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Entre Anjos e Demônios: O Herdeiro do Purgatório

Entre Anjos e Demônios: O Herdeiro do Purgatório

Jean S.D

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2.3K
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63
Capítulo

Viver entre dois mundos diferentes e ter duas realidades sobre sua vida, pode sim chegar a te assustar em um mundo como este em que vivemos, já que será difícil escolher apenas um único caminho. Uriel, um jovem adolescente de quinze anos, terá que encarar os perigos de mundos desconhecidos junto aos seus amigos. A jornada para combater uma ameaça desconhecida, ajudará a retomar o equilíbrio entre os mundos, e finalmente, encontrar o seu verdadeiro eu.

Capítulo 1 Um Demônio !

Já estava anoitecendo, e eu como um ótimo adolescente de quinze anos, fui em um passeio com os meus amigos no shopping de Belo Horizonte. Nós caminhávamos pelos corredores e lojas caindo em risadas bobas, até que eu senti que alguma coisa ruim estava por vir...

Olá, eu me chamo Uriel, e sou uma aberração no sentido de anjos e demônios. Nessa historia, eu vou contar toda a minha trajetória enquanto estava no mundo dos mortais.

Para começar, vamos voltar um pouco antes de irmos ao shopping. Esses são Bárbara e Jack, os meus pais que eu tanto amo, e esse pirralho ali é o meu irmãozinho Nicolas. Todos vivíamos felizes em nossa casa, até que do nada as coisas começaram a ficar descontroladas.

Minha mãe sempre que brigava feio comigo por alguma bagunça ou outras coisas erradas que eu fazia, me deixava repleto de ódio, e parecia que eu não era o único sentindo o mesmo. Todos ao meu redor, menos o Nicolas, começavam a sentir raiva, desprezo e várias outras sensações negativas. Mas assim que me acalmava, as coisas voltavam ao normal. Com aquilo na cabeça, sempre tentei ficar calmo sempre que discutia com alguém para que aquilo não voltasse a se repetir. Era por esse motivo que quase todo dia, eu ia dar uma volta com meus amigos Luiz e Alyssa.

Aqueles dois aproveitavam o meu momento de “esfriar a cabeça” para ir ao shopping em Belo Horizonte toda vez em que saíamos. Até que em uma dessas idas ao shopping, senti uma presença desconfortável perto de mim, como se a temperatura estivesse cada vez mais baixa.

Deixei aqueles dois tagarelas conversando sozinhos e fui para o banheiro correndo, e com certeza essa foi a pior decisão que já tinha tomado até ali.

Assim que a porta se fechou, minha respiração ficou mais pesada. Quando inspirei, um vapor saiu pela minha boca como se estivesse em um grande freezer. Os pelos de todo o meu corpo se eriçaram devido ao medo repentino.

_Cara... Por que aqui tá tão frio?_ estremeci.

_Deixe de frescura Uriel... Um demônio de nível baixo como eu está te assustando?_ ecoou uma voz pelas paredes do banheiro.

_Quem está aí?!_ entrei em desespero._ Responda logo!

_Você ficou muito molenga desde a ultima vez que nos vimos... Está parecendo um franguinho assustado nessa forma. Mas não se preocupe, vou fazê-lo lembrar de mim rapidinho.

Eu estava virado para a porta quando vejo ela se abrir lentamente. Horrorizado com aquela cena, eu entrei em desespero e me escondi dentro de uma das cabines, onde subi no vazo em posição fetal e fechei a porta o mais rápido possível:

_Uri...eel_ chamou o demônio._ Você sabe que não pode escapar de mim, não é?

A voz aterrorizante ia passando de cabine em cabine com um som agoniante de garras arrastando no metal e na madeira. Quando a porta da cabine em que estava ia se destrancando sozinha, eu a empurrei com toda a força que consegui e sai correndo para a porta de entrada do banheiro.

Para o meu azar, algo com um toque tão congelante que chegava a queimar se agarrou minhas pernas, me jogando contra o espelho e o partindo em vários pedaços. Meu rosto e braços tiveram leves cortes, mais o suficiente para fazer sangue jorrar deles.

Ao me apoiar com a força dos braços e olhar para frente, uma névoa sombria formava uma leve silhueta macabra. Apenas os profundos olhos vermelhos que me encaravam se destacavam na névoa. Eu conseguia sentir apenas sofrimento, medo, ódio e tudo o que havia de ruim em um único ponto, e aquilo revirava meu estômago como se estivesse em uma montanha russa de Hallowen:

_Que patético da sua parte_ debochou o demônio._ Um anjo tão poderoso do falso Deus, reduzido a um garoto fracote e magricela.

_A-Anjo?!_ engoli em seco._ Mas como assim anjo?!

_É claro que você não se lembra_ concluiu o demônio._ Aquele idiota lá encima fez você apenas reencarnar em outro corpo. Já as suas memórias do passado... Foram reduzidas a nada.

_Olha, monstro demoníaco ou sei lá o que você seja_ tentei me recompor._ Eu não sou um anjo e muito menos fracote ou magricela.

_Você ainda não percebeu, não é?_ perguntou o demônio._ Somente seres como anjos, aqueles babacas com dons espirituais e o próprio falso Deus podem ver nós demônios. Mas pelo que vejo, parece ter algo diferente em você agora...

O demônio iria encostar suas mãos gélidas em mim, até que gritei:

_FIQUE LONGE DE MIM!!!.

Uma forte luz brilhou por todo o meu corpo, fazendo aquele feioso do demônio fugir imediatamente como um rastro de fumaça negra pela porta do banheiro.

Eu estava ofegante, e minhas mãos, estavam cheias de furos feitos pelos cacos de vidro no chão.

_Mas que...?

A exaustão tomou conta do meu corpo, e eu desabei sobre o tapete de cacos de vidro.

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