do tempo na nossa casa, porque tem uma quedinha pela Rosalia - não se preocupe, eles não são parentes. Rosalia é sobrinha do meu pai e Tyler é sobrinho da minha mãe. Mas ainda, sim, é meio nojento e definitivamente ele não parece ser nenhum pouco o tipo dela.

Então é isso.

A minha família maravilhosamente quebrada.

- Então, você já decidiu quem vai levar ao Baile? - perguntei a Nathan, enquanto vasculhava a geladeira procurando algo para comermos.

Ele encolheu os ombros.

- Acho que eu vou sozinho. - disse ele, parecendo desinteressado. - Só vou ficar lá por uma hora e vou voltar para casa depois de qualquer maneira.

- É bom ver que você está realmente aproveitando bastante a sua experiência no ensino médio. - eu disse ironicamente o provocando, pensando em fazer alguns sanduíches para nós.

- Sabe, tanto faz. - ele disse rindo. - Uau, quão divertido vai ser quando eles coroarem Tyler e sabe-se lá quem ele tenha decidido levar como ele.

- Só acho que você deveria ter se candidatado totalmente para Rei do Baile. Você é tão popular quanto Tyler e as pessoas realmente gostam de você, diferente dele. E seria legal ver a cara de derrota de Tyler quando você ganhasse. - eu comentei, Nathan apenas revirou os seus olhos.

- Pare de flertar comigo, Julian, é inapropriado. - disse ele com uma voz falsa e séria, revirei os olhos de volta para ele.

Nathan e os meus pais são os únicos que sabem que sou gay - embora eu tenha certeza que Rosalia também está ciente disso, já que ela mora aqui agora - e mesmo que eles me zoem com isso às vezes, eles são de boa com isso. Quer dizer, meio que foi um choque no começo, pelo menos para meus pais - Nathan alega que ele sabia disso o tempo todo, mas eles não tentaram me mandar para um acampamento bíblico ou qualquer outra coisa e, na verdade, eles têm me apoiado bastante... no limite do que há para apoiar. Não contei a mais ninguém sobre a minha sexualidade, ainda nem mesmo tive o meu primeiro beijo com um garoto, muito menos relacionamento.

- Queria que você fosse ao Baile - Nathan continuou com um suspiro. - Vai ser mega chato sem você.

Como estudante do segundo ano não tenho permissão para participar, a menos que um formando me convide para ser o seu par e definitivamente isso não vai acontecer.

- Pare de flertar comigo, Nathan. - disse eu, provocando ele. - É inapropriado.

E então eu tive que saltar do meu banquinho para fugir das suas mãos ligeiras.

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