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Segredos do ceo Fagan

Segredos do ceo Fagan

Ana Elói

5.0
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32
Capítulo

Hailey Conway filha de empregados de uma família muito importante, nunca imaginou que seu verdadeiro pai é o dono de uma das maiores transportadoras dos Estados Unidos. Vivendo no meio de tantas mentiras, Hailey acaba se apaixonando pelo futuro CEO da FagTranport. Pensando que Julian Fagan fosse diferente de seus pais, Hailey descobre que está namorando seu próprio irmão. Ou não.

Capítulo 1 C1

A cada movimento que o carro ganhava se aproximando daquele condomínio muitas lembranças preenchiam a minha mente. Quando passamos pelos porteiros do condomínio, alguns ficaram surpresos quando me apresentei, parece que dei uma mudada durante esses anos. Seis anos depois voltei. O lugar não está nada diferente desde a última vez que vi, passei o resto da infância e adolescência aqui. Meus pais, por outro lado, se mantiveram aqui até hoje.

Hoje o sol brilhava irradiando a sua luz lá do alto, Londres não estava tão iluminada quanto Nova York. Milagre o tempo frio ter deixado esse lugar nesses últimos dias. Estamos na temporada do tempo frio, não estou reclamando. Ser recebida por esse tempo maravilhoso é bem aconchegante, mas foi preciso abandonar os casacos.

Quando o taxista parou o carro em frente àquela enorme mansão, ao sair do carro não teve como não parar e olhar para aquela casa tão grande. Nas minhas vindas para cá, quando criança, pensava em como aquela casa podia abrigar as pessoas que não tinham um teto sobre suas cabeças. Era muito inocência da minha parte. Até os dez anos mal convivia com a minha própria mãe, Julian e Audrey Fagan foram os felizardos de conviver com a dona Sarah. Não apenas com ela como também com o Sr. Conway, Javan Conway, meu pai.

- Senhorita Conway? - O homem não muito alto que eu me chamou.

Ao vê-lo se aproximando, os meus olhos se encheram de água. Javan abriu os braços e, como uma menina assustada, diminuiu a distância entre nós, abraçando-o pela cintura com toda a força.

- Minha menina. - Sussurrou afagando meu cabelo.

Me afastei o suficiente para poder olhar em seu rosto, as linhas de expressões mais evidentes do que a seis anos atrás. Seu cabelo sempre bem penteado para trás em um terno feito sob medida. Os Fagan distribuíam uniformes de qualidade impecável aos seus funcionários, todos sempre bem vestidos. A imagem deveria ser preservada sem exceção. Meus pais tiveram bom e o melhor nessa família, mas mesmo assim não deixam de ser funcionários.

- Voltei, papai. - Meu sorriso era pequeno por fora, mas por dentro ele não imaginava o tamanho da felicidade que sentia em estar em seus braços novamente.

Ele passou a mão pelo meu rosto, sorrindo. O senhor da pele amendoada clara é o homem que sempre me incentivou a vencer na vida e não desistir dos meus sonhos.

- Cada dia está mais linda, meu amor. - Segurou em meus ombros. - Entre! A casa continua do mesmo jeito. Encontrará sua mãe na cozinha, deixe que eu pegue suas coisas.

Javan começou a me empurrar em direção à casa, sem me dar chance de oferecer a minha ajuda. Não tem como discutir com esse homem. Em passos rápidos caminho em direção àquela casa, cumprimentei alguns funcionários. Alguns mais novos e outros do tempo de quando morava aqui, todos muito gentis ao falar comigo.

A cozinha imensamente enorme, Sarah sabe certinho onde fica tudo e fico pressionada com isso. Adorava estar com minha mãe quando criança, aprendi a cozinhar com ela, o que me salvou nesses anos que fiquei longe da sua deliciosa comida. Infelizmente meus dotes culinários não eram tão bons quanto os da minha mãe.

Dona Sarah estava de costas para uma das saídas da cozinha, não entrei pela entrada principal. Queria ver a minha mãe quanto antes. Seu cabelo preto com alguns fios esbranquiçados estavam presos em um coque baixo, perfeitamente alinhado. Ela estava concentrada em suas panelas. Dou um sorriso amargurado, todo esse trabalho acabará.

- Sarah Conway? - A chamei.

Sarah parou o que estava fazendo imediatamente, antes mesmo que terminasse de dizer o seu nome e se virou, éramos tão parecidas fisicamente. Ambas com tom de cabelo preto, pele amendoada e com os olhos castanhos escuros. Me via muito nela no futuro, uma versão mais velha minha. Sarah levou suas mãos à boca, não acreditando que estivesse realmente ali.

- Não é possível. - Deu alguns passos em minha direção. - Ah, já estamos no início de dezembro. Me perdi completamente nas datas. - Nos abraçamos.

- Vejo que anda com muito trabalho por aqui para não lembrar a data que sua filha estaria de volta. - Não deixei de dar uma alfinetada quando a soltei.

- Ah, querida. - Dar um tapinha de leve em meu braço. - Pare, por favor. Não me faz me sentir mal, você sabe como é a correria no mês de dezembro. Daqui a algumas semanas é natal e sabe que essa família ama comemorar as festas de final de ano.

Sabia muito bem. O que significa mais trabalho para minha mãe. Sarah é a funcionária mais antiga da família Fagan. Se tornando a governanta da casa, deve conhecer esse lugar mais do que os próprios donos. Mas a cozinha é o seu lugar preferido, ninguém mexe em suas panelas sem autorização da Sarah Conway.

- Sei, mas as coisas estão para mudar. - Sorri, um sorriso vitorioso e dou mais um abraço.

Que saudades estava da minha família.

- Como assim, meu amor? - Estranhou minha reação, mas meu sorriso parecia contagiá-la.

Não sou a melhor pessoa para demonstrar meus sentimentos, e muito menos me comunicar com as pessoas. Como diz o Sr. Fagan, sou uma menininha observadora.

Bem, no mundo dos negócios difere e pude me aperfeiçoar muito nesse tempo fora. Ser observador é fundamental nessa área onde tem muitos predadores, mas sou mais comunicativa. Estudei sobre finanças e me aperfeiçoando em países diferentes, me esforcei demais para que conseguisse a minha estabilidade financeira e pudesse voltar para dar o melhor para meus pais.

Além de devolver todo o dinheiro a família Fagan por pagarem a minha faculdade, um presente que quiseram me dar pelo tempo que meus pais estão com eles e por ser uma ótima aluno no tempo da escola. No fim acredito que eles viam futuro em mim, essa família não um ponto sem nó. Hoje em dia sou contratada por grandes empresários, quanto ao financeiro ou participando de alguma negociação, fazendo com que o meu cliente ganhe o melhor possível.

- Mãe, eu estou muito bem estabilizada financeiramente. - Segurei em seus braços não contendo a minha alegria. - Você e o papai podem escolher onde querem morar.

Estou finalmente podendo realizar um sonho, dediquei a minha vida para esse momento. Meus pais não precisam trabalhar para mais ninguém, podem estar aqui há anos e serem tratados muito bem. Porém, ainda são funcionários. Lentamente observei o seu sorriso sumindo.

- Podemos ir hoje mesmo se você quiser, sei que tem que cumprir pelo menos um mês... - Dou de ombros. - Vamos conseguir alguém para te substituir aqui.

- Querida, eu...

- Olha, quem está aqui. - A Sra. Fagan entrou na cozinha.

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