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N̶ã̶o̶ Controlamos o destino - Isabelle

N̶ã̶o̶ Controlamos o destino - Isabelle

Patricia Bittencourt

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Capítulo

Isabelle é uma jovem de vinte e um anos que já passou por muitas coisas ruins na sua vida, como seu pai tirar a própria vida na sua frente e a doença da sua mãe que a fez precisar parar sua faculdade e arrumar alguns trabalhos em busca de dinheiro para pagar o hospital, eis que surge Collin, um CEO rico que ela conheceu por acaso enquanto cuidava da filha dos vizinhos dele, assim que descobre o que está acontecendo, ele propõe ajudá-la desde que ela se case com ele. Ela aceita a proposta, mesmo pensando o quanto pode ser infeliz com isso, mas o amor e a devoção dele, a fazem se apaixonar, mas nem tudo serão flores e segredos virão a tona colocando em risco a relação deles.

Capítulo 1 Prólogo

Seis anos antes...

Senti um frio percorrer a minha espinha, minhas mãos tremiam enquanto eu observava a neve caindo, a noite estava mais fria que o comum, mas eu não queria entrar em casa e presenciar os meus pais brigando mais uma vez, mesmo isso acontecendo quase todos os dias, não tem como se acostumar, quando você é criança, só fingi que eles conversam alto ou coloca uma música para se distrair.

Eles discutem por tudo nesses últimos tempos, meu pai é ciumento e minha mãe tão bela, não deixa de chamar atenção quando sai, mas não é como se ela quisesse provocar isso, ela é naturalmente assim, ele a proibiu de sair de casa sem ele, o que é um absurdo e é óbvio que ela não aceitou, além disso, tem a questão do álcool, meu pai bebe muito, quase todos os dias, inclusive hoje, o que faz ficar ainda mais transtornado.

A gritaria ficou pior, me virei para olhar pela porta de vidro e vi o meu pai dar um tapa na minha mãe, ele nunca tinha a agredido, não que eu visse ou me lembre.

- Eu te odeio - Gritou ela indo para o quarto chorando, quando meu pai se virou, ele me viu olhando, sua fisionomia era triste e abatido, parecia estar se culpando, seu olhar vazio permaneceu em mim por um tempo até ele gritar

- Isabelle entra agora!

Sem pensar duas vezes entrei o seguindo, ele estava ido para o escritório, eu o segui, assim que entrei ele fechou a porta e foi se sentar, sua fisionomia era triste e algumas lágrimas começaram a rolar do seu rosto, eu nunca o vi chorar antes.

- Eu a magoei, sua mãe, ela me odeia agora -Falou ele sem me encaram, seu olhar estava parado em uma das gavetas de sua mesa

- Ela só ficou chateada, mas ela vai te perdoar, ela te ama

- Você me ama, filha?

- Claro que sim, pai

- Tenho sido péssimo com vocês, não mereço o carinho que sentem por mim

- Você é um ótimo pai, sabe disso

- Você, que é boa demais, Belle, sempre foi; espero que seja sempre assim e me perdoe um dia -Falou ele abrindo a gaveta e tirando uma arma lá de dentro

Eu me afastei assustada

- O que vai fazer papai? Larga isso.

- Eu nunca machucaria vocês

Disse ele apontando a arma para sua própria cabeça.

- Não faz isso, pai -Falei assustada e corri para o impedir, mas antes que pudesse me aproximar, ouvi o disparo e gritei me jogando no chão, cobri o rosto com as mãos, enquanto as lágrimas escorriam e eu tremia

No fundo, ainda havia esperança que ele tivesse atirado em algo, mas quando tirei as mãos do rosto, o vi, havia sangue e a cabeça dele estava caída na mesa.

Foi a pior imagem que já vi na minha vida e eu nunca vou esquecer, cobri o rosto novamente com as mãos, mas agora o ar já me faltava, eu não conseguia me mexer, ouvi passos rápidos e a porta se abriu, ouvi o grito de pânico da minha mãe, logo depois disso, tudo ficou inerte, senti meu corpo caindo e logo após senti alguém me levantar e me carregar, mas eu não queria abrir os olhos, aquilo só podia ter sido um sonho terrível.

Minha mente ficava repetindo o que vi e por mais que eu não conseguisse me mexer ou enxergar, podia ouvir o choro alto da minha mãe e ela ligando para alguém.

- Ele se matou, ele tá morto - Repetia ela ao telefone - Me ajudem, por favor - Ela implorava, foi a última coisa que ouvi antes de perder os sentidos.

Quando acordei, pensei ter tido um pesadelo, mas quando abri os olhos e percebi estar no sofá, coberta por uma manta, percebi que havia sido real, me levantei assustada com as luzes lá fora, havia alguns carros e os policiais falavam com a minha mãe que ainda chorava, pareciam tentar a consolar, mas não conseguiam e como podiam?

As imagens voltaram com tudo em minha mente e foi aí que o nosso inferno começou.

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