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Capítulo

Sinopse do 2 livro! PRESA A MÁFIA Um Romance Dark. By Maria Eduarda 5 anos tinha se passado desde o último acontecimento, mais nada mudou. Laura que tentou ser forte, se abalou, sua mente não era mais seu guia, havia perdido muito mais do que imaginou, os traumas ficaram piores, sua mente já não aguentava tamanha culpa, nunca contou para ninguém o que aconteceu aquele dia, evitava o assunto e fugia dele como o Diabo foge da cruz. Morava longe de todos e evitava contato, sua vida na Espanha era assim, solitária. Festas, bebidas e drogas eram suas novas companhias, a saudade de seus filhos era o pior incentivo, seu mundo tinha acabado aquele dia, não era mais a mesma. Cicatrizes na alma e no coração, seu amor já não era tão seu, foi roubado a muito tempo, triste era seu fim, o karma te acompanhava todos os dias, pior do que isso, era a culpa. Não entendia como sofria por alguém que foi tão doentio, ela se sentia sufocada, sentia suas mãos em seu corpo durante a noite, queria até mesmo que fosse real, queria senti-lo e te-lo uma última vez, mesmo sabendo que aquilo era impossível. Naquele dia ele não carregou apenas sua alma, mais o seu coração também, Vitor sabia fazer um estrago, não era apenas sua beleza que chamava atenção, sua presença era marcante, quem não conhecia tinha medo e quem conhecia tinha certeza que jamais deveria provoca-lo. Era a personificação do perigo, do próprio Diabo... Laura venderia sua alma para ele novamente, ela o amava e era doente pelo mesmo. O que ela não sabia era que seu inferno estava longe de acabar, tudo que plantamos aqui, também colhemos. Porque esse amor doentio Essa dor sem sentido. Uma pressão que corre nas veias Triste, Sofrido. Porque não posso esquecer Comandar os meus sentidos Viver com minhas escolhas. Esquecer o que nunca foi Merecido. Poema as Bruxas

Capítulo 1 TENTANDO UMA NOVA VIDA

LAURA

5 anos depois...

ESPANHA - MADRID

Aquele grande vazio sentido por mim durante tantos anos, muita coisa havia mudado, isso é fato, são cinco anos de uma vida amargurada, bebidas, festas e ressacas sem fim.

Devem se perguntar o que aconteceu depois de tudo, como estão todos, e eu os respondo, estão todos ótimos e felizes, menos eu.

Eu nunca mais fui feliz...

Já vai fazer 4 anos que moro na Espanha, aqui vivo uma vida agitada e de curtição, eu passei 1 ano inteiro internada em uma clínica e longe dos meu filhos, depois de todo acontecimento na Itália, eu voltei para França, mas aí as crises pioraram, eu via ele em todos os lugares, não dormia e nem comia.

Assim que saí da clínica me mudei, percebia o quanto fazia mal para as pessoas que me amavam, o que mais me doia de verdade era ter que ficar longe dos meu filhos, não pude vê-los crescer, Lucas controlava-me com mãos de ferro, não fazia nada sem passar por sua aprovação.

Em todos esses anos a relação do meu irmão e Stefane só se fortaleceu, eles tem um lindo menino que se chama Ricardo em homenagem ao nosso pai, moram na França na casa que era de nossa família, se casaram faz dois anos, Dimitri não facilitou muito suas vidas, mais com um grande sermão de Henrique assinou o divórcio.

Depois que saí da Itália, nunca mais tive contato com aquela família, mas não pensem que foi fácil assim, quiseram acusa-me pela morte dele, tive que fugir da Itália e agora vivo sob proteção de meu irmão, seu corpo nunca foi encontrado, o mar havia levado para longe meu eterno sofrimento.

Eu jamais esquecerei aquele dia, matar ele foi como liberta-me e depois joga-me no precipício.

Meus filhos estavam longes e protegidos, quando procuraram e não encontraram seu corpo, vieram atrás de seu herdeiro, Nicola. Queriam levar meu filho para assumir seu lugar por direito, jamais permiti isso, mantendo eles longe por segurança.

Suspiro sentindo a dor de mais uma ressaca, alguém bate a porta e eu reviro os olhos.

__Entra!_Digo para a pessoa do outro lado.

Leila, uma mulher que trabalha aqui em casa entra.

Leila: Telefone para Senhora._diz de forma séria.

__Quem é?_pergunto bebendo um pouco de água.

Leila: O seu irmão, Senhora. Vai atender?

Eu poderia mais uma vez fingir que não estou em casa, respiro profundamente e pego o telefone de sua mão.

Ligação on

__Sim?

__Onde estava? Estou a semana inteira tentando falar com você.

__Já está falando...

__Você vai voltar para França.

__Aconteceu algo?

__Sim, nosso tio Marcos morreu...

Um silêncio se fez presente na linha, meu coração se entristeceu, lágrimas pequenas saiam de meus olhos.

__Morreu?

__Ele estava muito doente, Laura...

__E você só me diz isso agora?

__Eu tentei falar com você a semana toda!

__Como ele está?

__Muito mau, fingindo ser forte...

__Eu embarco hoje mesmo, Tchau.

__Ok, Se cuida.

Ligação off

Soltei o telefone em cima da cama e suspirei triste, Meu tio Marcos era alguém importante para mim, como também era para os outros.

Eu não tive contato com Gustavo durante esses anos, só fiquei sabendo que ele tinha voltado para Rússia levando sua esposa, sei que ele tem uma menina que carrega o nome de sua mãe, Beatriz.

Forço-me a ser forte, seria difícil enfrenta-los depois de anos, tenho plena certeza que a família Greco estaria presente, e eles como sempre jogariam insultos diante de mim.

Entro dentro do banheiro e tomo um banho gelado, escovo os dentes e sigo para o closet, pego uma lingerie preta, uma calça de couro e uma blusa do mesmo material e visto tudo, meus cabelos agora em uma cor mais escura realçam minha juventude, um batom vermelho nos lábios e uma maquiagem marcante, era esse meu estilo agora.

Desço para o café da manhã e encontro Leila no final da escada, ela trabalha para meu irmão e é sua espiã, conta todos os meus passos.

__Pode arrumar uma mala com roupas para mim._Passo por ela e me sento na mesa.

Leila: Sim, Senhora._diz de forma forçada.

Meu apetite pela manhã não costuma ser grande, então como apenas uma maçã e tomo uma xícara de café, Leila desse as escadas segurando uma pequena mala.

Leila: Aqui está...

Agradeço com um aceno de cabeça e passo por ela pegando a mala, lá fora um táxi já me espera, o homem me ajuda com a mala e entramos no carro, o caminho é silencioso até o aeroporto, fico mexendo no celular e vendo algumas fotos que Teresa me mandou dos meus filhos.

Ela cuida deles, Teresa é de total confiança e ama meus filhos como se fossem dela, eu nunca soube a localização exata de onde estão, Lucas sempre escondeu isso de mim, segundo ele porque eu poderia ir atrás e entregar onde estão.

Ele nunca me perdoou por aquele dia.

Saio de meus pensamentos quando o motorista avisa que chegamos, pago sua corrida e desço pegando minha mala, o aeroporto está cheio de pessoas para lá e para cá, pessoas com problemas, vícios e segredos, e eu era só mais uma ali.

Compro minha passagem para Paris e aguardo o vôo que sairia em exatamente 20 minutos.

Compro uma água e me sento em uma cadeira, minhas mãos começam a tremer e meu corpo a transpirar, corro para o banheiro sabendo que uma de minhas crises se aproxima, lavo o rosto e tento respirar com calma, pego dentro de minha bolsa uma cartela de remédios, tomo um e espero seu efeito acontecer.

Fiquei ali dentro um bom tempo, até que escuto que meu vôo vai sair, saio do banheiro e sigo para a fila de embarque, já dentro do avião minha mente parece me atormentar ainda mais, tomo outro remédio para tentar relaxar.

Depois de um tempo o efeito caí sobre mim, meus olhos pesam e adormeço.

Acordo quando escuto a aeromoça me chamando, abro os olhos um pouco cansada, acho que exagerei na quantidade de remédios.

__Sim?_pergunto sonolenta.

Xxx: A Senhorita gostaria de alguma coisa para comer?

__Não, muito obrigado.

Ela abre um pequeno sorriso e se retira, olho para o meu colo e uma rosa vermelha está em cima do mesmo, pego-a e observo as pessoas que nem parece reparar o que acontece.

Sinto uma sensação terrível, mais logo me obrigo a parar de pensar sobre isso.

FRANÇA - PARIS

Não demora muito e pousamos, procuro algum rosto conhecido mas não vejo ninguém, até que vejo um homem ao longe parado com um cartaz na mão, o meu nome está nele.

Me aproximo parando de frente para o mesmo, ele abaixa a cabeça em respeito.

Xxx: Senhora Vincent, Seja Bem-Vinda!

__Obrigado...Não veio mais ninguém?_pergunto olhando para o lado.

Xxx: Não Senhora. O Senhor Lucas pediu para que viesse te buscar.

__Que seja!_Digo bufando e entrego minha mala para ele.

Saio na frente um pouco chateada, tudo bem que eu não esperava uma grande festa, mas apenas que minha família estivesse aqui, entramos no carro e vamos embora.

Não demora muito para que eu veja de longe o lugar que evitei voltar já faz anos, lembranças da última vez que estive aqui me assombram, lembranças dele.

Xxx: Chegamos Senhora.

Saio dos meus devaneios.

Desço do carro e logo uma pessoa corre me abraçando, aquele abraço caloroso e amigável, não fazia idéia de como tinha sentido falta de minha amiga.

Stefane: Mon ami..._Diz de forma carinhosa em francês.

(Minha amiga...)

__Olha só...Falando francês, Mon Cher._brinco com a mesma.

(Minha querida.)

Stefane: Tive que aprender.

Ela olha para mim avaliando-me.

Stefane: Está linda! Os anos parecem não ter passado para você.

__Nem para você, sua boba...

Entramos para dentro da casa, observo tudo atentamente, algumas coisas haviam mudado.

__E o meu irmão?_pergunto sentando no sofá.

Stefane me olha sem jeito e se senta ao meu lado.

Stefane: Ele teve que resolver umas coisas, reuniões infinitas por aqui._Diz com um sorriso no rosto, mas não precisaria de muito para saber que ele me evitava.

__Que recepção calorosa.

Stefane: Mas então, como anda sua vida na Espanha?_pergunta tentando amenizar o clima.

__É legal.

Ela me olha e franze as sobrancelhas, minha resposta deve ter sido bem vaga.

__É divertido Ste, lugares diferentes, culinária espetacular.

Stefane: Não anda bebendo, né?_pergunta com receio.

Engulo em seco, odeio mentir para ela.

__Não! Estou seguindo tudo que a psicóloga indicou.

Stefane: Que bom, amiga. O seu irmão vai ficar tão orgulhoso.

__É...Eu estou um pouco cansada, vou subir para tomar banho e descansar um pouco.

Stefane: Tudo bem, o seu quarto ainda é o mesmo.

Me levanto do sofá e subo as escadas, assim que entro em meu antigo quarto, uma nostalgia me invade, é como se eu vivesse o dia que fui pedida em casamento de novo.

Meu coração parece acelerar ainda mais, escuto sua voz em minha mente, talvez esteja ficando doida, a ilusão que queria sentir de viver uma farsa.

Fecho os olhos e espanto todos os pensamentos, caminho para o banheiro e tiro toda minha roupa, um banho será mais que necessário para me ajudar, a água gelada bate em meu corpo, com a água se mistura minhas lágrimas solitárias, nem em mil anos esqueceria aquele dia.

Saio do banheiro e abro minha mala em cima da cama, pego um vestido branco que marca todas as minhas curvas e uma lingerie da mesma cor, arrumo meu cabelo em um coque preso no alto da cabeça, um batom vermelho desenha meus belos lábios.

Saio do quarto e desço as escadas para ouvir exatamente a voz do meu irmão, que ótimo.

Lucas: Eu irei pegar leve, não se preocupe.

__Aposto que o assunto sou eu._falo olhando para ele.

Seus olhos se voltam para mim, um sorriso brota em seus lábios.

Lucas: Minha irmã..._abraça-me.

Seu abraço é caloroso, sentia muito falta dele.

__Vejo que sentiu minha falta._falo brincando.

Separamos o abraço e olho para ele sorrindo.

Lucas: Fico feliz que tenha vindo, nossa família precisa estar unida.

__Como mamãe está?_pergunto sentando-me no sofá.

Stefane e Lucas fazem o mesmo.

Lucas: Bem mau, Gustavo disse que ela senti muito sua falta.

__Também sinto falta dela.

Stefane: Ela ficará muito feliz com sua presença._diz sorrindo.

Uma empregada nos serve chá.

__Obrigado. Agora não consigo entender o motivo de mamãe ainda morar na Rússia...

Lucas: Sabe como foi difícil para ela a morte de nosso pai, essa casa trás lembranças.

Engulo em seco, outra culpa que paira sobre mim.

__Quando vamos?_pergunto mudando de assunto.

Lucas: Hoje mesmo, então peço para que se comporte.

Stefane olha apreensiva para ele.

__Não farei nada que envergonhe você._abro um sorriso debochado.

Lucas: Sabe que não foi isso que quis dizer...

__Nunca é...Quero perguntar sobre os meus filhos, quero vê-los._falo firmemente.

Lucas: Não é hora para isso, conversaremos depois._fala se levantando.

__Não vai fugir dessa conversa, são os meus filhos!_digo irritada.

Ele olha para mim com raiva.

Lucas: Eu sei...Foi de você que os protegi o tempo todo.

Stefane: Lucas...

__De mim?_solto uma risada áspera.

Sinto meu coração acelerar e sei que preciso me acalmar.

__Conversaremos outra hora, mas não fugirar desse assunto.

Ele suspira e saí com raiva.

Stefane: Me desculpe por esse comportamento, ele não deveria dizer tal coisa para você.

__Não se preocupe, isso não me atinge.

•••••

Não sei exatamente quantas horas passaram depois de nossa pequena discussão, já estávamos no avião da família que saia direto para outro martilho.

Foram exatamente 3 horas e 55 minutos de viagem, assim que pousamos em Moscou descemos do avião e carros já estavam a nossa espera.

Vesti o casaco por causa do frio e caminhei até um dos carros entrando, meu irmão e Stefane fizeram o mesmo, no caminho dava para observar a neve caindo, com certeza seria um mês frio por aqui.

Sinto o carro parar e observo a propriedade em minha frente, um lugar grande e bonito, até mesmo um pouco medieval, descemos do carro e entramos na casa, logo na entrada uma família aparentemente feliz nos espera.

Queridas leitoras, como senti saudades.

Esse é o primeiro capítulo do 2 livro, comentem tudo que acharam.

Continuar lendo

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