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Vida no Crime

Vida no Crime

Ana Elói

5.0
Comentário(s)
3K
Leituras
34
Capítulo

Me casar com um criminoso não foi uma das minhas melhores escolhas na vida, mas quando se ama a gente fica "cega". Já vi o Robert, matar, roubar, sair de situações difíceis e até mesmo na beira da morte. Nada me fez deixar ele, nada me fez desistir do nosso amor. Se ele me ama? Sim, mas do jeito dele. Se já me traiu? Já não tenho dedos suficientes para contar. Se mesmo assim amo ele? Ele me deu a coisa mais linda do mundo, meu filho. Mas não ache que sou uma i****a por ter continuado com ele, eu tentei ir embora com meu filho, mas Robert nos trouxe de volta contra minha vontade. E por eu tentar fugir à família dele ficou contra mim. As coisas vêm piorando, as brigas são constantes. Eu o amo! Mas não sei até quando aguento tudo isso. Não duvido pelo que sinto por ele mesmo com outro homem em minha vida. Ah, Oliver...

Capítulo 1 C1

Capítulo 1 – Reconquistá-lo

Acordei e olhei ao redor. Mais um dia. Me sentei na cama e abracei meu próprio corpo, não faço ideia de que hora seja, mas deve ser de manhã ainda. Pela janela dá para ver que o dia está lindo. Pude escutar o barulho do chuveiro o que significa que ele ainda não tinha saído. Que milagre. A maioria das vezes que eu acordo ele já tinha saído.

Eu e Robert dividimos o mesmo quarto, mesmo que não estejamos juntos de verdade, preferimos manter as aparências para outras pessoas e os empregados. Ainda mais na frente do nosso pequeno. Ouvi a porta do banheiro sendo aberta e abracei mais o meu corpo. Ele ainda tem tanto de mim e não vê.

– Você está passando mal? – Ele perguntou.

Gostaria que estivesse preocupado e que a resposta realmente fosse importante para ele, mas só perguntou por perguntar mesmo.

- Não. – Respondi.

Robert estava com a toalha envolta da cintura e entrou no closet. Não demorou muito e logo saiu usando uma cueca box.

- A noite terá uma festa para irmos. – Robert falou mal humorado como sempre. – Esteja apresentável. – Ele se sentou na cama de costas para mim.

- Alguma vez já te decepcionei nessas festas. – Falei irônica.

Eu sabia muito bem dos elogios que recebo quando vou nessas festas com Robert, principalmente dos seus amigos. Esses não poupavam elogios. As mulheres dos amigos dele ficam com raiva de mim só porque eu me visto bem e recebo elogios até demais. Tenho que concordar que alguns desses homens vivem fazendo elogios sem necessariamente e não respeitam a mulher que tem do lado.

- Você se acha demais...

- É apenas convivência com você. – Rebato.

Ele me olhou e sorriu malicioso.

- Aposto que queria ter convivência com meu amigo aqui...

Antes que eu pudesse falar algo, Robert subiu em cima de mim, prendendo minhas mãos no alto da cabeça. E mesmo que eu pudesse raciocinar o que ele faria. Robert começou a beijar meu pescoço e dando leves chupadas que com certeza ficaria marcas, Robert olhou para mim e pressionou seu membro contra minha intimidade me fazendo soltar um gemido.

- Você sempre será minha. – Sussurrou. – Mas eu já não sou seu e faz tempo.

Aquilo doeu, doeu muito e não consegui impedir de uma lágrima descer. Robert saiu de cima de mim e logo a porta foi aberta e o Gustavo pulou na cama.

- Bom dia, papai. – Ele deu um abraço no Robert. – Bom dia, mamãe. – Ele beijou minha bochecha e me olhou confuso. – Por que está chorando mamãe?

Robert pegou ele.

- Você já está acordado? Que milagre é esse? – Robert perguntou fazendo cosquinha no filho.

Robert poderia ser assim mais vezes em relação a mim, ser carinhoso, mas não. Parece que me deixar mal é o que mantém ele bem.

Precisava de um tempo para mim depois desse acontecido. Levantei indo no banheiro, tomei banho, fiz minha higiene e saí do banheiro enrolada na toalha. Robert e Gustavo não estavam mais no quarto, coloquei uma roupa fresca e fiz um coque no cabelo.

Eu sei que ele me ama só está com raiva ainda. Ele acha que vou tirar o Gustavo dele a qualquer momento só porque fiz isso uma vez. Mas eu quero minha família de volta, quero ele de volta e eu vou conseguir. Uma hora ele vai ceder e vamos ser uma família de verdade novamente.

Sair do quarto e fui para a cozinha comer algo, a casa está muito em silêncio, eles devem ter saído ou estão na piscina. Comi um sanduíche de frango e bebi um refrigerante e fui à procura deles, ficando parada aqui não vou conseguir conquistar Robert.

P.V. Robert

Vê-la sentada ali olhando para o nada me fez ficar preocupado, mas é claro que eu não iria demonstrar. Luíza não merece nenhum sentimento meu além de raiva. Logo respondeu minha pergunta e vi que ela só estava fazendo charme.

Hoje teria uma festa na casa do Caleb para nos distrair, só nessa semana conseguimos três carregamentos e todas foram com sucesso. Então merecíamos uma festinha para comemorar. Festas são sempre bem-vindas.

Luiza tem um corpo maravilhoso e confesso que estou com saudade, mas desde que ela tentou fugir e levou meu filho junto. Eu só a provoquei e deixo ela mexida, ela é minha querendo ou não e sempre será. O pior erro dela foi fugir tirando meu filho de mim. Isso eu não poderia perdoa assim tão fácil.

Agora tem que pagar as consequências, sorte que não matei ela só não fiz isso pelo nosso filho.

Peguei o Gustavo e fomos para a piscina, liguei para o Dennis para vim e em questão de minutos ele chegou. Deitei na espreguiçadeira enquanto o Dennis estava com Gustavo na piscina.

- Ah, então vocês estão aqui. – ouvi a voz da Luiza.

- Mamãe, eu estou brincando com o tio Dennis. – Gus falou todo animado.

Ela sorriu para ele.

- Oi, Luh, tudo bem? – Dennis falou.

- Tudo sim Dennis e você?

- Estou bem e você continua linda como sempre.

Luiza sorriu tímida pelo comentário do Dennis, desde que conheci a Luiza eu acho que ele é afim dela, mas ele deixa claro que não. Então por que tantos elogios?

- São seus olhos, Dennis, mas agradeço. – Ela sorriu e se sentou na borda da piscina.

- Minha mãe é gostosona tanto nos peitos quanto na bunda. – Gus falou piscando para mãe.

- Gustavo! – Ela o repreendeu. – Quem está te ensinando isso? Não quero meu bebê falando essas coisas.

Ele abaixou a cabeça. Por mais que o Gustavo tenha apenas quatro anos ele é bem esperto e aprende as coisas fácil, deve está claro que eu que ensinei, não é?

- Não chame o garoto assim, ele já está bem grandinho. – Falei rude.

Ela se virou e me olhou.

- Chamo o meu filho como eu quiser. – Respondeu no mesmo tom.

Luiza, a ousada está voltando?

- Vai afeminar o garoto...

- O que eu falo ou faço é pouco para as coisas que você ensina para ele.

P.V. LUIZA

- Mamãe, você está linda.

- Obrigada, meu amor.

Hoje optei por usar um vestido preto e um salto alto.

- Eu quero ir, mamãe. – Gustavo fez biquinho. – Leva eu, por favor.

Ai que coisa linda. Me abaixei para ficar na altura dele, hoje eu teria que resistir aos seus encantos.

- Mamãe não pode te levar a festa de gente adulta...

- Mas eu já sou adulto! – falou cruzando os bracinhos.

- Oh, não vou poder te levar hoje, mas prometo te levar no parque amanhã ou no shopping à noite. O que acha?

Ele parou para pensar.

- O papai vai ir?

- Se ele quiser...

- Tá bom! Shopping a noite e vou pegar várias gatinhas... – Lancei um olhar para ele. – Vou brincar muito no parque que tem lá.

- Isso aí. Agora vai procurar sua babá. – Falei sorrindo.

Ele saiu correndo do quarto logo sumindo de vista, me olhei no espelho e fiz um coque frouxo no cabelo.

- O que você prometeu para ele esquecer da festa?

O Robert apareceu no quarto, ele está usando uma camisa branca, calça preta e sapato preto.

- Como você sabia que ele queria ir? – Perguntei vendo o reflexo dele pelo espelho.

- Ele foi até a mim pedindo, eu não consegui dizer não. Então falei para ele ir falar com você. – falou dando de ombros. – E então o que falou?

- Prometi levar ele no shopping amanhã a noite e ele quer que você vá...

- Vou ver o que posso fazer. – Robert disse se sentando na cama.

- Pelo seu filho, com certeza você vai...

- E por outro motivo eu iria? – Perguntou debochado.

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